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Como lidar com tagarelas no ambiente de trabalho

Além de tirar a atenção dos colegas, quando em excesso o bate-papo no ambiente de trabalho pode afetar a produtividade e entrega de resultados da equipe

Boca: quando conversa é demais, pessoa pode prejudicar colegas e até perder o emprego (smkybear/Photopin)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2014 às 20h27.

São Paulo - Se você se define como um verdadeiro "tagarela" no escritório é bom começar a tomar cuidado.

Além de tirar a atenção dos colegas, quando em excesso o bate-papo no ambiente de trabalho pode afetar a produtividade e entrega de resultados da equipe.

Se esse é o seu caso, então é melhor começar a equilibrar a vida social e profissional de forma mais saudável.

A sócia-fundadora da empresa de recrutamento MSA Recursos Humanos, Miriam Adissi, afirma que o profissional deve analisar o quanto a vida pessoal do profissional está afetando o seu trabalho.

Quando a conversa é demais, a pessoa pode prejudicar os colegas e até perder o emprego.

“Muitas vezes o profissional não percebe que está exagerando nas conversas e ninguém o alerta sobre esse problema. Isso faz com que sua produtividade fique tão baixa que ele possa ser demitido ou demissionário, pois a falta de uma produtividade eficaz faz com que a motivação fique tão baixa que ele acaba perdendo o interesse no trabalho”, diz.

Para conciliar a relação com os colegas, a vida pessoal e as atividades que devem ser cumpridas, a especialista aconselha o profissional a administrar seu tempo e estabelecer prioridades.

“Temos que agendar médicos, reuniões escolares, entre outros compromissos de nossa vida pessoal, mas não devemos fazer isso durante todo o horário produtivo de trabalho”, afirma Miriam.

“Para tal, podemos chegar mais cedo, diminuir o horário do almoço ou aproveitar o final do expediente.”

Mas, como abordar um colega que está extrapolando nas conversas e atrapalhando a equipe?

Para Miriam, uma boa solução é promover um encontro entre os funcionários e líderes para que todos possam opinar e aprimorar sobre a produtividade no ambiente de trabalho.

No caso dos líderes, é necessário reforçar sempre os objetivos e responsabilidades de cada um na equipe e incentivá-los a manter o foco no trabalho.

“Muitas vezes, membros da equipe se sentem incomodados mas ficam com receio de expor uma situação de desconforto. A transparência sempre será a melhor forma de administrar os conflitos e solucioná-los", afirma Miriam.

Conversas afetam mais a produtividade do que o chat virtual

Segundo uma pesquisa realizada pela companhia desenvolvedora de aplicativos TrackVia, nos Estados Unidos, a conversa com os colegas atrapalha a produtividade mais do que o próprio chat virtual.

O estudo, intitulado “Time Waste at Work”, revela onde 300 funcionários mais perdem tempo no ambiente de trabalho. Apontada como principal motivo por 14% dos entrevistados, a conversa com o colega é o fator que mais tira o foco das atividades.

Surpreendentemente, as redes sociais não são as maiores vilãs no escritório: apenas 5% dos profissionais entrevistados listaram o Facebook, Twitter e outros serviços como principal causa para o tempo perdido.

Falhas no computador e reuniões empatam, listadas por 11% dos entrevistados em ambos os casos.

Além disso, as reuniões não são bem vindas quando o assunto é produtividade: 37% dos profissionais afirmam que perdem pelo menos metade do tempo nesses encontros, enquanto 8% acha que elas sejam totalmente produtivas, e 1% acha que elas sejam totalmente improdutivas.

São Paulo - A entrada da geração Y no mercado de trabalho e a influência das novas tecnologias são os dois fatores com maior peso para o futuro profissional do brasileiro. A conclusão é de um levantamento feito pela consultoria Robert Half, que ouviu 100 diretores de RH de empresas de diversos tamanhos e segmentos, atuantes em várias regiões do Brasil, sobretudo no Sudeste. Segundo Mário Custódio, gerente de divisão da Robert Half, as intensas mudanças vividas pelo mundo não deixam outro caminho senão a flexibilidade. "Ou você se adapta, ou.. se adapta", afirma o executivo. Dependendo do ponto de vista, as tendências apresentadas no estudo podem ser consideradas boas ou más notícias. É o que você verá a seguir:
  • 2. 1. Novas gerações no trabalho

    2 /8(Getty Images)

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    Porcentagem dos que citaram este fator: 43% A boa notícia: O jovem traz frescor e originalidade para enfrentar os problemas do trabalho. "Além disso, a diversidade de pontos de vista contribui para a criatividade e para a inovação", diz Custódio. A má notícia: Por outro lado, o perfil ansioso e insubordinado dos mais novos pode trazer desgaste. "Os jovens esperam que tudo acompanhe o seu ritmo, o que nem sempre acontece".
  • 3. 2. Avanços na tecnologia

    3 /8(REUTERS/Tim Wimborne)

  • Porcentagem dos que citaram este fator: 41% A boa notícia: A evolução técnica contribui para otimizar a performance de profissionais de qualquer área. "O acesso rápido à informação pode automatizar o trabalho e aumentar a produtividade", diz Custódio. A má notícia: O problema é que o excesso de estímulos pode tirar o foco do trabalho, segundo o executivo. "Além disso, ficamos ansiosos por respostas rápidas, apesar de termos 'preguiça' de fazer pesquisas mais trabalhosas", completa.
  • 4. 3. Mudanças demográficas

    4 /8(Creative Commons/Flickr/ Lars Plougman)

    Porcentagem dos que citaram este fator: 36% A boa notícia: Uma das principais mudanças no perfil da mão de obra é o aumento da "inquietação" e da rotatividade. "O lado positivo é que as empresas se preocupam mais em treinar e desenvolver profissionais, tentando retê-los", explica Custódio. A má notícia: O problema ocorre se, apesar da tendência, a empresa não investir em desenvolvimento e retenção. "Você vai pular de emprego em emprego e não vai concluir nenhum ciclo de aprendizado", afirma.
  • 5. 4. Aumento no volume de informações

    5 /8(Fabrice Coffrini/AFP)

    Porcentagem dos que citaram este fator: 30% A boa notícia: Graças à tecnologia, poderemos usar um número cada vez maior de dados para nossas atividades profissionais. "Com mais informações, é possível fazer análises mais consistentes e embasadas", diz Custódio. A má notícia: Em meio ao oceano de dados, pode ser difícil distinguir o que é relevante. "O excesso de informação pode fazer o profissional perder tempo com o que não importa", afirma.
  • 6. 5. Aumento da globalização

    6 /8(Getty Images)

    Porcentagem dos que citaram este fator: 27% A boa notícia: O intenso intercâmbio entre nacionalidades é positivo para qualquer profissional. "Ficou mais fácil ter contato com as experiências de fora e aprender com elas", diz o executivo. A má notícia: Por outro lado, a internacionalização traz o desafio dos choques culturais. "Se você trabalha numa empresa estrangeira, pode ter problemas para se adaptar ou mesmo explicar a realidade local para o outro", afirma Custódio.
  • 7. 6. Iniciativas de sustentabilidade

    7 /8(Justin Sullivan/Getty Images)

    Porcentagem dos que citaram este fator: 24% A boa notícia: A maior preocupação das empresas com o meio ambiente ajuda a motivar e a conectar o profissional com o trabalho. "Ajuda muito saber que a sua empresa tem um propósito e se importa com seu impacto sobre o mundo", diz Custódio. A "má" notícia: O aumento da consciência ambiental pode ser um sinal de alerta para quem ainda não atualizou a mentalidade nem o discurso sobre o tema. "Um profissional orientado para resultados a qualquer custo pode ter problemas no futuro", afirma.
  • 8. Agora veja os 10 cursos com as piores perspectivas de carreira nos EUA

    8 /8(Sara Haj Hassan/Stock.xchng)

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