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Entre mosquitos e Ph.Ds

A versão brasileira do Instituto Pasteur parecia sonho de megalomaníaco quando Oswaldo Cruz iniciou a caça ao mosquito da febre amarela. Hoje, a fundação que leva o nome do sanitarista (Fiocruz) tem prestígio no mundo todo. É o maior produtor de insumos de saúde no Brasil, estuda males típicos de países pobres, presta assistência médica […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 09h33.

A versão brasileira do Instituto Pasteur parecia sonho de megalomaníaco quando Oswaldo Cruz iniciou a caça ao mosquito da febre amarela. Hoje, a fundação que leva o nome do sanitarista (Fiocruz) tem prestígio no mundo todo. É o maior produtor de insumos de saúde no Brasil, estuda males típicos de países pobres, presta assistência médica à população e oferece programas de mestrado e doutorado. A Fiocruz está espalhada pelo país e emprega mais de 3 mil funcionários (848 com Ph.D.). O orçamento é apertado e os salários são baixos -- cientistas com mestrado recebem em média 3 mil reais por mês. Mas a maioria não deixa a instituição. Como isso é possível? "É surpreendente o número de pessoas que estão aqui porque acreditam que estão fazendo alguma coisa pelo país", diz Tânia Matos Nunes, vice-presidente de recursos humanos da fundação. O médico carioca José Inácio Motta é um deles. "Não somos heróis, mas meu trabalho aqui tem um componente social difícil de encontrar na iniciativa privada." Motta pode ser localizado mais facilmente na Amazônia ou no continente africano, prestando consultoria em saúde pública. Se não há como motivar oferecendo salários, há como, por exemplo, cuidar do desenvolvimento profissional dos funcionários.

A fundação banca cursos de mestrado e doutorado para seus cientistas. Sim, a mudança é lenta e ainda está muito longe do ideal, mas onde há fumaça...

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