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fila de executivos (Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 16 de junho de 2015 às 12h04.
Em uma ata, de importante empresa, aparecia o seguinte trecho:
“Após a reunião, mandei entrarem os outros colaboradores e não houve acordo.”
Não deu outra: a discussão em torno da variação ou não do verbo “entrar” – “mandei entrar” ou “mandei entrarem”?
De acordo com a tradição gramatical, quando o verbo regente for causativo, como “mandar, fazer, deixar” ou, ainda, sensitivo “ver, ouvir, sentir”, a flexão do infinitivo é facultativa. Vejamos alguns casos:
“Deixei os colaboradores reclamar (ou reclamarem), durante a reunião.”
“Façam os fornecedores falar (ou falarem), durante a reunião.”
No entanto, quando o infinitivo vier distante do verbo regente, a tradição prega apenas o infinitivo flexionado:
“O vice-presidente Marco Antônio mandou gerentes, coordenadores, professores e todos do setor pedagógico opinarem sobre o polêmico Edital.”
Em referência à frase inicial deste texto, o sujeito do infinitivo (os outros colaboradores) aparece posposto e, portanto, o verbo não admite variação:
“Após a reunião, mandei ENTRAR os outros colaboradores e não houve acordo.”
Ademais, esse mesmo caminho (da invariabilidade) segue o verbo quando houver pronome oblíquo átono:
“Após a reunião, mandei-os ENTRAR.”
Tais detalhes gramaticais contribuem para não existir confusão quanto à compreensão da mensagem; podem também ser pauta de uma questão em um processo seletivo e merecem nossa atenção.
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