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Jovem diretora de 22 anos lidera time de 50 pessoas mais velhas do que ela

Diretora na StoneCo com 22 anos, Alessandra Giner liderou seu primeiro time aos 19

Liderança: chefiar pessoas mais velhas traz desafios  (Peopleimages/Getty Images)

Liderança: chefiar pessoas mais velhas traz desafios (Peopleimages/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2019 às 15h00.

Última atualização em 14 de março de 2019 às 15h00.

Alessandra Giner entrou na Pagar.me, empresa de dois membros da rede de Líderes Estudar, quando o time contava com não mais do que 20 pessoas. “Os projetos em que fui me engajando foram dando certo e eu fui ganhando mais responsabilidade”, conta ela, que também faz parte do programa de bolsas da Fundação Estudar. Resultado: ela foi líder pela primeira vez quando tinha 19 anos.

“Sempre tive um mindset de ‘como eu ajudo a companhia?’ e não de ‘como eu cresço?’” Pensando assim, ela garante, a organização cresce e o profissional cresce em conjunto. Aos 22, Alessandra ocupa um cargo de diretora no StoneCo – do qual a Pagar.me pertence. “Hoje eu olho para iniciativas dentro de todas as companhias do grupo.”

O Líderes Estudar, ou antigo Programa de Bolsas da Fundação Estudar, oferece bolsa de estudo, mentoria, orientação de carreira, além de acesso a uma rede de mais de 600 líderes de diversas áreas de atuação. As inscrições para a edição de 2019 estão abertas até 01/04!

Desenvolvendo o perfil de líder

Como ser um líder de um time quando se tem 19 anos? O início do desafio, naturalmente, gerou certa ansiedade em Alessandra, que contornou com três atitudes. Primeiro, confiar na equipe. “Entendi que a responsabilidade daquilo dar certo não era só minha, era nossa.” Compartilhar tirou parte do peso da função.

Em segundo, a jovem buscou se apoiar na literatura. Entre os livros que mais lhe agregaram nessa fase, ela cita “Extreme Ownership: How U.S. Navy SEALs Lead and Win”, de Jocko Willink e Leif Babin; “Paixão por Vencer”, de Jack Welch e “High Output Management”, de Andrew Grove.

Por fim, em terceiro, se espelhar em pessoas que admirava foi o terceiro fator essencial. “Sempre que tinha dúvida, perguntava”, conta a Líder Estudar.

Além de ter aprendido e implementando práticas de gestão, Alessandra destaca dois pontos, que desenvolveu ao longo do tempo e que considera cruciais para assumir um time. Ter propriedade: “em qualquer assunto a que me dedico, estudo muito para conseguir entender e agregar para as pessoas que trabalham comigo.”

Para a função, também é importante privilegiar a qualidade das entregas. Isso significa consistência no nível e buscar sempre evolução, segundo a diretora da StoneCo – é isso que diferencia um time padrão de um time com alta performance.

Como ser um líder com colaboradores mais velhos

No que tange sua idade, o principal desafio que Alessandra vê se dá quando seus colaboradores estão passando por experiências que ela nunca passou – tanto por ser jovem, quanto pelo seu cenário socioeconômico, conta. “Cria-se um gap entre como eu posso ajudar aquela pessoa mesmo sem ter vivido aquilo e ela acreditar que pode confiar em mim.” Obstáculo que ela resolve consultando outros que, de fato, tiveram essa vivência.

Quando se fala em ser líder de uma equipe mais velha, a questão mais comum a se pensar é a da resistência que os liderados podem ter. Ser respeitoso quando às opiniões, (de novo) ter propriedade sobre assuntos e conquistas que “expliquem” a posição são fatores que amenizam a probabilidade disso.

“Acredito que existe no mercado uma resistência a pessoas mais velhas serem chefes de mais novos, mas não temos na StoneCo, porque o perfil de pessoas que a gente contrata não apresenta esse tipo de resistência”, explica a Líder Estudar.

  • Este artigo foi originalmente publicado pelo Na Prática, portal da Fundação Estudar
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