Reykjavik, Islândia (Travelpix Ltd/Getty Images)
Isabela Rovaroto
Publicado em 6 de julho de 2021 às 09h55.
Última atualização em 19 de julho de 2021 às 18h48.
Trabalhar quatro dias por semana parece um sonho distante, mas um estudo realizado na Islândia mostra que a redução de jornada pode melhorar o bem-estar e a produtividade dos funcionários. Analistas acreditam que o modelo pode ser adotado em outros países.
Mais de 2.500 pessoas em 100 empresas participaram de dois testes apoiados pelo governo. A semana de trabalho da maioria dos funcionários foi reduzida de 40 para 35 horas sem redução salarial e não houve perda real de produtividade, de acordo com a Autonomy, grupo de estudo sobre o futuro do trabalho do Reino Unido, e da Associação Islandesa de Sustentabilidade e Democracia.
O primeiro teste ocorreu na capital da Islândia, Reykjavik, entre 2014 e 2019. No início, funcionários de creches e centros de serviços reduzirem suas horas de 40 para 35 por semana. Depois funcionários no gabinete do prefeito e lares de idosos também foram incluídos.
No segundo estudo, realizado entre 2017 e 2021, 440 funcionários de várias agências governamentais nacionais reduzirem suas horas de trabalho.
Trabalhando menos horas por dia as equipes foram incentivadas a serem mais eficientes, reduzindo o tempo das reuniões, reorganizando suas agendas e melhorando a comunicação entre os departamentos. A pesquisa sugere que no geral não houve perda de produtividade ou qualidade dos serviços.
Também houve uma melhora no bem-estar dos funcionários. Os níveis percebidos de estresse e esgotamento caíram em muitos casos, com muitos funcionários dizendo que se sentiam mais positivos e felizes no trabalho como resultado do novo regime.
Os resultados aumentam a credibilidade da semana de trabalho mais curta sem corte significativo no salário. O modelo tem sido apontado como uma solução para melhorar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, impulsionar o desempenho dos funcionários e ajudar o meio ambiente.
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