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É hora de comprar ações?

A resposta é sim - se você entender que o investimento na bolsa de valores deve ser para o longo prazo

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2013 às 13h12.

São Paulo - A Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBovespa) engrenou em uma tendência de alta nos últimos meses. O Ibovespa (o índice que reúne as ações mais negociadas) ultrapassou os 60.000 pontos e já subiu 60% desde o começo do ano.

No ápice da crise financeira internacional, o índice despencou para 29 435 pontos. A recuperação é impressionante, mas será que vale a pena entrar no mercado de ações neste momento? Os analistas financeiros dizem que sim, desde que seus investimentos sejam feitos para um prazo de, pelo menos, dois anos.

"O Brasil está saindo da crise financeira de forma mais vigorosa do que a maioria dos países. Entretanto, os ganhos na bolsa serão graduais, como conquistas de longo prazo dos investidores", diz Everaldo de Oliveira, presidente da corretora espanhola CM Capital Markets no Brasil, com sede em São Paulo.

As melhores ações para comprar neste momento, e também nos próximos meses, são das empresas do setor de infraestrutura. É que com a realização da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016 no Brasil, as empresas desse segmento devem fazer mais investimentos e com isso ter um resultado financeiro positivo, que será dividido com o acionista.

Boas opções são as ações dos setores de construção civil, siderurgia, transporte, imóveis, bancos e consumo. "Imaginando que a bolsa possa sofrer uma correção, recomendamos ações mais defensivas, aquelas que apresentam pouca oscilação, como as que têm pagamento elevado de dividendos", diz Fernando Siqueira, economista-chefe da Corretora Intra, em São Paulo.


Algumas ações consideradas defensivas são da companhia de cigarros Souza Cruz e de empresas do setor elétrico, como Eletropaulo, CPFL, AES Tietê e Transmissão Paulista.

Outro motivo para voltar a investir em ações é que, com a tendência de queda na taxa básica de juros, que está em 8,75% ao ano, as aplicações em renda fixa vão render cada vez menos. "A renda fixa oferece atualmente a menor remuneração de sua história no Brasil. Ela é útil apenas para preservar o patrimônio e protegê-lo da inflação", diz Wagner Salaverry, sócio-diretor do banco Geração Futuro, de Porto Alegre. 

Se você ficou animado para começar a investir em ações, siga o conselho dos especialistas: coloque apenas uma parte do seu dinheiro no mercado acionário. É que o valor dos papéis sempre pode sofrer oscilações, pois eles podem receber interferência da economia, da política econômica do governo federal e de fatores externos.

"O investidor não deve fazer deste momento o único ou o principal período para comprar ações. Não existe uma hora boa ou ruim para ingressar na bolsa. É interessante diluir a compra dos papéis em vários momentos para aproveitar os bons preços", diz Wagner. 

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