Entrevista por telefone deve ser encarada como a presencial: precisa se preparar (Steve Zazeski/sxc.hu)
Da Redação
Publicado em 10 de maio de 2011 às 06h12.
São Paulo - Causar uma boa impressão na entrevista de emprego é um desafio que exige postura apropriada e interação positiva com o recrutador. Quando a conversa é feita por telefone, como se sair bem sem contar com a ajuda dos aspectos visuais da entrevista presencial?
1. Separados por um fio
A entrevista por telefone é um artifício utilizado, principalmente, para triagem inicial. “Em uma primeira fase do processo de seleção, o recrutador pode ligar para o candidato para ver se ele preenche os requisitos básicos para a vaga”, explica Fábio D’Ave, especialista em recrutamento da Robert Half.
O contato servirá para confirmar o perfil do candidato e a experiência apresentada no currículo. “Geralmente, o candidato está à distância e não se justifica o gasto com deslocamento. Depois do telefonema, caso o profissional seja aprovado, o processo deve seguir para uma entrevista presencial com o gestor”, diz Fábio.
2. Preparação para a entrevista
Assim como no contato frente a frente com o recrutador, a entrevista por telefone exige cuidados e atenção à postura adequada. “A preparação é similar à entrevista presencial, o candidato precisa ser pontual e manter a calma para destacar as suas habilidades”, aconselha o consultor.
Antes de atender ao telefone, é importante estar em um lugar sem ruídos, onde o candidato não será importunado, e reservar tempo para a entrevista, que pode durar de 20 minutos a uma hora. Caso a entrevista seja por celular, o sinal para comunicação também deve ser verificado.
O profissional deve consultar as informações sobre a empresa, os requisitos para cargo que está se candidatando e saber com quem vai falar. “Ele precisa mostrar que entende a posição e quais os princípios da empresa”, aconselha Fábio.
Para evitar a ansiedade, o candidato pode dar um tempo no trabalho que está fazendo e tirar uns minutos antes para relaxar e trabalhar a respiração. O ideal é estar concentrado para a entrevista no momento da ligação.
3. Cuidados na entrevista
Como o contato não terá a ajuda de elementos visuais do candidato para a construção da imagem dele diante do entrevistador, é importante passar segurança e credibilidade pela voz. Falar calmamente, saber ouvir o recrutador e esperar a vez de falar são ações fundamentais para o sucesso da entrevista.
O recrutador precisa ter a imagem de um profissional de credibilidade e que dará contribuições à empresa no cargo a ser ocupado. Para que tenha sucesso ao telefone, o candidato precisa responder o que é perguntado e não assumir uma personalidade que não é a dele, destacando as competências profissionais no fluxo da conversa.
"O candidato não pode atropelar o interlocutor. Ele deve esperar que o recrutador conclua a pergunta, refletir rapidamente para formular a resposta e responder com segurança e voz tranquila", aconselha Fábio.
Se a ligação apresentar algum problema ou ruídos, avise o interlocutor ou passe uma segunda opção de número de telefone para o caso do sinal cair.
A entrevista ao telefone não é espontânea e a conversa pode não ser tão fluida como se fosse cara a cara. Além disso, as reações do recrutador na entrevista ao telefone não são visíveis, o que dificulta a percepção do candidato sobre seu desempenho.
Cabe ao profissional, entretanto, ter em mente o foco da entrevista ao telefone para não perder o fio da conversa. "O objetivo é semelhante à feita de forma presencial e, inclusive, deve guiar para o próximo passo da seleção a ser feito presencialmente", diz o consultor.