Carreira

MAN Latin America é destaque em inovação em RH

Apesar de queda nas vendas, empresa investiu 30% a mais em treinamento em 2012


	Caminhão da Man Latin America
 (Divulgação/ Latin America)

Caminhão da Man Latin America (Divulgação/ Latin America)

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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2013 às 17h00.

Resende (RJ) - Para as montadoras de caminhão, 2012 não foi um bom ano. As empresas do setor viram suas vendas cair 19,5% em relação ao ano anterior. Essa queda é fruto da mudança do padrão nos motores de caminhão. Os compradores, sabendo que o preço aumentaria, foram às compras em 2011.

A Man Latin America, montadora de caminhões, ônibus e motores a diesel rodoviários, teve uma queda de 18,5% nas vendas em 2012, ligeiramente menor que as do setor. Isso não impediu, porém, que a empresa aumentasse seu investimento na área de treinamento em 30%.

"Sabíamos que o ritmo de trabalho diminuiria e os funcionários teriam tempo para fazer mais treinamentos", afirma Lineu Shigueaki Takayama, diretor de RH da MAN.

Esse é um exemplo da cultura da empresa, que valoriza o planejamento, o que se traduz na carreira dos funcionários. E eles sabem que alguns momentos são de plantio, que exige trabalho duro, e outros de colheita, que é quando vem a recompensa. Entre as companhias listadas neste guia, a MAN é uma das que têm menor porcentagem de jovens — apenas 7% dos empregados têm menos de 26 anos.

É também a que menos promoveu seus funcionários. Embora alguns dos jovens sintam medo da estagnação na carreira, sabem que, além da MAN ser uma boa empresa para começar a carreira, em razão do desenvolvimento profissional, ela é segura. O tempo médio de casa dos funcionários deixa isso nítido.

Os profissionais na montadora ficam por volta de dez anos trabalhando lá. "Não serei promovido tão rapidamente, mas estou me desenvolvendo para isso", diz um dos jovens. Dos 150 executivos da empresa, 10% entraram pelo programa de estágio. Com o tempo, foram sendo promovidos e chegaram a altos cargos de gestão.

O programa de estágio é, junto com o de trainees, duas boas iniciativas do RH para o começo de carreira. Durante os dois anos do programa de estágio, os participantes fazem um projeto e apresentam aos altos executivos. "Isso nos dá segurança, liberdade e oportunidade para falar com pessoas do alto escalão", afirma uma jovem.

O autor do melhor projeto é contratado pelo presidente em uma premiação promovida pela empresa no final do ano. Já no programa de trainees, que tem duração de 18 meses, os cinco melhores participantes vão rodar por algumas áreas da companhia e também terão de desenvolver projetos.

Os melhores vão passar um ano em Harvard. A terceira iniciativa voltada para jovens é o programa Novos Horizontes. Nele, 22 profissionais com deficiência física são contratados para dar apoio a diversas áreas.

"Fazemos uma seleção muito rigorosa porque queremos que eles cresçam na MAN", diz Lineu. Durante o projeto, os profissionais recebem bolsa para algum curso de Ensino Superior. Não é à toa que a MAN é o destaque em Inovação em RH no guia deste ano. 

Ponto(s) positivo(s) Ponto(s) negativo(s)
Os jovens elogiam a qualidade de vida, resultado da alta flexibilidade da empresa. Para eles, é o maior benefício. O clima de descontração e a integração entre as áreas também são destaques.  entre as reclamações estão a falta de transparência e a quantidade de processos. Os jovens dizem perder tempo com burocracias e sentem a demora na oficialização das informações. 
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