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Severino Felix da Silva, 47 anos, economista

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 09h30.

Severino Felix da Silva tinha 5 anos quando seus pais trocaram a seca de Ingá do Bacamarte, na Paraíba, por Jandaia do Sul, no Paraná. Mas o Sul decepcionou a família de agricultores semi-alfabetizados -- e seu pai foi embora, deixando mulher e filhos para trás. Assim, aos 15 anos, Felix já era arrimo de família. Foi quando um tio arrumou-lhe emprego de auxiliar de arquivista no Rio de Janeiro. A passagem de ônibus foi paga com a venda de seu único bem: a bicicleta Monark. Com três dias no emprego, porém, Felix pediu demissão. "O chefe era um carrasco", diz. Preferiu ser office-boy em outra firma. Trabalhava de dia, estudava à noite. Sonhava com a faculdade. O curso de economia foi pago parte pela empresa, parte por um executivo que apostou no jovem paraibano. Tinha razões para isso. Certa vez, Felix viu que o chefe estava atrapalhado com uma pilha de contratos para despachar. Descobriu sozinho como fazer os cálculos e passou a noite resolvendo o problema do gerente. Ganhou o reconhecimento do chefe e do mercado. Aos 25 anos, casado, com dois filhos, tornou-se diretor da LTD, editora de livros didáticos. Em seis anos, tornou-se presidente. Tomou gosto por empreender ao criar uma empresa de ensino a distância que ficou maior que a LTD.

No começo dos anos 90, ainda no emprego, Felix criou seu primeiro negócio próprio, uma escola de informática para crianças. Nascia o embrião da Escol@24Horas, lançada em 1999. O conceito: um site que dá reforço escolar a crianças. Hoje, 360 escolas ofe-recem o serviço a 300 000 alunos. Sua empresa emprega 260 pessoas, sendo 120 professores. O negócio chamou a atenção do Banco Mundial, por meio de sua agência de fomento IFC, hoje dono de 25% da empresa. A Escol@24Horas já chegou ao México e ao Chile e está em tratativas na França. No mercado interno, a novidade é um plano que permite a empresas dar acesso à Escol@24Horas para os filhos de funcionários. Lição de Felix: faça o que gosta. "Eu fui um office-boy feliz."

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Severino Felix da Silva tinha 5 anos quando seus pais trocaram a seca de Ingá do Bacamarte, na Paraíba, por Jandaia do Sul, no Paraná. Mas o Sul decepcionou a família de agricultores semi-alfabetizados -- e seu pai foi embora, deixando mulher e filhos para trás. Assim, aos 15 anos, Felix já era arrimo de família. Foi quando um tio arrumou-lhe emprego de auxiliar de arquivista no Rio de Janeiro. A passagem de ônibus foi paga com a venda de seu único bem: a bicicleta Monark. Com três dias no emprego, porém, Felix pediu demissão. "O chefe era um carrasco", diz. Preferiu ser office-boy em outra firma. Trabalhava de dia, estudava à noite. Sonhava com a faculdade. O curso de economia foi pago parte pela empresa, parte por um executivo que apostou no jovem paraibano. Tinha razões para isso. Certa vez, Felix viu que o chefe estava atrapalhado com uma pilha de contratos para despachar. Descobriu sozinho como fazer os cálculos e passou a noite resolvendo o problema do gerente. Ganhou o reconhecimento do chefe e do mercado. Aos 25 anos, casado, com dois filhos, tornou-se diretor da LTD, editora de livros didáticos. Em seis anos, tornou-se presidente. Tomou gosto por empreender ao criar uma empresa de ensino a distância que ficou maior que a LTD.

No começo dos anos 90, ainda no emprego, Felix criou seu primeiro negócio próprio, uma escola de informática para crianças. Nascia o embrião da Escol@24Horas, lançada em 1999. O conceito: um site que dá reforço escolar a crianças. Hoje, 360 escolas ofe-recem o serviço a 300 000 alunos. Sua empresa emprega 260 pessoas, sendo 120 professores. O negócio chamou a atenção do Banco Mundial, por meio de sua agência de fomento IFC, hoje dono de 25% da empresa. A Escol@24Horas já chegou ao México e ao Chile e está em tratativas na França. No mercado interno, a novidade é um plano que permite a empresas dar acesso à Escol@24Horas para os filhos de funcionários. Lição de Felix: faça o que gosta. "Eu fui um office-boy feliz."

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