Intraempreendedorismo: como liderar e construir startups dentro de sua empresa
Você tem uma ideia de negócio? Aprenda a empreender com o apoio de sua empresa dentro do mercado que cresceu mais de 200% de 2010 para cá
Da Redação
Publicado em 19 de janeiro de 2023 às 15h37.
Última atualização em 19 de janeiro de 2023 às 16h14.
A maioria das pessoas tem uma ideia de negócio. Ou então, pelo menos já teve vontade de abrir uma startup em algum momento de sua vida. Mas a maioria das ideias nunca sai do papel. E quando sai, o empreendedor perde o gás cedo demais.
Mas uma coisa que os profissionais não pensam é: a construção de novos negócios é vital para a longevidade de qualquer empresa. E para fazer isso com sucesso, uma organização precisa dos pontos fortes de uma pessoa com vontade e da agilidade de uma startup.
Então como você usa a sua vontade mesclada à necessidade de sua empresa, e cria um “negócio dentro de um negócio”? Esse princípio pode ter vários nomes: construção de negócios internos, intraempreendedorismo, empreendimentos corporativos… mas vamos chamar aqui de:
Corporate venture building — empresas criando startups internamente
Eis o que você precisa saber: a longevidade de um negócio de sucesso está correlacionada com a capacidade dele se reinventar. Vejamos duas estatísticas que comprovam isso:
A primeira é que há 50 anos a expectativa de vida média de uma empresa da Fortune 500 era de 60 anos. Hoje são apenas 20. Então as empresas entram e saem da lista da Fortune 500 muito, muito mais rápido.
A segunda é que, hoje, seis das dez maiores empresas do mundo são as que se reinventaram. Pense na Amazon que começou no e-commerce, como exemplo. Pense na Apple. Pense no Google. O que eles fizeram ao longo dos anos com seu modelo de negócios.
As expectativas dos clientes estão aumentando e mudando muito rapidamente. A disponibilidade de tecnologia para interromper uma indústria está se tornando cada vez mais rápida.
A implicação disso é que novos modelos vão surgir, e provavelmente nos próximos dois ou três anos. Quem vai comandar isso? Aqueles que souberem agarrar essa oportunidade.
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Quais as vantagens do corporate venture building?
A primeira é que você está começando com alguma forma de vantagem “competitiva”. Você tem acessos aos clientes da companhia mãe, aos dados, aos processos… as startups não têm isso. Mesmo que surjam concorrentes naquele mercado, você já começa ganhando.
Outra vantagem é a capitalização. Como fundador de uma startup você gasta uma quantidade excessiva de tempo levantando fundos. Coisa que não vai precisar fazer como intraempreendedor.
E a última coisa que eu diria é que você tem conhecimento e talentos únicos que estão na organização-mãe. Esses novos negócios geralmente são empreendimentos verdadeiramente novos, mas não estão em domínios completamente separados do que a “mãe” está fazendo.
Todos os funcionários conhecem o mercado, todos conhecem a cultura… o caminho para o sucesso é bem mais curto.
Corporate venture building funciona?
Depois de perguntar para 800 gestores executivos, a McKinsey confirmou: 52% já enxergam a criação de novos negócios como a melhor saída para crescer pós-pandemia.
Entre a dúvida do que funciona ou não dentro da inovação, o “CVB” está causando o que a empresa nomeou de “nova era da inovação”.
Uma das empresas pioneiras nessa abordagem na Europa, a BCG Digital Ventures, diz que as 150 empresas construídas por sua equipe têm uma taxa de sobrevivência de aproximadamente 90%.
Mas assim como frisa um de seus sócios: “Um grande fundador é apenas um aspecto da criação de uma grande startup. Você também precisa de uma grande ideia, uma equipe forte e ótima execução”.
Cada vez mais profissionais com habilidades de criação de novos negócios internos, estão sendo disputados no mercado.
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Quais exemplos de corporate venture building no Brasil?
O intraempreendedorismo no Brasil está cada vez mais forte. Prova disso é a gama de empresas gigantes que já estão colhendo frutos com o “CVB”.
1. Zé Delivery (Ambev)
A Ambev percebeu que sua estratégia que deu certo por mais de uma década… começou a se esgotar. E sua cultura, que tinha em seus pontos fortes muito mais questões internas do que a preferência do consumidor, precisou mudar.
A empresa percebeu que precisava conquistar o público jovem (público que prefere consumir bebidas em casa). Este cenário abriu as portas para as vendas online e foi aí que a Zé Delivery começou a se destacar no mercado.
E além do financeiro o app também trouxe outros benefícios à Ambev:
A Ambev ganhou um conhecimento mais aprofundado de seus consumidores;
Por também vender produtos de rivais, a empresa sabe a que preço os consumidores preferem cada cerveja;
2. Vem de Bolo (Nestlé)
Tudo começou em 2017, quando a ideia da Vem de Bolo surgiu dentro do hub de inovação da Nestlé.
E enquanto a empresa mapeava oportunidades de novos negócios em mercados que combinassem com seu core business, identificou um setor pouco explorado, mas com um potencial gigante:
Profissionais autônomos que fazem bolos e doces para vender.
A “Vem de Bolo” conecta confeiteiros e consumidores e assim, possibilita a empresa a obter ideias vindas do próprio mercado, para aprimorar ainda mais seus produtos.
3. Future Dojo (ACE)
Depois de apoiar mais de 150 ventures no Brasil e no mundo, a ACE percebeu um gap enorme no mercado de inovação:
Exatamente a falta de profissionais qualificados em relação ao número de demanda que estava — e ainda está — surgindo. Foi assim que ACE e EXAME se uniram para criar a Future Dojo, com tudo o que você precisa para dominar inovação e negócios.
Através de professores top performers e frameworks atuais, a Future Dojo tem programas pagos e gratuitos com o intuito de formar cada vez mais líderes para o futuro.
E se você se interessou no assunto, nos últimos dias a empresa liberou uma masterclass gratuita sobre a criação de negócios internos.
Na qual seu head de negócios, Miguel Nahas, explica “o passo a passo para criar startups dentro da sua empresa”. Ficou interessado?
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