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Marcha para o Oeste

O crescimento da indústria química e a expansão dos serviços de TI abrem vagas no Centro-Oeste

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2013 às 16h36.

São Paulo - A região Centro-Oeste apresentou em maio seu segundo melhor resultado de criação de empregos — 16 674 postos.  No ano, a região acumula 118 714 postos abertos, uma variação positiva de 4,9% ante o mesmo período do ano passado. A maior parte das contratações aconteceu no setor de serviços, que tem as empresas de TI como carro-chefe.

Somente a capital federal hospeda 850 companhias desse segmento, com faturamento anual de 2,5 bilhões de reais. Elas empregam 28 000 pessoas e a perspectiva é de expansão. O gerente de sistemas ERP Celmar Corrêa, de 37 anos, é um dos que se beneficiaram desse bom momento do mercado de TI.

Ele estava empregado na Brasil Telecom quando foi convidado, em outubro do ano passado, para trabalhar na Ctis. “Brasília tem muita oportunidade na área e as companhias estão tendo de trazer gente de fora”, diz. Gaúcho, formado em ciência da computação na cidade de Santa Maria, ele conta que cinco dos 16 colegas que se formaram em sua turma hoje atuam na capital federal. Um dos atrativos é o salário. “Aqui eu ganho o dobro do que estaria recebendo em Porto Alegre”, diz.

No ano passado, o governo do Distrito Federal iniciou a construção do Parque Tecnológico Cidade Digital. A meta é que até 2014 o parque dobre o faturamento do setor de TI e gere 80 000 empregos. Além das empresas de TI, há oportunidades para jovens em início de carreira nas companhias de call center, como Dedic, e para analistas nas operadoras de telefonia móvel, como a Vivo.

Outra área que está contratando é a construção civil. Só em obras públicas para a Copa do Mundo de 2014, Brasília deve investir 6,4 bilhões de reais. Conta a favor do setor a abertura de novos bairros no Plano Piloto e a construção de prédios nas cidades-satélites, embalada por programas habitacionais do governo federal.

Há demanda por engenheiros de segurança e de planejamento. Lá, os salários estão inflacionados. Um profissional com dois anos de experiência começa em Brasília ganhando 6 000 reais. 

Indústria goiana

Goiás é o terceiro maior polo farmacêutico do país em número de unidades de produção e emprega 11 000 pessoas. A perspectiva para os próximos anos é positiva. Em junho, caiu a patente do Viagra, que abriu caminho para a fabricação do genérico. Em dezembro, será a vez do Lipitor, um dos campeões de vendas para o controle do colesterol.


Até 2015, expiram as patentes de 28 remédios de marca. Graças ao bom momento da indústria, aumentaram as contratações. Só no Laboratório Teuto Brasileiro, um dos maiores produtores de medicamentos genéricos do país, mais de 500 vagas foram abertas de 2009 a 2010. Químicos, farmacêuticos, engenheiros de produção e de manutenção, administradores e economistas estão em alta.

Depois das farmacêuticas, os setores que mais abriram vagas em Goiás foram os da construção e de serviços. Há boas oportunidades para administradores e engenheiros.

Campo Grande e Cuiabá

Cuiabá, capital do Mato Grosso, recebeu nos últimos três anos 33 empresas atraídas pelo programa de incentivo fiscal do município. Elas criaram 2 219 vagas. Em março, a gigante do setor têxtil Vicunha formalizou sua intenção de construir uma das maiores fábricas de tecido do mundo em Cuiabá e deverá abrir 2 000 novos postos de trabalho diretos e pelo menos 6 000 indiretos.

A escolha do local também se justifica pela condição de Mato Grosso ser o maior produtor de algodão do país. Em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, o número de empregos também tem crescido. Em abril, foram 1 438 contratados a mais em relação ao mês anterior.

A indústria de transformação é a que mais acumula estoque de emprego, com 1,23% de aumento em abril. Os setores que mais empregam são serviços e comércio. 

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