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Em discurso no MIT, Sheryl Sandberg lança desafio para os homens jovens

Em discurso para formandos do MIT, a diretora de operações do Facebook destacou o poder e responsabilidade de mudar o mundo que os jovens têm

Sheryl Sandberg: “Mesmo sendo o mais novo na sala, você tem poder. Use-o!” (Allison Shelley / Stringer/Getty Images)

Sheryl Sandberg: “Mesmo sendo o mais novo na sala, você tem poder. Use-o!” (Allison Shelley / Stringer/Getty Images)

Luísa Granato

Luísa Granato

Publicado em 16 de junho de 2018 às 06h00.

Última atualização em 16 de junho de 2018 às 09h27.

São Paulo - Sheryl Sandberg, diretora de operações do Facebook, quer que os jovens sejam disruptivos. Segundo ela, desde o primeiro dia, o jovem profissional tem o poder de impactar o mercado de trabalho.

Em discurso para os formandos de 2018 do MIT (Massachusetts Institute of Technology), no dia 8 de junho, ela lembrou que esse poder não pertence apenas às lideranças e incentivou sua audiência a tomar a frente para garantir um mundo melhor.

Para começar, Sheryl quer que os jovens questionem o que suas futuras empresas fazem para melhorar o mundo.

A “número 2” do Facebook falou sobre a revolução causada pela tecnologia e a internet, principalmente como uma ferramenta para lutar contra a desigualdade e pela democracia.

Ela não deixa de reconhecer o lado ruim, como a propagação de discursos de ódio e fake news, e de como essas ameaças estão próximas dela e de seu trabalho na rede social.

Para ela, isso representa que mesmo tendo as melhores das intenções, ainda podemos falhar. O importante é usar os erros como chance para crescer e buscar soluções. Ela deixa a lição para os jovens e coloca como responsabilidade deles ser parte ativa das mudanças que ocorrem no mundo atual.

“Estamos em um dos momento mais marcante da história humana. E vocês não vão apenas viver nele, vocês vão molda-lo”, disse.

A forma de fazer isso? Sheryl responde: incentivando a diversidade e mantendo o otimismo.

Para as mudanças serem efetivas e positivas, Sheryl defende que exista a garantia de que todas as vozes sejam respeitadas no ambiente de trabalho e possam tomar decisões. “Os maiores problemas não são técnicos, mas humanos. Em outras palavras, não é apenas sobre tecnologia, mas sobre as pessoas”.

Sobre o otimismo, ela recomenda para manter a crença de que é possível mudar e fazer a diferença, pois não faltarão pessoas falando que é impossível.

E o caminho da diversidade inclui a luta pelo fim do racismo e sexismo no mercado de trabalho. Ela avisa que até as mais novas tecnologias podem vir acompanhadas dos mais velhos preconceitos.

A COO do Facebook conta sobre um chefe no início da sua carreira que a tratava mal e privilegiava seu colegas homens. Ela chegou a reclamar, mas o chefe só mudou de atitude quando ela teve apoio de seus colegas.

Sheryl lança, então, um desafio para os homens jovens: você sabe o que é certo, faça alguma coisa. “Mesmo sendo o mais novo na sala, você tem poder. Use-o!”, falou.

Sua organização Lean In observou que, após as ações contra assédio sexual do movimento #MeToo, metade dos gerentes homens nos Estados Unidos tinha medo de se reunir sozinhos com uma mulher ou fazer um jantar com uma funcionária.

Com esses dados, ela chama a atenção dos graduandos: “Aos homens aqui: alguém vai te puxar de lado na sua primeira semana no trabalho e falar que você nunca deveria ficar sozinho com uma mulher. Você sabe que eles estão errados. Você sabe trabalhar com pessoas de todas as origens e se comportar respeitosamente. Então, dê a eles um conselho. Fale que eles têm a obrigação de tornar o acesso igualitário, que se eles não se sentem confortáveis jantando com uma mulher, eles não deveriam jantar com homens. Almoços em grupo para todos!”.

Veja seu discurso completo:

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