Dois erros de digitação no CV podem acabar com suas chances
Pesquisa realizada pela Robert Half descobriu que apenas dois erros de digitação no currículo são suficientes para desclassificar candidato do processo seletivo
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2014 às 18h22.
São Paulo - É bom você começar a fazer uma revisão extra sempre que for enviar o currículo para uma empresa.
Uma pesquisa realizada pela Robert Half, nos Estados Unidos, descobriu que apenas dois erros de digitação no currículo são suficientes para desclassificar um candidato do processo seletivo.
Segundo a pesquisa, 46% dos gerentes seniores entrevistados afirmaram que desistem de contratar um profissional se ele tiver cometido dois erros de digitação em seu currículo. E para 17% dos executivos, uma única falha já justifica essa desistência.
A boa notícia é que os recrutadores têm sido mais compreensivos e tolerantes.
A pesquisa também revela que houve uma grande redução no número de gestores que descartariam candidatos por apenas um erro no currículo nos últimos anos.
Em 2006, 47% dos gestores afirmaram que apenas um erro seria necessário para eliminar um candidato do processo.
Em 2009 esse número caiu para 40% e, hoje, 17% dos entrevistados desconsiderariam o profissional.
No entanto, é a partir do segundo erro que muitos dos recrutadores desistem de um candidato.
Enquanto em 2006 37% deles eliminariam um profissional da competição por uma vaga, em 2014 esse número subiu quase dez por cento (46%).
Erros | 2014 | 2009 | 2006 |
---|---|---|---|
Um | 17% | 40% | 47% |
Dois | 46% | 36% | 37% |
Três | 27% | 14% | 7% |
Quatro ou mais | 9% | 7% | 6% |
Os erros de digitação mais comuns são relacionados a datas e à concordância gramatical.
De acordo com o diretor de operações da Robert Half no Brasil, Sócrates Melo, a tolerância aos erros está ligada ao tipo de posição que está em disputa.
“Entre os gestores brasileiros, ela costuma ser baixa. O tipo de erro conta mais do que a quantidade”, diz.
Melo também afirma que um currículo cheio de falhas pode transmitir a imagem de um profissional de baixa qualidade para os recrutadores.
Segundo o executivo, a análise de um currículo é feita por vários aspectos, que envolvem desde a formação até as realizações do profissional.
Ele também alerta para o fato de que o documento deve comunicar as qualidades do candidato de forma clara e objetiva em, no máximo, duas páginas.