Diversidade: Ambientes saudáveis criam produtividade ainda maior (FatCamera/Getty Images)
Nesta terça-feira, 28, é comemorado o dia internacional do orgulho LGBTQIA+, data que tem como objetivo principal conscientizar a população sobre a importância do combate à homofobia para criar uma sociedade livre de preconceitos.
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Entretanto, profissionais LGBTQIA+ tem pouco a comemorar nesta data. Uma recente pesquisa realizada pelo Infojobs, empresa de soluções de tecnologia para RH, mostra que para 57,6% dos profissionais pertencentes a esse grupo, a preocupação com diversidade e inclusão é apenas um discurso de marketing das empresas.
Ou seja, para mais da metade dos profissionais pertencentes a esse grupo, as suas empregadoras não parecem se preocupar genuinamente com as problemáticas de inclusão que essa comunidade vive no dia a dia.
Ainda segundo a pesquisa, apenas 7,6% destacam políticas de inclusão e diversidade como uma dedicação verdadeira das empresas. Já 34,7% afirmam que as ações são, na verdade, uma junção do discurso de marketing com uma preocupação genuína e apenas
O estudo contou com a participação de 1.991 pessoas, onde 42,6% se considera parte do grupo LGBTQIA+. Embora 78% dos respondentes tenham informado que nunca foram questionados a respeito da sua sexualidade nos processos seletivos, quando o recorte é feito com o grupo LGBTQIA+, 50% reiteram o contrário.
O levantamento revela ainda que apenas 3,8% dizem que os processos seletivos são "muito inclusivos", em relação a questões de gênero ou orientação sexual. Ao contrário disso, 47% consideram "pouco inclusivo" e 9,7% "nada inclusivo".
Quando questionados se pertencer ao grupo LGBTQIA+ dificulta a colocação no mercado de trabalho, 82% respondeu que 'sim' ou 'às vezes'. Como prova disso, 67% dos entrevistados pertencentes a comunidade LGBTQIA+ reiteraram já terem sofrido preconceito na etapa de recrutamento.
De modo que quase 95% entende que existe, dentro das empresas, preconceitos velados que atuam como barreiras externas para seu crescimento profissional.
Não à toa, analisando os dados da pesquisa, foi constatado que 82% dos participantes não trabalham ou já trabalharam em empresas com programas específicos para contratação de profissionais LGBTQIA+ e desenvolvimento da equipe para inclusão.
Ainda dentro desse cenário, 45% dos entrevistados disseram que já sofreram algum tipo de discriminação sexual no ambiente de trabalho. Porém, somente 17% reportou para um superior, enquanto 68% teve receio de levar o caso adiante e omitiu a situação.
Ana Paula Prado, CEO do Infojobs, reforça que o recrutamento pode ser o espaço inicial dessa mudança, principalmente contando com a tecnologia para eliminar os vieses inconscientes.
Não obstante, a tecnologia foi vista por 93% dos entrevistados como uma das soluções para auxiliar na promoção de um processo seletivo mais inclusivo.
Exemplo disso é o recrutamento às cegas, que avalia somente as habilidades técnicas e comportamentais do candidato, sem informações que ressaltem outras condições físicas ou pessoais, e proporciona a contratação de perfis mais diversos.
"Em virtude da diversidade de pensamentos, vivências e habilidades, as empresas são capazes de compor equipes que quebram barreiras limitantes e impulsionam novas soluções. Além disso, a pluralidade no ambiente de trabalho traz experiências únicas e uma variedade de soft skills, altamente valorizadas nos dias de hoje", pontua a CEO.
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