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Como aproveitar melhor as aulas de inglês e aprender mais rápido

Professor tem dicas úteis para quem anda com dificuldades e precisa melhorar o desempenho nas aulas

Aula: sala  é um laboratório contínuo onde os alunos têm a oportunidade de testar seus conhecimentos a todo o momento  (foto/Thinkstock)

Aula: sala é um laboratório contínuo onde os alunos têm a oportunidade de testar seus conhecimentos a todo o momento (foto/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2017 às 15h00.

Última atualização em 7 de julho de 2017 às 15h00.

Um dos momentos mais cruciais para garantir a experiência de quem almeja a vivência internacional está relacionado a aula de inglês. Isso porque o idioma tornou-se a língua universal dos estudos tanto para a admissão nos processos seletivos em função da exigência de certificação internacional de proficiência, quanto para o acompanhamento de cursos de graduação e extensão, além de facilitar a integração entre diversas nacionalidades.

Porém, manter o ritmo de aprendizado, o interesse e o foco pode ser um desafio quando é necessário conciliar os estudos com outras tarefas como escola ou trabalho, por exemplo. Essa motivação costuma estar em alta quando a pessoa inicia um curso. Mas basta chegar o período de férias ou a concorrência com algum tema mais urgente para a preguiça e o desânimo de estudar chegarem.

E para quem anda com dificuldades e precisa melhorar o desempenho nas aulas, listei cinco dicas para aproveitar melhor a aula de inglês. Veja abaixo:

 Pense em por que iniciou os estudos e lembre-se de onde quer chegar

Toda ação para ser bem sucedida precisa de uma motivação. E provavelmente você teve um bom motivo para investir seu dinheiro e seu tempo neste aprendizado. Seja pelo prazer de conhecer uma nova língua, pela vontade de ter uma vivência internacional, para cursos no exterior ou para uma posição melhor no trabalho, foque no benefício que esse estudo te trará. Isso ajudará a manter o foco sempre que o cansaço ou o desânimo aparecerem.

Seja participativo e divida com o professor seus planos e preferências

A sala de aula é um laboratório contínuo onde os alunos têm a oportunidade de testar seus conhecimentos a todo o momento com a chance de ter os erros revisados e corrigidos pelos professores. Entretanto, é comum que as pessoas se sintam envergonhadas em participar das tarefas de interação em função do receio de cometer erros na frente dos colegas. Com isso, muitos desperdiçam essa grande oportunidade que é explorar o aprendizado já aplicando-o ao próprio objetivo, o que facilita o emprego em tarefas cotidianas.

Uma recomendação recorrente é driblar essa timidez para aproveitar tudo o que o ambiente de ensino pode prover. Uma dica para isso é envolver toda a turma nesse mesmo sentimento, incentivando que as conversas fora da sala de aula aconteçam em inglês, criando um ambiente de colaboração mesmo fora da escola, em que um possa explicar ao outro e aprofundar temas que não foram totalmente entendidos.

Durante as atividades interativas não deixe de trazer tópicos que lhe serão úteis no cotidiano, como apresentar-se, descrever suas habilidades, competências e objetivos e também treine a argumentação. E compartilhe com o professor suas dificuldades e preferências.

De forma geral os professores preparam os esquemas de aula de inglês com base na média observada nos anos de experiência. Entretanto, cada pessoa é única e nem sempre é possível captar essas particularidades de imediato. Em contrapartida, a aula fica mais produtiva e prazerosa se estiver tendo 100% de aproveitamento na troca entre profissional e aluno. Por conta disso, divida seus objetivos e os recursos que mais te estimulam para que o professor possa customizar o tempo de vocês. As pessoas tendem a manter o foco quando sentem o interesse do outro em proporcionar uma experiência agradável e estimulante.

 Use a aula de inglês para se desafiar

Faça desafios a si mesmo. Vá dos mais simples, como aprender novas palavras todos os dias, ler uma notícia em inglês e assistir a um programa em inglês por semana, até os mais difíceis, como alcançar nota máxima na prova do curso e prestar uma certificação internacional de proficiência, que valida o seu aprendizado. Ao ter desafios a serem vencidos, naturalmente você traça um plano de ação para alcançar o objetivo maior dos estudos e o ânimo fica mais elevado.

Treine a pronúncia e o ritmo da fala

A leitura, a escrita e a compreensão auditiva são habilidades que naturalmente são estimuladas em sala de aula em função dos materiais escritos e da fala do professores. Entretanto, a fala, que é extremamente importante para se comunicar no novo idioma, depende muito mais do aluno para ser desenvolvida e hoje representa uma das maiores dificuldades quando o curso é finalizado. É possível ver de forma recorrente pessoas que concluíram os estudos, mas que não são capazes de falar com fluência.

A pronúncia é uma das maiores dificuldades dos alunos ao aprender uma nova língua e muitos ficam tímidos em atividades de leitura em voz alta ou conversação. Muitos sons presentes na língua inglesa não fazem parte da fonética da nossa língua nativa, então é importante investir tempo de estudo nessa prática. E isso é algo que apenas você mesmo pode realizar.

Para evoluir, o primeiro passo é se conscientizar dessa responsabilidade. Então, algumas atividades podem potencializar a prática: ouvir e ler simultaneamente (letras de músicas, audiobooks, notícias etc) para estimular a identificação e associação da palavra escrita com sua pronúncia e entonação quando combinada em frase; buscar o contato frequente com o idioma por meio da expressão em voz alta das suas opiniões sobre temas que fazem parte do mercado em que atua ou em simulações de conversas que você precisará ter no ambiente acadêmico; e valorizar os aspectos paralinguísticos, já que a comunicação verbal é normalmente acompanhada de aspectos não-verbais quem contribuem para uma interação mais eficiente e natural, como o tom de voz, o ritmo da fala e o volume utilizado.

Atos como esses permitem descobrir as deficiências (de vocabulário ou de pronúncia) que precisam ser vencidas e gradativamente o processo de falar em inglês torna-se mais natural e menos tímido.

Faça dos aplicativos de celular e da internet seus aliados

Se o celular é hoje item indispensável na vida das pessoas, por que não usá-lo então como ferramenta para aprendizado? Hoje em dia as appstores e a internet disponibilizam inúmeras opções, tanto gratuitas quanto pagas, para quem quer praticar o inglês fora da sala de aula. E há possibilidades para todos os gostos: para os amantes de futebol (como o Cambridge English FC), para quem prefere participar de competições e desafios (como o QuizYour English), para quem prefere praticar interagindo com pessoas de outros países (como o Cambly) ou para aqueles que querem melhorar a pronúncia sem ninguém por perto (como o How to Say). Basta procurar por aquilo que mais lhe agrada.

Outra boa alternativa é participar de grupos fechados, em que membros de diversos lugares do mundo trocam figurinhas sobre videogames, filmes, música e hobbies. Assim, além de treinar sua escrita com base em gírias e termos regionais, você pode, de bônus, conquistar algumas boas amizades.

Existem também ferramentas online que ajudam no aprimoramento da escrita, como o Write&Improve, recurso gratuito que corrige suas redações e fornece um feedback do que pode ser melhorado na gramática e no vocabulário.

*Alberto Costa possui 30 anos de experiência no mercado de educação, tendo atuado como professor de inglês, examinador dos exames de Cambridge English Language Assessment, treinador de professores para as certificações CELTA, ICELT e DELTA. Além disso também esteve à frente de iniciativas de treinamento e formação continuada de professores de inglês e de consultoria acadêmica. Costa possui especialização em treinamento de professores (PRINSELT) do College of St. Mark & St. John em Plymouth, Reino Unido, e é certificado por Cambridge com o diploma Cambridge RSA for Overseas Teachers of English (DOTE). Atualmente ele ocupa a posição de Senior Assessment Manager de Cambridge English no Brasil.

  • Este artigo foi originalmente publicado pelo Estudar Fora, portal da Fundação Estudar
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