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Site conecta militares a empresas privadas

Site conecta militares da reserva das Forças Armadas a empresas privadas.“Quem emprega um militar, acaba nos ligando para contratar mais um”, diz fundador

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2014 às 20h07.

São Paulo - Todos os anos, 2 milhões de jovens brasileiros de 18 anos passam pelo alistamento obrigatório. Deste grupo, são realmente absorvidos pelas Forças Armadas perto de 70 mil jovens.

No outro extremo da equação, Exército , Marinha e Aeronáutica “devolvem” anualmente à sociedade número semelhante de militares, entre aqueles que cumpriram um ano obrigatório e quem fez da farda a sua carreira .

“Entre 60 mil e 70 mil militares deixam as Forças Armadas anualmente”, diz o tenente do Exército, Cesar Galdino. Ele, que é advogado e dedicou 8 anos de sua vida ao quartel, enxergou nestes números uma oportunidade de negócio.

Em 2013, surgia o Reserva Ativa, site que conecta militares da reserva das Forças Armadas a empresas do setor privado, interessadas empregá-los.

Seu sócio, Fábio Ferreira, diretor da regional oeste do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), é o responsável por buscar espaço no mercado e identificar oportunidades profissionais para os militares.

Aos dois, juntou-se Bruno Praça, que, como Galdino, é militar e agora o responsável pela parte tecnológica do Reserva Ativa. O projeto ficou em terceiro lugar no Acelera Startup Fiesp 2014,  realizado no começo do mês.

Mas o reconhecimento mesmo, diz Galdino, veio em setembro com a assinatura de um acordo de cooperação por parte do Comando do Exército.

“Eles vão incentivar os militares a cadastrarem o currículo no site”, diz Galdino que espera que Marinha e Aeronáutica também adotem o Reserva Ativa. Com isso, a expectativa é que a base de profissionais disponíveis no site cresça exponencialmente.

De coronéis a soldados

Com 2,5 mil currículos cadastrados gratuitamente, o Reserva Ativa tem profissionais de várias áreas e formações. “Temos desde jovens soldados com formação técnica a coronéis com mestrado. Nós temos todas as profissões dentro dos quartéis. De cozinheiros, eletricistas a advogados, médicos e engenheiros”, explica.

O diferencial de carreira dos fardados, diz Galdino, é que eles passaram pela “peneira” das Forças Armadas. “São pessoas que passaram por testes físicos, psicológicos, investigação social. O carimbo das Forças Armadas tem um peso”, explica.

Mas, são qualidades comportamentais os grandes ativos de carreira destes profissionais segundo Galdino. “Militar é mais fiel, está acostumado a vestir a camisa, tem disciplina, pontualidade e respeita a hierarquia. As empresas valorizam isso”, diz.

Áreas mais quentes para militares

O setor de segurança é, tradicionalmente, o que mais se interessa por quem acaba de sair das Forças Armadas. “É que o militar chega como um profissional 90% pronto nessa área”, diz Galdino.

Mas outros mercados já começam a se render a esta mão-de-obra.“Temos visto interesse de empresas multinacionais de alimentação. O Mc Donald’s é um dos nossos parceiros”, diz. Redes como Giraffas e Outback também se mostram interessadas.

Galdino ainda cita as áreas construção, mecânica, logística e setores administrativos como sendo de grande potencial para absorver estes profissionais.“Quem emprega um militar, acaba nos ligando para contratar mais um”, diz.

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São Paulo - Todos os anos, 2 milhões de jovens brasileiros de 18 anos passam pelo alistamento obrigatório. Deste grupo, são realmente absorvidos pelas Forças Armadas perto de 70 mil jovens.

No outro extremo da equação, Exército , Marinha e Aeronáutica “devolvem” anualmente à sociedade número semelhante de militares, entre aqueles que cumpriram um ano obrigatório e quem fez da farda a sua carreira .

“Entre 60 mil e 70 mil militares deixam as Forças Armadas anualmente”, diz o tenente do Exército, Cesar Galdino. Ele, que é advogado e dedicou 8 anos de sua vida ao quartel, enxergou nestes números uma oportunidade de negócio.

Em 2013, surgia o Reserva Ativa, site que conecta militares da reserva das Forças Armadas a empresas do setor privado, interessadas empregá-los.

Seu sócio, Fábio Ferreira, diretor da regional oeste do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), é o responsável por buscar espaço no mercado e identificar oportunidades profissionais para os militares.

Aos dois, juntou-se Bruno Praça, que, como Galdino, é militar e agora o responsável pela parte tecnológica do Reserva Ativa. O projeto ficou em terceiro lugar no Acelera Startup Fiesp 2014,  realizado no começo do mês.

Mas o reconhecimento mesmo, diz Galdino, veio em setembro com a assinatura de um acordo de cooperação por parte do Comando do Exército.

“Eles vão incentivar os militares a cadastrarem o currículo no site”, diz Galdino que espera que Marinha e Aeronáutica também adotem o Reserva Ativa. Com isso, a expectativa é que a base de profissionais disponíveis no site cresça exponencialmente.

De coronéis a soldados

Com 2,5 mil currículos cadastrados gratuitamente, o Reserva Ativa tem profissionais de várias áreas e formações. “Temos desde jovens soldados com formação técnica a coronéis com mestrado. Nós temos todas as profissões dentro dos quartéis. De cozinheiros, eletricistas a advogados, médicos e engenheiros”, explica.

O diferencial de carreira dos fardados, diz Galdino, é que eles passaram pela “peneira” das Forças Armadas. “São pessoas que passaram por testes físicos, psicológicos, investigação social. O carimbo das Forças Armadas tem um peso”, explica.

Mas, são qualidades comportamentais os grandes ativos de carreira destes profissionais segundo Galdino. “Militar é mais fiel, está acostumado a vestir a camisa, tem disciplina, pontualidade e respeita a hierarquia. As empresas valorizam isso”, diz.

Áreas mais quentes para militares

O setor de segurança é, tradicionalmente, o que mais se interessa por quem acaba de sair das Forças Armadas. “É que o militar chega como um profissional 90% pronto nessa área”, diz Galdino.

Mas outros mercados já começam a se render a esta mão-de-obra.“Temos visto interesse de empresas multinacionais de alimentação. O Mc Donald’s é um dos nossos parceiros”, diz. Redes como Giraffas e Outback também se mostram interessadas.

Galdino ainda cita as áreas construção, mecânica, logística e setores administrativos como sendo de grande potencial para absorver estes profissionais.“Quem emprega um militar, acaba nos ligando para contratar mais um”, diz.

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