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Conhece o TED?

O evento que nasceu nos Estados Unidos para falar sobre tecnologia, entretenimento e design tornou-se um dos mais importantes fóruns de criatividade e inovação. No Brasil, ele tem mais de 3.000 membros e é ótimo para impulsionar sua carreira

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Elisa Tozzi

Publicado em 17 de maio de 2013 às, 18h12.

São Paulo - Em novembro do ano passado, 950 pessoas de diversas áreas, de músicos a presidentes de empresas, se reuniram em São Paulo, num sábado, para discutir o que o Brasil poderia oferecer para transformar o mundo em um lugar melhor.

Surgia, então, uma das primeiras edições nacionais do TED, o TEDx São Paulo. O TED nasceu nos Estados Unidos, em 1984, com a pretensão de ser um grupo de discussão independente, formado por profissionais dos setores de tecnologia, entretenimento e design (daí a sigla), que se encontrariam em dias específicos para espalhar, por meio de palestras de 18 minutos, ideias inovadoras sobre cada área.

Com a internet, o TED se alastrou pelo mundo. Hoje a comunidade global do grupo já tem mais de 70 000 pessoas, que podem assistir online a diversas palestras disponibilizadas no site http://www.ted.com. O objetivo é oferecer diversidade de discussões e propiciar palestras de alto nível. Figurões como Steve Jobs e Al Gore são colocados ao lado de anônimos professores universitários, profissionais liberais e executivos.

O que importa é ter boas histórias para contar. “Queremos inspirar as pessoas. Buscamos gente com biografias variadas”, diz Helder Araújo, organizador do evento no Brasil. “Não importa a fama do participante, mas, sim, se o que ele faz traz soluções ou inquietações para os problemas mundiais”, completa.  

Nos Estados Unidos, o grupo já é reconhecido como um centro de excelência para discussões inovadoras. Depois de uma palestra, Bill Gates chegou a dizer que não estava preparado para um conferência tão profunda e para encontrar pessoas com QIs tão altos. E o Brasil não fica atrás.

Fabio C. Barbosa, presidente do Grupo Santander Brasil e um dos participantes da edição paulistana do TED, diz que o evento destaca o trabalho de especialistas que nem sempre conseguem locais para se expressar: “Formamos uma comunidade especializada, na qual circulam ideias brilhantes e experiências enriquecedoras das mais diferentes áreas”. 


Os encontros nacionais ainda são uma novidade. Mas desde o ano passado já foram realizados TEDx (o x significa que o evento é licenciado, ou seja, não é organizado pelos criadores, mas por voluntários que assumem o projeto em diferentes países e empresas) em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. A próxima edição vai acontecer em Manaus, em novembro. Quatrocentos participantes se encontrarão às margens do Rio Negro para discutir como disseminar qualidade de vida. “A ideia é organizar conferências em todos os estados”, diz Helder. 

Fazer parte de um grupo como esse, além de ser uma ótima experiência de vida, ajuda você a impulsionar sua carreira. No TED, é possível conhecer, manter contato e desenvolver projetos com especialistas, descobrir realidades muito diferentes da sua e até repensar os rumos da sua carreira. 

Networking de qualidade

O TED é planejado para que todos os participantes tenham tempo para conversar, com pausas para o networking. “É muito comum surgir parcerias e novos projetos”, diz Maurício Curi, organizador do TEDx Vila Madá, que ocorre toda última quinta-feira do mês no bairro da Vila Madalena, em São Paulo.

O que distingue o TED de outros fóruns é que as pessoas continuam a se comunicar com assiduidade mesmo depois do término da conferência. “Até hoje, quase um ano depois da palestra, recebo e-mails de interessados em discutir temas abordados no evento”, diz Fabio, do Santander. 

Para instigar ainda mais o contato, os organizadores brasileiros criaram comunidades virtuais nos sites oficiais e em redes sociais, como Twitter e Facebook. Maurício, por exemplo, desenvolveu uma rede social customizada na página do TEDx Vila Madá. Ali, os membros se reúnem em grupos de trabalho que discutem questões como liderança, meio ambiente e consumo.

“O espírito é fazer com que pessoas de diferentes círculos se conheçam e criem juntas”, diz Flávia da Justa, diretora de comunicação de mercado da Oi, uma das patrocinadoras do evento. 

Entrar nesse círculo, no entanto, exige certo esforço. Os interessados em palestrar ou acompanhar os TEDx regionais, como o da Amazônia, precisam preencher uma longa ficha de inscrição com perguntas como: “Qual é o seu sonho e o que você já realizou?”. Os questionários são analisados por uma equipe de 20 curadores, que decidem quem poderá participar das conferências.


“A seleção visa unir gente com interesse real nos assuntos discutidos”, explica Helder. Quem entra tem boas histórias para contar, por isso os organizadores analisam as ações que os interessados fazem, também, fora da empresa em que trabalham. “O que vale é como a pessoa se sente em relação ao tema. Não escolhemos só pelo currículo corporativo”, explica Helder. 

Se você tem vontade de modificar o mundo, já está com o espírito do TED. Essa inquietação pode ser para resolver pequenos problemas, como, por exemplo, melhorar os processos do setor em que você trabalha. Foi esse o tema da fala de Fabio C. Barbosa, que mostrou como a ética pode ser aplicada no dia a dia, seja ao escolher um fornecedor com preocupações ambientais, seja ao contratar um parceiro com os impostos em dia. 

Outras realidades

Diversidade é a palavra de ordem. No evento em São Paulo, de novembro de 2009, participaram artistas, pesquisadores, engenheiros, educadores, cientistas e até um babalorixá. A ideia é fazer com que mundos diferentes sejam apresentados. O contato com pessoas de outras áreas, além de estimular a criatividade, pode ajudar na escolha profissional.

Foi o que aconteceu com Helder. Em 2005, depois de assistir à edição anual do TED em Long Beach, ele notou que estava direcionando sua carreira de design para o lado errado. Ele percebeu que sua profissão continuaria mesmo depois de sua aposentadoria e que, para se sentir realizado, teria de deixar um legado, por isso tornou-se entusiasta do TED no Brasil. “Abriu meus olhos”, diz Helder.

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