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Estes são os cargos de TI em alta (e em baixa) no Brasil

Relatório faz projeções relativamente otimistas para o mercado de tecnologia da informação. Veja as especialidades mais e menos demandadas

Tecnologia da informação (A_Pobedimskiy/Thinkstock)

Tecnologia da informação (A_Pobedimskiy/Thinkstock)

Claudia Gasparini

Claudia Gasparini

Publicado em 3 de agosto de 2017 às 15h00.

Última atualização em 3 de agosto de 2017 às 15h24.

São Paulo — Não dá para dizer que o mercado de trabalho em tecnologia da informação está indo bem em 2017, mas é inegável que o setor foi um dos que menos sofreram com a crise. Isso porque, em tempos difíceis, a área é vista pelas empresas como aliada da produtividade e da rentabilidade — tanto para enxugar custos quanto para ampliar oportunidades de negócios.

Um relatório recente da consultoria HAYS mostra que, em 2016, companhias de todos os setores apostaram na customização de sistemas de gestão e projetos de business intelligence (BI). “Nenhuma companhia deixou de investir em tecnologia por causa da conjuntura do país, muito pelo contrário”, diz Raphael Falcão, diretor da HAYS Experts.

O estudo faz um prognóstico relativamente positivo para a área em 2017: os profissionais de TI continuarão sendo vistos como aliados estratégicos para alavancar o desempenho das empresas, sobretudo em algumas áreas específicas. O destaque vai sobretudo para especialistas em big data, nuvem, arquitetura de segurança adaptável, inteligência artificial e machine learning.

Outro movimento esperado, segundo Falcão, é a renovação dos quadros em grandes empresas de tecnologia. “Vemos empregadores com perfil bastante tradicional buscando pessoas com competências frescas e ‘disruptivas’ para tentar se renovar e até testar outros modelos de negócio”, explica. Paralelamente, as startups se consolidam como empregadoras competitivas no mercado de TI, e o empreendedorismo se firma como outra importante alternativa de carreira.

Para 2018, a previsão do diretor da HAYS Experts é que a empregabilidade do profissional de tecnologia da informação se mantenha numa curva de ascensão. “Embora ainda exista incerteza política, o novo direcionamento econômico agrada ao mercado e cria um ambiente mais confortável para investimentos”, afirma ele.

O relatório da HAYS aponta ainda os cargos em alta e em baixa no Brasil para 2017. Confira a seguir:

Cargos em alta
Especialista em cloud e DevOps
Analista / gerente de segurança da informação
Analista / engenheiro / cientista de dados

De olho na redução de custos, empresas de todos os setores têm buscado migrar seus dados de estruturas físicas (hardware) para a nuvem, o que explica a alta na procura por especialistas em cloud, capazes de planejar, orientar e executar esse processo com segurança.

Já os especialistas em DevOps são procurados por empresas que buscam imprimir uma cultura de inovação e eficiência aos seus departamentos de TI, consolidando sua mudança de uma área de suporte para um núcleo estratégico para o negócio.

Segundo Falcão, o analista ou gerente de segurança da informação ganha ainda mais projeção graças ao movimento de migração de dados para a nuvem, o que reforça a preocupação com o sigilo dos dados.

O analista, engenheiro ou cientista de dados, por sua vez, será mais procurado graças à corrida pelos benefícios do big data. “Muitas empresas ainda não sabem como usar o poder dos dados no dia a dia, mas estão tentando sair na frente e planejam contratar especialistas em big data como um investimento estratégico”, diz o diretor da HAYS Experts.

Cargos em baixa
Analista de rede de telefonia
Coordenador / analista de infraestrutura não-virtualizada

As áreas de TI menos promissoras para 2017, de forma geral, são aquelas em processo de superação pela chegada de novas tecnologias. É o caso do analista de rede de telefonias, num momento em que a chegada da internet e dos smartphones obriga um grande número de empresas a descontinuar suas redes fixas. “Quem trabalha com hardware mais antigo de telefonia terá cada vez mais dificuldades de encontrar oportunidades”, diz Falcão.

A mesma lógica vale para coordenadores e analistas de infraestrutura não-virtualizada. Por gerar altos custos, a infraestrutura física necessária para armazenar informação, como a de CPDs (Centro de Processamento de Dados), tem sido substituída por dados em nuvem.

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