"Nós armamos a lona, montamos um circo e chamamos as pessoas para que elas se conheçam e compartilhem experiências." É assim que a arquiteta Lara Penin, de 43 anos, descreve o Amplifying Creative Communities (amplifyingcreativecommunities.net), trabalho que ela realiza desde 2010, em Nova York, ao lado do marido e também arquiteto Eduardo Staszowski, de 45.

A atividade do casal consiste em mapear o que eles chamam de comunidades criativas, grupos de pessoas de um mesmo bairro que criaram soluções para problemas locais negligenciados pelas autoridades públicas. Até agora, os projetos estão ligados a temas como sustentabilidade, alimentação saudável e alternativas de transporte. 

Depois de identificar a iniciativa, Lara e Eduardo documentam sua história, seus processos e suas comunidades criativas. Em seguida, eles compartilham o conhecimento adquirido por meio de exposições de vídeos, fotos e textos, workshops e palestras. 

O Amplifying Creative Communities foi idealizado por Eduardo e Lara como um projeto de pesquisa dentro da Parsons The New School for Design, onde ambos dão aula na graduação e pós-graduação.  O projeto chamou a atenção da Fundação Rockefeller, que decidiu financiar a pesquisa por dois anos.

Em novembro, Lara e Eduardo mobilizaram pessoas em um bairro da zona oeste de São Paulo, a convite da organização da décima Bienal de Arquitetura. "Plantamos uma semente num pedacinho de São Paulo", diz Lara.