Carreira

GAP quer mais diversidade e recruta trabalhadores de baixa renda no mundo

A empresa está reforçando o programa para trabalhadores de 16 a 24 anos de bairros de baixa renda sem histórico recente de emprego

GAP: o programa de 11 anos será expandido para 53 cidades espalhadas pelo mundo (Qilai Shen/Bloomberg)

GAP: o programa de 11 anos será expandido para 53 cidades espalhadas pelo mundo (Qilai Shen/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2018 às 15h00.

Última atualização em 17 de agosto de 2018 às 15h00.

Nova York - A GAP está ampliando os esforços para recrutar trabalhadores de baixa renda como parte de um esforço para melhorar a diversidade entre os funcionários da empresa de varejo.

A empresa está reforçando o programa para trabalhadores de 16 a 24 anos de bairros de baixa renda sem histórico recente de emprego. A empresa espera que esse grupo, chamado de “Opportunity Youth”, represente pelo menos 5 por cento dos funcionários iniciantes até 2025.

Chamado “This Way Ahead”, o programa de 11 anos será expandido para 53 cidades espalhadas pelo mundo, contra 15 no ano passado. Uma parceria nos EUA com a organização Boys & Girls Club of America ajudará a rede a empregar jovens adultos em lojas de propriedade da GAP, como Banana Republic, Old Navy e Athleta. A iniciativa também será lançada no Japão e em mais cidades do Reino Unido.

“Trata-se de um veículo perfeito para impulsionar nossos negócios”, disse Brent Hyder, chefe de recursos humanos da GAP, que tem sede em São Francisco. “Com um pouco de treinamento extra e um pouco de iniciativa extra, temos agora um grupo de talentos predominantemente diversificado que possivelmente não estava à nossa disposição no passado.”

Apoio aos funcionários

Talvez mais do que em qualquer outro setor, o varejo depende da mão de obra adolescente e de jovens adultos. Na última década, mais da metade dos adolescentes americanos trabalhadores atuaram no varejo, mais do que em qualquer outro setor, segundo o Escritório de Estatísticas do Trabalho dos EUA. Essas empresas também dependem fortemente dos adolescentes para preencher vagas de nível de entrada, segundo relatório de 2017 da Federação Nacional do Varejo dos EUA.

“Acredito realmente que o varejo é um dos últimos setores nos quais é possível começar em qualquer lugar e chegar a qualquer lugar que se quiser”, disse Hyder, que começou a carreira como funcionário temporário de meio período no comércio. “É possível que uma pessoa comece como funcionário de meio período pago por hora, sem nunca ter trabalhado, e termine administrando a empresa.”

No recrutamento de trabalhadores, a GAP deixou de focar o currículo do candidato e passou a dar ênfase ao potencial dele, fazendo perguntas sobre ética no trabalho e gerenciamento de tempo. Uma vez contratados, os participantes passam a contar com um orientador que os ajuda em sua trajetória de carreira. Existe também um sistema de parceria que os associa a um colega da loja que possa responder a perguntas sobre como abrir o armário e como registrar corretamente o intervalo do almoço.

Os funcionários deste programa ganham US$ 10 por hora ou o salário mínimo do mercado em que trabalham. Além disso, recebem os mesmos benefícios dos demais funcionários de nível de entrada.

Quando foi iniciado, há uma década, o programa era um estágio de verão. Agora será mantido durante todo o ano como forma de ampliar a experiência dos participantes e de oferecer mais opções para as pessoas que quiserem ou precisarem de emprego de meio período atualmente, disse Hyder.

Acompanhe tudo sobre:DiversidadeEmpresas americanasEstados Unidos (EUA)GapRecrutamentoVarejo

Mais de Carreira

Lifelong learning: o segredo para crescer profissionalmente pode estar fora da sua área de atuação

Pedido para cidadania italiana ficará mais caro a partir de janeiro; entenda a nova lei

Brasileiros que se mudaram para Finlândia compartilham uma lição: a vida não é só trabalho

Como usar a técnica de Delphi para tomada de decisões