Confira dicas para se sair bem nas Exatas da Fuvest
Para professores, apesar de a prova ser bastante exigente nessas disciplinas, os alunos podem garantir um bom rendimento no próximo domingo
Estadão Conteúdo
Publicado em 21 de novembro de 2016 às 08h50.
São Paulo - Elas são as disciplinas mais temidas pelos candidatos, e não é à toa. As questões de Exatas da primeira fase da Fuvest têm o menor índice geral de acerto.
Um levantamento feito pelo Sistema de Ensino Poliedro mostra que Matemática, Física e Química tiveram um índice geral de menos de 50% de acerto em quatro das carreiras mais concorridas do vestibular (Medicina, Direito, Engenharia na Politécnica e Economia e Administração).
Para professores, apesar de a prova ser bastante exigente nessas disciplinas, os alunos podem garantir um bom rendimento no próximo domingo, dia do exame, fazendo testes de anos anteriores para entender e treinar o "estilo Fuvest", além de ficar atento para garantir pontos em questões mais fáceis.
Menor índice.
Matemática foi a disciplina que no ano passado teve o menor índice de acertos. Mesmo entre os candidatos que concorrem a uma vaga em Engenharia, o índice geral foi de 33,2%.
"É uma prova difícil, mas que sempre tem questões mais fáceis e rápidas e que não demandam um conhecimento muito profundo para serem resolvidas. O candidato deve manter a calma para localizar essas questões e tentar resolvê-las", diz Vinicius Haidar, coordenador do Poliedro.
Para ele, as questões da Fuvest que podem ser mais complicadas são as que abordam logaritmo, trigonometria e probabilidade - que exige atenção na interpretação de texto. Um lembrete de Haidar para os alunos é que a prova não pede cálculos muito complexos.
"Se o aluno estiver fazendo contas muito difíceis, com números quebrados, pode ser indicativo de que a resolução está errada. Não é esse o perfil de cobrança."
Treino.
Em Física, segunda disciplina com o menor índice de acertos, o professor Léo Gomes, professor do Descomplica - plataforma de educação online -, afirma que as questões exigem não apenas conhecimento teórico, mas treinamento.
"É uma prova exigente, não adianta o aluno saber apenas o conteúdo, mas ter traquejo para identificar rapidamente conceitos e como utilizá-los."
Gomes diz que a prova sempre traz questões que abordam elétrica, hidrostática e mecânica, esta última com exercícios normalmente mais complicados.
"A Fuvest é uma prova muito específica, quem treinou bastante o seu modelo tem vantagem", diz. No ano passado, das 90 questões da prova, foi um exercício de Física que teve o menor índice de acerto - apenas 10,7% dos candidatos conseguiram resolvê-la.
Pouco cálculo.
João Pitoscio, coordenador de Química do Colégio e Curso Etapa, afirma que as questões de sua disciplina na Fuvest exigem do aluno conceitos básicos, boa interpretação de texto e pouco cálculo matemático.
"Nos últimos anos, a prova trouxe muitos exercícios da química geral e físico-química", disse. Para ele, a prova deste ano pode trazer uma questão sobre radioatividade, já que o acidente nuclear de Chernobyl completou 30 anos em abril.
Para os professores das três disciplinas, na reta final de preparação para a Fuvest o aluno deve refazer as provas de anos anteriores, cronometrando o tempo e fazendo as contas sem calculadora.
É o que tem feito o estudante Caio Lima Costa, de 18 anos, que quer entrar em Engenharia na Escola Politécnica. "Apesar de ter mais facilidade com as matérias de Exatas, na hora da prova fico nervoso. Por isso estou treinando bastante, para não perder tempo com contas ou erros bobos", afirma.
Elaboradas.
As questões de Biologia no ano passado tiveram em média um índice de acertos de mais de 50% e são consideradas conteudistas e bem elaboradas. Para Luis Gustavo Megiolaro, professor de Biologia do Poliedro, a prova é bem distribuída e cobra muitos conteúdos estudados no ensino médio.
"As cinco matérias que mais caíram nos últimos anos foram genética, fisiologia humana, zoologia, evolução vegetal e embriologia. Como é uma prova abrangente, nessa fase vale mais o aluno fazer uma revisão quantitativa, estudando o maior número de assuntos possíveis, sem muito aprofundamento." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.