Google adia retorno aos escritórios e planeja jornada flexível
Funcionários irão trabalhar presencialmente em ao menos três dias da semana
Agência O Globo
Publicado em 14 de dezembro de 2020 às 19h16.
Última atualização em 14 de dezembro de 2020 às 19h19.
O Google se tornou conhecido não apenas pelo seu buscador, mas por mostrar ao mundo um novo modelo de escritório, prezando pelo bem-estar dos funcionários. Com a pandemia do novo coronavírus, a empresa adiou os planos de retorno ao trabalho presencial para setembro de 2021, quando testará um novo modelo, com jornada “flexível”.
Em comunicado distribuído aos funcionários na noite de domingo, o diretor executivo da Alphabet, dona do Google, Sundar Pichai, informou que a companhia irá testar um novo formato de trabalho, com ao menos três dias no escritório para “colaboração” e os outros em trabalho remoto.
“Nós estamos testando a hipótese de que o modelo de trabalho flexível vai aumentar a produtividade, a colaboração e o bem-estar”, escreveu Pichai no e-mail, obtido pelo New York Times. “Nenhuma companhia com a nossa escala já criou um modelo de trabalho totalmente híbrido — apesar de algumas estarem começando —, então será interessante testar”.
Mas não há um cronograma para implantação do novo modelo. Os funcionários só retornarão aos escritórios quando for seguro, e a pandemia está em diferentes estágios entre os países. E o formato flexível não deverá ser aplicado a toda a força de trabalho. Empregados que lidam diretamente com clientes ou que atuam em data centers e laboratórios deverão ficar de fora.
O Google foi uma das primeiras companhias americanas a transferir seus funcionários para o trabalho remoto por causa da pandemia. E, desde então, vem repetidamente adiando o retorno. A primeira previsão era janeiro de 2021, depois julho e, agora, setembro.
Após quase nove meses de trabalho remoto, as empresas enfrentam o desafio de como reabrir seus escritórios. A ViacomCBS, por exemplo, optou pelo modelo híbrido, vendo uma oportunidade de reduzir seus custos com imóveis. Já Reed Hastings, CEO do Netflix, não vê aspectos positivos no home office, classificando-o como “puramente negativo” por impedir a discussão de ideias pessoalmente.
O Google, que revolucionou o mundo corporativo com os escritórios casuais, oferecendo comida liberada, espaços de lazer e até tempo livre para os funcionários, planeja outras mudanças além da jornada flexível. Os espaços ao ar livre serão reservados para grandes reuniões, e funcionários poderão reservar estações de trabalho nos escritórios.