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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 09h34.
Carly Fiorina, a única mulher na lista da revista Fortune dos 25 executivos mais poderosos do mundo, renunciou nesta quarta-feira (9/2) ao cargo de presidente executiva e à presidência do Conselho de Administração da Hewlett-Packard (HP). A saída foi motivada por desentendimentos entre Carly e o comando da empresa sobre as estratégias mais recomendáveis para a HP. "Embora eu lamente pela decisão e tenha diferenças sobre como executar os planos da HP, eu respeito a posição do Conselho de Administração", afirmou em comunicado distribuído à imprensa.
Segundo o americano The Wall Street Journal, o diretor financeiro, Robert Wayman, assumiu interinamente a presidência executiva da empresa, enquanto o grupo não anuncia um substituto definitivo para o posto. Patricia Dunn, membro do conselho da HP desde 1998, foi indicada como presidente do Conselho.
Sediada em Palo Alto, na Califórnia, a fabricante de computadores e impressoras viu suas ações saltarem 2,23 dólares, para 22,47 dólares por papel, após o anúncio das mudanças de comando. De acordo com o conselho da HP, não estão previstas outras alterações além da indicação de um substituto definitivo para a presidência executiva.
O desempenho de Fiorina era acompanhado com mais rigor pela direção da companhia nos últimos meses. Mesmo assim, a saída foi uma surpresa para o mercado. Em janeiro, a imprensa americana noticiou que a HP poderia realizar uma reestruturação administrativa, transferindo parte das atribuições de Fiorina para outros executivos.
Ex-presidente executiva da Lucent Technologies, Carly ingressou na HP em julho de 1999 com a missão de recuperar a companhia, vista pelas concorrentes como ineficiente e a caminho da falência. Durante sua gestão, Carly acumulou poder e capitaneou a polêmica aquisição da Compaq, em 2002. A executiva também estancou os prejuízos da divisão de computadores pessoais da empresa, por meio de uma forte contenção de custos. O resultado foi o crescimento das receitas e do lucro da HP.
Apesar da melhora, a presidente não conseguiu resolver alguns dos problemas que comprometem o desempenho da HP, como a perda de mercado para a Dell da divisão de computadores pessoais. A unidade de computadores corporativos, que inclui o desenvolvimento de softwares e servidores, ainda é fraca demais para competir com gigantes como a IBM. De acordo com The Wall Street Journal, uma conquista inquestionável da ex-presidente foi a consolidação da divisão de impressoras e imagem, que responde atualmente por mais de três quartos dos lucros da HP.