Como planejar bem a sua viagem de compras
Operadoras criam pacotes específicos para quem quer aproveitar o dólar baixo nos Estados Unidos e voltar com as sacolas cheias. Mas tome cuidado para não estourar o orçamento
Da Redação
Publicado em 28 de maio de 2013 às 19h42.
São Paulo - Grávida de cinco meses, a designer de moda Roberta Pazinato Tordin, de 34 anos, está de malas prontas para Orlando, nos Estados Unidos , para fazer o enxoval do segundo filho. “Lá as coisas são muito mais baratas”, opina.
Estimulados pela taxa de câmbio relativamente baixa do dólar e pelos preços de roupas e eletrônicos bem mais acessíveis que no Brasil, milhões de brasileiros têm feito como Roberta e viajado para os Estados Unidos com um único objetivo — comprar.
Ainda em 2011, a demanda por vistos para viajar para os Estados Unidos aumentou 40%. A cada ano, o país norte-americano tem recebido 1,5 milhão de turistas brasileiros, segundo a Câmara de Comércio Americana.
Motivadas pelo consumismo dos brasileiros — que só em 2012 gastaram 22 bilhões de dólares em viagens no exterior, de acordo com o Banco Central —, as operadoras de turismo criaram pacotes específicos para quem quer fazer compras. Carro com GPS em português com endereço dos shoppings e outlets já salvo na memória e até listas do que comprar para o enxoval são algumas das facilidades oferecidas.
“Os produtos fora do Brasil ainda estão muito competitivos por causa dos impostos pesados sobre os itens importados, então vale a pena”, conta Marco Ferraz, presidente da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa).
“Alguns artigos chegam a ser 150% mais baratos”, ilustra Marcelo Paolillo, gerente de produtos do Caribe, México e Estados Unidos da agência Flytour. Entre as cidades americanas, os destinos favoritos para as compras costumam ser Orlando e Miami. “Essas cidades têm melhores preços de hospedagem se comparadas a Nova York”, afirma Marco.
“E, entre uma compra e outra, ainda dá para se divertir nas praias e nos parques”, acrescenta. Em 2012, os brasileiros foram os turistas que mais gastaram no sul da Flórida pelo terceiro ano consecutivo, segundo a Organização Mundial de Turismo (OMT). Por isso, somos mais que bem-vindos e muitas lojas já têm vendedores falando português.
Mas quem pretende fazer uma viagem dessas sem voltar endividado deve tomar alguns cuidados. O primeiro é fazer uma lista do que quer trazer, para evitar compras desnecessárias, motivadas pela euforia dos preços baixos.
Em algumas agências, como a Monark, os agentes até oferecem uma lista de produtos, com quantidades e lojas onde comprar os itens do enxoval do bebê ou do casamento.
Fazer uma pesquisa prévia de preços nos sites das lojas e traçar um roteiro de quais shoppings visitar também evita os exageros. Na hora de pagar, atenção: com o IOF superior a 6%, o cartão de crédito já não é a melhor opção de pagamento para as compras no exterior.
Opte pelo dinheiro vivo em moeda local ou pelo cartão de débito pré-pago, oferecido por agências de câmbio e bancos. Ele tem IOF de 0,38% no momento do abastecimento e seguro em caso de perda, além de permitir fazer saques.
Segundo Marcelo, da Flytour, esse tipo de viagem compensa mesmo se for para trazer pouca coisa. “Considere um carrinho de bebê, por exemplo. Um bom custa 200 dólares lá (cerca de 400 reais) e, aqui, 1.500 reais. E uma passagem aérea na baixa temporada está em torno de 1.200 reais. O que se economiza só nessa compra já paga a passagem, e a pessoa ainda viaja e passeia”, calcula.
Procure viajar, no entanto, entre março e junho ou entre agosto e início de dezembro, na baixa temporada. Um pacote para compras nesse período varia de 1.600 a 2.000 reais, por pessoa, para quatro ou cinco dias, com passagem, hotelaria (quarto para dois) e aluguel do carro ou excursão guiada aos principais shopping centers. “Em julho, esse valor pula para aproximadamente 4.000 reais por pessoa”, alerta o gerente da Flytour.
São Paulo - Grávida de cinco meses, a designer de moda Roberta Pazinato Tordin, de 34 anos, está de malas prontas para Orlando, nos Estados Unidos , para fazer o enxoval do segundo filho. “Lá as coisas são muito mais baratas”, opina.
Estimulados pela taxa de câmbio relativamente baixa do dólar e pelos preços de roupas e eletrônicos bem mais acessíveis que no Brasil, milhões de brasileiros têm feito como Roberta e viajado para os Estados Unidos com um único objetivo — comprar.
Ainda em 2011, a demanda por vistos para viajar para os Estados Unidos aumentou 40%. A cada ano, o país norte-americano tem recebido 1,5 milhão de turistas brasileiros, segundo a Câmara de Comércio Americana.
Motivadas pelo consumismo dos brasileiros — que só em 2012 gastaram 22 bilhões de dólares em viagens no exterior, de acordo com o Banco Central —, as operadoras de turismo criaram pacotes específicos para quem quer fazer compras. Carro com GPS em português com endereço dos shoppings e outlets já salvo na memória e até listas do que comprar para o enxoval são algumas das facilidades oferecidas.
“Os produtos fora do Brasil ainda estão muito competitivos por causa dos impostos pesados sobre os itens importados, então vale a pena”, conta Marco Ferraz, presidente da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa).
“Alguns artigos chegam a ser 150% mais baratos”, ilustra Marcelo Paolillo, gerente de produtos do Caribe, México e Estados Unidos da agência Flytour. Entre as cidades americanas, os destinos favoritos para as compras costumam ser Orlando e Miami. “Essas cidades têm melhores preços de hospedagem se comparadas a Nova York”, afirma Marco.
“E, entre uma compra e outra, ainda dá para se divertir nas praias e nos parques”, acrescenta. Em 2012, os brasileiros foram os turistas que mais gastaram no sul da Flórida pelo terceiro ano consecutivo, segundo a Organização Mundial de Turismo (OMT). Por isso, somos mais que bem-vindos e muitas lojas já têm vendedores falando português.
Mas quem pretende fazer uma viagem dessas sem voltar endividado deve tomar alguns cuidados. O primeiro é fazer uma lista do que quer trazer, para evitar compras desnecessárias, motivadas pela euforia dos preços baixos.
Em algumas agências, como a Monark, os agentes até oferecem uma lista de produtos, com quantidades e lojas onde comprar os itens do enxoval do bebê ou do casamento.
Fazer uma pesquisa prévia de preços nos sites das lojas e traçar um roteiro de quais shoppings visitar também evita os exageros. Na hora de pagar, atenção: com o IOF superior a 6%, o cartão de crédito já não é a melhor opção de pagamento para as compras no exterior.
Opte pelo dinheiro vivo em moeda local ou pelo cartão de débito pré-pago, oferecido por agências de câmbio e bancos. Ele tem IOF de 0,38% no momento do abastecimento e seguro em caso de perda, além de permitir fazer saques.
Segundo Marcelo, da Flytour, esse tipo de viagem compensa mesmo se for para trazer pouca coisa. “Considere um carrinho de bebê, por exemplo. Um bom custa 200 dólares lá (cerca de 400 reais) e, aqui, 1.500 reais. E uma passagem aérea na baixa temporada está em torno de 1.200 reais. O que se economiza só nessa compra já paga a passagem, e a pessoa ainda viaja e passeia”, calcula.
Procure viajar, no entanto, entre março e junho ou entre agosto e início de dezembro, na baixa temporada. Um pacote para compras nesse período varia de 1.600 a 2.000 reais, por pessoa, para quatro ou cinco dias, com passagem, hotelaria (quarto para dois) e aluguel do carro ou excursão guiada aos principais shopping centers. “Em julho, esse valor pula para aproximadamente 4.000 reais por pessoa”, alerta o gerente da Flytour.