Carreira

Como lidar com colegas de trabalho difíceis

No ambiente de trabalho o que vale é respeitar os estilos diferentes para trabalhar de forma profissional

Executivo dorme em reuniao (GettyImages)

Executivo dorme em reuniao (GettyImages)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2012 às 15h00.

São Paulo – O ambiente de trabalho pode ser muitas vezes desafiador. Na carreira, é preciso saber lidar com diferentes pessoas e comportamentos. Quem consegue entregar resultados e ainda manter um bom relacionamento costuma ganhar pontos. Mas é fato que quase todo ambiente de trabalho tem pessoas difíceis de lidar e que podem afetar sua produtividade.

Para os especialistas, o primeiro passo é entender como essa pessoa te afeta e saber reconhecer se o problema é com todos ou apenas com você. “Muitas vezes o que nos incomoda no comportamento do outro é um espelho de algum comportamento nosso, que temos dificuldade de enxergar”, afirma Andrea Piscitelli, consultora de recursos humanos.

O próximo passo é fazer uma reflexão dos motivos que causam esse problema e torna difícil conviver com alguns colegas, que podem ser coisas banais como antipatia, ou mais sérias, como não saber ouvir, não contribuir para o trabalho da área e demonstrar comportamentos de baixo engajamento.

A diplomacia é, na opinião dos especialistas, o melhor caminho para começar a lidar com pessoas difíceis e tentar abrir o jogo. “Será que não vale a pena convidar esta pessoa para um almoço totalmente desarmado de rótulos? Esforce-se para entender o ponto de vista do outro, fale menos e ouça mais. Isso, certamente, irá ajudá-lo a ganhar confiança e abertura com diferentes áreas e pessoas”, aconselha Andrea.

Para Luiz Fernando Garcia, especialista em gestão comportamental, muitas vezes é preciso mostrar para a pessoa que ela não está agradando, com elegância, é claro. “Dê um gelo na pessoa que está sendo inconveniente. Neutralize as suas ações por cerca de cinco dias, pois isso costuma surtir efeito e a pessoa deixa de ser chata”, recomenda Garcia.


Um grande problema nestes casos é deixar que esta interferência torne-se pessoal. “Esteja sempre munido de controle e inteligência emocional. Jamais responda na mesma moeda, seja objetivo e, acima de tudo, não leve nada para o lado pessoal”, aconselha Andrea.

Estruture o seu discurso com fatos e não com sensações, fornecendo dados consistentes e racionais que mostrem o melhor caminho para uma solução. “Ao começar a conversa, é bom que você aponte pontos positivos do colega de trabalho para que ele não se arme contra você. Mas seja verdadeiro e pontual. Fale o que não está lhe agradando, mas não em tom acusatório, pois isso também levará a conversa para outro caminho”, aponta Garcia. Formalizar essa comunicação ajuda também a evitar fofocas.

E se nada der certo?
Se as coisas continuarem difíceis, pode ser o caso de envolver o chefe no assunto. “Fale com a chefia apenas quando for realmente necessário, já que esse tipo de atitude também gera desafeto e aumenta a dificuldade da relação”, avalia Andrea.

Isso significa que você só deve recorrer ao seu superior quando o conflito estiver ferindo valores organizacionais e pessoais. Aqui vale, então, uma conversa franca, objetiva e sem emoção com a chefia. “Lembre-se de que o mote deve ser a qualidade do trabalho, o cliente, o clima da área e nunca o seu desconforto pessoal. O bate-papo deve ser estruturado e objetivo. Neste momento, o líder poderá ajudar com uma visão mais racional e sistêmica e, inclusive, poderá programar uma intervenção para resolver o conflito”, ressalta Andrea.

Acompanhe tudo sobre:carreira-e-salariosComportamentoConflitos profissionaisEmpregos

Mais de Carreira

O segredo do executivo brasileiro que prosperou como CEO e fez história nas Paralimpíadas de Inverno

A nova era do marketing? 98% das empresas já apostam nesta estratégia para impulsionar resultados

Salário mínimo 2024: saiba o valor atual e dos anos anteriores

Por que enviar um e-mail de agradecimento após a entrevista de emprego é importante? 

Mais na Exame