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6 de cada 10 engenheiros não trabalham na área, diz CNI

Levantamento aponta que de 680.526 engenheiros empregados, apenas 286.302 (42%) trabalham na área


	Engenheiros: do total de ocupados com engenharia, pouco mais da metade está no setor industrial, que atrai 153.341 profissionais (54%)
 (VOCÊ S.A.)

Engenheiros: do total de ocupados com engenharia, pouco mais da metade está no setor industrial, que atrai 153.341 profissionais (54%) (VOCÊ S.A.)

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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2014 às 18h53.

Brasília - Fatia de 58% dos engenheiros brasileiros não trabalha em sua área de formação, aponta análise feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com base em estatísticas do Ministério da Educação (MEC) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ou seja, seis de cada dez engenheiros brasileiros não trabalham com engenharia. O levantamento aponta que de 680.526 engenheiros empregados, apenas 286.302 (42%) trabalham na área e, dentro desse grupo, 65% atuam na região Sudeste. Do total de ocupados com engenharia, pouco mais da metade está no setor industrial, que atrai 153.341 profissionais (54%).

Para a CNI, esses resultados são motivo de preocupação para o setor produtivo, argumentando que "os engenheiros são os profissionais que levam a inovação e competitividade para as empresas".

Diante desse cenário, a CNI defende mudanças nos cursos de engenharia. Uma das sugestões é a inclusão de disciplinas no currículo de experiências práticas para que haja uma aderência do ensino às demandas da indústria, semelhante ao que ocorre com a residência em medicina. A confederação cita que na Alemanha "a formação de engenheiros é baseada em know-how prático, voltada para aplicação industrial".

"A indústria que investe em inovação requer profissionais prontos, com visão de mercado, habilidades de gestão, de trabalho em equipe, aplicação de leis e normas técnicas e domínio de idiomas estrangeiros, principalmente o inglês. Mas os engenheiros saem das universidades brasileiras com excesso de teoria e falta de prática. Como não estão prontos para a indústria, buscam outros setores", avalia o diretor de Educação e Tecnologia da CNI, Rafael Lucchesi.

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