Como lidar com uma demissão em massa?
Mesmo com o desligamento de vários colegas, especialistas recomendam deixar de lado a emoção e focar no trabalho
Da Redação
Publicado em 16 de abril de 2012 às 14h48.
São Paulo – Após uma decisão da empresa, vários de seus colegas e chefes foram demitidos de um dia para o outro. Entretanto, você faz parte da equipe que permaneceu. “As pessoas tendem a ficar assustadas e, impulsivas, refazem seus currículos e começam a mandar para amigos e recrutadores”, afirma José Augusto Figueiredo, vice-presidente, coach e consultor da LHH|DBM na América Latina.
O primeiro passo, segundo Patrícia Molino, sócia da KPMG, é refazer seu plano de carreira. É essencial também que o profissional encare a situação sem negação, afinal a empresa mudou. “Existe a emoção: perdi vários colegas, as tarefas serão assimiladas, mas é preciso focar e pensar no vínculo do trabalho de maneira objetiva com a ideia de que ele não dura para sempre”, explica.
Controle seus ânimos
“O pânico se instala nos cargos de liderança, por exemplo, pois são cargos mais difíceis para recolocação”, afirma Figueiredo. Mas ele diz que é importante que o profissional pense na imagem que vai deixar na empresa se abandonar um projeto ou o cargo só por medo de ser o próximo da lista de demissões. “Não pode deixar se abater”, resume. De acordo com ele, no futuro, pessoas perguntarão como o profissional fechou o ciclo na empresa.
Patrícia diz que é comum que os profissionais fiquem com raiva, é inevitável questionamentos como “por que mandaram duas mil pessoas embora?”. Mas ela explica que nada deve ser levado para o lado pessoal.
Reflita sobre o seu plano de carreira
Quais são as minhas competências? Como elas estão sendo aproveitadas na empresa? Perguntas devem ser feitas para que fique claro se o profissional decida o que fazer caso também seja desligado.
Analise a situação
Para Patrícia, é essencial observar as condições do desligamento dos colegas de trabalho. Atentar se foi oferecido algum pacote ou se saiu sem receber os dois últimos salários podem ajudar a nortear o profissional, seja para considerar permanecer na empresa ou não. “Alguns pacotes incluem consultoria de outplacement, o que pode ser bem interessante”, afirma.
Aqueça seu networking
Cuidar da rede de relacionamento é um trabalho diário, por isso o profissional não deve considerar uma perda de tempo tomar um café ou almoçar com outras pessoas. Redes sociais também são ferramentas uteis e que devem ser usadas constantemente.
Fique de olho nas oportunidades
“Para algumas pessoas é a melhor coisa que podia ter acontecido, pois estava acomodado na carreira e, em uma situação como essa, são obrigadas a se reinventarem”, afirma Patrícia. Apesar de parecer clichê, a especialista diz que o quem fica na empresa pode também virar o jogo. “Pode ser a chance de virar diretor, desde que esteja preparado e acelerar sua carreira”, diz.
Mesmo permanecendo na empresa, enviar currículos para empresas que lhe interessam é indicado, desde que não atrapalhe sua rotina, de acordo com Figueiredo. “E é preciso falar a verdade quando questionado sobre a razão da busca de outra oportunidade”, afirma.
São Paulo – Após uma decisão da empresa, vários de seus colegas e chefes foram demitidos de um dia para o outro. Entretanto, você faz parte da equipe que permaneceu. “As pessoas tendem a ficar assustadas e, impulsivas, refazem seus currículos e começam a mandar para amigos e recrutadores”, afirma José Augusto Figueiredo, vice-presidente, coach e consultor da LHH|DBM na América Latina.
O primeiro passo, segundo Patrícia Molino, sócia da KPMG, é refazer seu plano de carreira. É essencial também que o profissional encare a situação sem negação, afinal a empresa mudou. “Existe a emoção: perdi vários colegas, as tarefas serão assimiladas, mas é preciso focar e pensar no vínculo do trabalho de maneira objetiva com a ideia de que ele não dura para sempre”, explica.
Controle seus ânimos
“O pânico se instala nos cargos de liderança, por exemplo, pois são cargos mais difíceis para recolocação”, afirma Figueiredo. Mas ele diz que é importante que o profissional pense na imagem que vai deixar na empresa se abandonar um projeto ou o cargo só por medo de ser o próximo da lista de demissões. “Não pode deixar se abater”, resume. De acordo com ele, no futuro, pessoas perguntarão como o profissional fechou o ciclo na empresa.
Patrícia diz que é comum que os profissionais fiquem com raiva, é inevitável questionamentos como “por que mandaram duas mil pessoas embora?”. Mas ela explica que nada deve ser levado para o lado pessoal.
Reflita sobre o seu plano de carreira
Quais são as minhas competências? Como elas estão sendo aproveitadas na empresa? Perguntas devem ser feitas para que fique claro se o profissional decida o que fazer caso também seja desligado.
Analise a situação
Para Patrícia, é essencial observar as condições do desligamento dos colegas de trabalho. Atentar se foi oferecido algum pacote ou se saiu sem receber os dois últimos salários podem ajudar a nortear o profissional, seja para considerar permanecer na empresa ou não. “Alguns pacotes incluem consultoria de outplacement, o que pode ser bem interessante”, afirma.
Aqueça seu networking
Cuidar da rede de relacionamento é um trabalho diário, por isso o profissional não deve considerar uma perda de tempo tomar um café ou almoçar com outras pessoas. Redes sociais também são ferramentas uteis e que devem ser usadas constantemente.
Fique de olho nas oportunidades
“Para algumas pessoas é a melhor coisa que podia ter acontecido, pois estava acomodado na carreira e, em uma situação como essa, são obrigadas a se reinventarem”, afirma Patrícia. Apesar de parecer clichê, a especialista diz que o quem fica na empresa pode também virar o jogo. “Pode ser a chance de virar diretor, desde que esteja preparado e acelerar sua carreira”, diz.
Mesmo permanecendo na empresa, enviar currículos para empresas que lhe interessam é indicado, desde que não atrapalhe sua rotina, de acordo com Figueiredo. “E é preciso falar a verdade quando questionado sobre a razão da busca de outra oportunidade”, afirma.