homem-estuda (OcusFocus)
Claudia Gasparini
Publicado em 26 de outubro de 2016 às 13h00.
Última atualização em 26 de outubro de 2016 às 13h00.
"Flipped class" não é um conceito novo quando falamos sobre o aprendizado de inglês, mas começou a ganhar força no Brasil mais recentemente. Ele surgiu com o avanço das novas tecnologias e o decorrente espírito colaborativo.
Uma tradução simplificada do termo é “aula invertida”, um modelo pedagógico que desloca o ensino em sala de aula para aprendizado na forma de atividade extraclasse. Em outras palavras, a ordem de apresentação de conteúdo é invertida. O aluno trabalha, antes da aula, com instruções dadas pelo professor, normalmente via computador ou celular, para depois discutir com seu professor sobre o que leu, ouviu ou assistiu.
Assim, o foco do que chamamos de "guided learning hours" (horas de aprendizado conduzidas pelo professor) fica sendo em conversação, que é a habilidade mais desafiadora para quem quer atingir fluência em inglês.
O aluno deve ouvir um áudio, assistir a um vídeo ou ler um texto quantas vezes achar necessário e nos horários que puder. Como parte da preparação para sua aula, ele deve buscar o vocabulário novo em algum dicionário eletrônico, como o www.thefreedictionary.com, e estruturar suas ideias sobre o conteúdo para fazer uma mini apresentação.
Em aula, o professor se concentra em solucionar eventuais dúvidas, assistir à apresentação feita pelo aluno, fazer perguntas, trabalhar o vocabulário e estruturas gramaticais interessantes que tenham no material selecionado e dar feedback sobre os erros (de vocabulário, pronúncia e gramática) cometidos durante o discurso do aluno.
Veja abaixo um esquema de "flipped class":
Quais são as vantagens desse modelo?
1. No caso de material customizado para o curso, o aluno pode selecionar o conteúdo que deseja trabalhar na aula seguinte.
2. O professor desempenha o papel de facilitador no processo de aprendizagem.
3. A aula passa a ser o momento da prática oral do inglês, com solução de dúvidas, aplicação prática de vocabulário e estruturas gramaticais novas ou ainda não automatizadas.
4. O aluno também tem a responsabilidade de seu aprendizado.
Você já está estudando inglês assim?
Lígia Crispino é sócia-diretora da Companhia de Idiomas e da ProfCerto