Empresas do Rio têm dificuldades para contratar deficientes
Apenas 30% das empresas cariocas cumprem a cota conforme determinada na legislação em vigor
Da Redação
Publicado em 17 de novembro de 2014 às 15h16.
Rio de Janeiro - As empresas do Rio de Janeiro encontram dificuldades em contratar pessoas com deficiência para cumprir a cota estabelecida por lei, devido a baixa procura pelas vagas.
Apenas 30% das empresas cumprem a cota conforme determinada na legislação em vigor. O evento Rio + Inclusivo tem a finalidade de estimular a inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. As 42 empresas participantes ofereceram cerca de 1.200 vagas de emprego.
A iniciativa foi promovida pela parceria entre o Ministério do Emprego e Trabalho (MTE), o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac-Rio).
Dados do MTE mostram que, no estado, apenas 30% das empresas cumprem à risca a cota estabelecida por lei, que prevê, para empresas com mais de 100 funcionários, o preenchimento de 2% a 5% dos cargos por pessoas com deficiência habilitadas para as funções.
De acordo com o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, os empregadores alegam que a procura dos deficientes pelas vagas é baixa.
“Ver tantos postos de trabalho ofertados aqui, na feira, mostra uma disposição das empresas em cumprir a cota. Talvez a procura ainda não seja tão grande porque, até pouco tempo, quando as pessoas com deficiência eram empregadas, elas perdiam o benefício. Com a mudança, esse benefício só é suspenso temporariamente”, disse.
O gerente executivo do INSS, Flávio Souza, informou que o evento busca uma parceria contínua e permanente entre os empregadores e os deficientes físicos. “O mais importante do evento é estabelecer o intermédio entre esses dois lados, oferecendo às empresas um banco de dados para que elas possam incluir em seus quadros cada vez mais portadores de deficiência”, explicou.
Souza acredita que ainda existe falta de oportunidade para que os deficientes tenham acesso a carreiras diferenciadas.
“Não adianta empregar a pessoa em uma atividade onde ela não pode se realizar profissionalmente. Ali estará o preconceito. É preciso capacitar a pessoa com deficiência para que ela seja inserida no mercado de trabalho, normalmente, como qualquer outro empregado”, ressaltou.
Diretor-geral do Senac, Eduardo Diniz disse que o instituto oferece diversas oportunidades para os portadores de deficiência.
“Abrimos 200 vagas para um curso de qualificação profissional voltado para os deficientes e estamos com as inscrições abertas. Também promovemos aqui, no Senac, palestras ensinando como preparar o currículo e dando dicas sobre o mercado de trabalho”.
O supervisor de informática Sandro Freitas, de 41 anos, disse que a maior dificuldade dos deficientes para entrar no mercado de trabalho é o preconceito.
“As pessoas acham que somos cidadãos de segunda classe. Temos menos oportunidades de estudo e ganhamos menos. Além disso, várias empresas acreditam que não temos capacidade. Alguns deficientes podem até se acomodar, mas muitos correm atrás”, ressaltou Santo.
O censo mais recente do IBGE revela que quase 46 milhões de brasileiros, 24% da população do país, apresentam algum tipo de deficiência - motora, visual, auditiva ou mental.
Desses, 61% com 15 anos ou mais não tinham instrução ou cursaram apenas o ensino fundamental incompleto. O levantamento também mostra que 44 milhões dos deficientes estão em idade ativa e, dessa parcela, 56,8% não têm emprego.
Rio de Janeiro - As empresas do Rio de Janeiro encontram dificuldades em contratar pessoas com deficiência para cumprir a cota estabelecida por lei, devido a baixa procura pelas vagas.
Apenas 30% das empresas cumprem a cota conforme determinada na legislação em vigor. O evento Rio + Inclusivo tem a finalidade de estimular a inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. As 42 empresas participantes ofereceram cerca de 1.200 vagas de emprego.
A iniciativa foi promovida pela parceria entre o Ministério do Emprego e Trabalho (MTE), o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac-Rio).
Dados do MTE mostram que, no estado, apenas 30% das empresas cumprem à risca a cota estabelecida por lei, que prevê, para empresas com mais de 100 funcionários, o preenchimento de 2% a 5% dos cargos por pessoas com deficiência habilitadas para as funções.
De acordo com o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, os empregadores alegam que a procura dos deficientes pelas vagas é baixa.
“Ver tantos postos de trabalho ofertados aqui, na feira, mostra uma disposição das empresas em cumprir a cota. Talvez a procura ainda não seja tão grande porque, até pouco tempo, quando as pessoas com deficiência eram empregadas, elas perdiam o benefício. Com a mudança, esse benefício só é suspenso temporariamente”, disse.
O gerente executivo do INSS, Flávio Souza, informou que o evento busca uma parceria contínua e permanente entre os empregadores e os deficientes físicos. “O mais importante do evento é estabelecer o intermédio entre esses dois lados, oferecendo às empresas um banco de dados para que elas possam incluir em seus quadros cada vez mais portadores de deficiência”, explicou.
Souza acredita que ainda existe falta de oportunidade para que os deficientes tenham acesso a carreiras diferenciadas.
“Não adianta empregar a pessoa em uma atividade onde ela não pode se realizar profissionalmente. Ali estará o preconceito. É preciso capacitar a pessoa com deficiência para que ela seja inserida no mercado de trabalho, normalmente, como qualquer outro empregado”, ressaltou.
Diretor-geral do Senac, Eduardo Diniz disse que o instituto oferece diversas oportunidades para os portadores de deficiência.
“Abrimos 200 vagas para um curso de qualificação profissional voltado para os deficientes e estamos com as inscrições abertas. Também promovemos aqui, no Senac, palestras ensinando como preparar o currículo e dando dicas sobre o mercado de trabalho”.
O supervisor de informática Sandro Freitas, de 41 anos, disse que a maior dificuldade dos deficientes para entrar no mercado de trabalho é o preconceito.
“As pessoas acham que somos cidadãos de segunda classe. Temos menos oportunidades de estudo e ganhamos menos. Além disso, várias empresas acreditam que não temos capacidade. Alguns deficientes podem até se acomodar, mas muitos correm atrás”, ressaltou Santo.
O censo mais recente do IBGE revela que quase 46 milhões de brasileiros, 24% da população do país, apresentam algum tipo de deficiência - motora, visual, auditiva ou mental.
Desses, 61% com 15 anos ou mais não tinham instrução ou cursaram apenas o ensino fundamental incompleto. O levantamento também mostra que 44 milhões dos deficientes estão em idade ativa e, dessa parcela, 56,8% não têm emprego.