Carreira

Durante transição de carreira, profissionais deixam o escritório para ter mais estabilidade

Dustin Snyder deixou o mundo corporativo para trabalhar como eletricista e diz ter mais qualidade de vida na nova carreira

Eletricistas encontram oportunidades de crescimento e estabilidade em uma área com alta demanda de profissionais qualificados. (Omar Paixão)

Eletricistas encontram oportunidades de crescimento e estabilidade em uma área com alta demanda de profissionais qualificados. (Omar Paixão)

Fernando Olivieri
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 19 de novembro de 2024 às 11h20.

Dustin Snyder, 43 anos, trabalhou durante anos em diferentes empregos no setor corporativo, mas decidiu mudar de profissão para se tornar eletricista. Ele relata que a nova carreira trouxe aprendizado constante, maior equilíbrio entre trabalho e vida pessoal e estabilidade financeira. A reportagem é da Business Insider.

Antes da mudança, Snyder atuou em varejo, call centers e startups. Em um desses empregos, chegou ao cargo de gerente de contas corporativas, supervisionando projetos para grandes clientes. No entanto, o ambiente de escritório e as demandas de estar sempre conectado dificultavam sua rotina, mesmo em momentos de descanso, como férias.

A decisão de mudar veio após conversar com um conhecido eletricista. Desde então, Snyder se dedica à área e afirma que a transição foi possível mesmo sem experiência prévia. Ele começou como instalador de baixa voltagem e, após nove meses, ingressou em um programa de aprendizado que combinava trabalho prático e aulas noturnas. Após três anos de formação e certificação, passou a atuar como eletricista de baixa voltagem.

O setor elétrico oferece diversas oportunidades de especialização, incluindo áreas como baixa voltagem, instalações comerciais e sistemas residenciais. A profissão está em crescimento, nos EUA com projeção de aumento de 11% no número de empregos nos próximos dez anos, segundo dados do Bureau of Labor Statistics estadunidense.

Desenvolvimento na profissão

Snyder enfatiza que a formação necessária para ser eletricista tem custo acessível e permite que o profissional trabalhe enquanto aprende. Jovens que entram diretamente nessa área após o ensino médio podem alcançar rendimentos consideráveis em poucos anos, sem a necessidade de investir em uma formação universitária. Ele também destaca que o mercado apresenta grande diversidade de funções e possibilidades de atuação, o que o torna atrativo para quem busca trabalho dinâmico e variado.

A rotina de trabalho de um eletricista começa cedo. Snyder trabalha das 6h às 14h30, horário comum na profissão, com o objetivo de aproveitar as horas de luz do dia e evitar o trânsito. Esse tipo de cronograma pode interferir em atividades sociais, mas o profissional considera o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal como um dos principais benefícios da profissão.

Ele realiza tarefas como reparos e instalação de sistemas audiovisuais em edifícios comerciais e salas de aula, o que lhe proporciona aprendizado constante e satisfação em aplicar seus conhecimentos em diferentes contextos.

Benefícios do sindicalismo

Snyder faz parte do International Brotherhood of Electrical Workers (IBEW), sindicato que oferece benefícios como planos de saúde, contribuição para aposentadoria e segurança no emprego. O salário médio de Snyder é superior a US$ 82 (R$ 280) por hora, e ele também conta com um fundo de previdência complementar e um plano de pensão.

Além de benefícios financeiros, o sindicato facilita a busca por novas oportunidades de trabalho, eliminando a necessidade de candidaturas e entrevistas tradicionais. O apoio sindical também assegura que profissionais como Snyder tenham estabilidade mesmo em períodos de transição de projetos.

A nova carreira trouxe a ele um equilíbrio entre trabalho e vida pessoal que não era possível em seus empregos anteriores. Trabalhando com ferramentas e sistemas elétricos, ele encontrou um campo que permite crescimento profissional e oferece estabilidade.

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