Trainees mais maduros já passam no processo de seleção
Conheça as particularidades dos programas que selecionam profissionais mais maduros
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 16h40.
São Paulo - Foi-se o tempo em que candidatos com mais de 25 anos de idade estavam automaticamente cortados das seleções de trainees. Nos últimos cinco anos, empresas dos mais diversos segmentos — engenharia, tecnologia, telecomunicações — têm buscado nos trainees um perfil mais maduro, alguma experiência profissional e, em certos casos, formação acadêmica mais completa, como especializações e até MBAs .
Há dois tipos de programa voltados a essas pessoas de 26 a 35 anos: o chamado trainees executivos — cujo objetivo é a prospecção de líderes — e o jovens talentos , criado para suprir a necessidade das companhias de atrair especialistas para determinadas áreas em que a oferta de profissionais competentes é considerada escassa.
Nos programas de trainee convencionais, a política das empresas é contratar jovens graduados há, no máximo, dois anos, dando formação para que possam assumir postos de liderança após o período de treinamento. A ideia é que o profissional, muito novo, pode ser moldado de acordo com o perfil da companhia e se adapta melhor à estrutura organizacional, já que ingressa sem vícios.
O problema é que o profissional muito jovem nem sempre sai do treinamento apto a assumir um cargo gerencial ou liderar equipes. Em outros casos, passado o treinamento , o jovem resolve dar outro rumo à carreira, o que significa a perda do investimento feito no trainee.
Daí a mudança de foco de algumas companhias, que passaram a admitir também gente com mais de 25 anos. "Como estão mais estabilizados nas funções em que escolheram atuar e têm um planejamento de carreira mais bem delineado, esses candidatos representam um retorno mais garantido para os empregadores e não têm problemas em sair dos grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro, se as perspectivas de crescimento forem boas", afirma Renata Schimidt, diretora da Foco Talentos.
A Oi é uma empresa que apostou no programa de trainees executivos, em que os candidatos podem ser formados há até cinco anos mas precisam ter experiência comprovada como líderes. Cursos de pós-graduação, como MBAs, especializações ou mestrados, são considerados diferenciais. Com duração de dois anos, o programa tem como meta formar novos executivos no curto e médio prazos.
Já nos programas de jovens talentos, como a ideia é formar especialistas, as atividades costumam ser focadas apenas no setor no qual o trainee deverá atuar. O treinamento costuma ser mais curto. Na Nestlé, por exemplo, o programa Jovens Nutricionistas tem duração de três meses e é dividido entre treinamento sobre terapia nutricional e estágio para aplicação prática dos conteúdos aprendidos.
Mas isso não é regra. Na Mineração Usiminas, o Jovens Engenheiros prevê treinamento de três anos para os profissionais admitidos por meio do programa.
A boa notícia para quem está interessado nesse tipo de processo seletivo é que o número de vagas disponíveis costuma ser muito maior do que em um programa de trainee voltado para cargos de liderança. Enquanto nesse tipo de seleção o número máximo de cadeiras não passa de 30, as vagas para programas de jovens talentos chegam a 80, dependendo do porte e da necessidade da companhia.
Além de formação específica na área para a qual o programa está voltado, as características mais valorizadas costumam ser semelhantes às de um processo de trainee comum: habilidade para trabalhar em grupo, flexibilidade, possibilidade de mudança de residência e vivência corporativa como analista.
São Paulo - Foi-se o tempo em que candidatos com mais de 25 anos de idade estavam automaticamente cortados das seleções de trainees. Nos últimos cinco anos, empresas dos mais diversos segmentos — engenharia, tecnologia, telecomunicações — têm buscado nos trainees um perfil mais maduro, alguma experiência profissional e, em certos casos, formação acadêmica mais completa, como especializações e até MBAs .
Há dois tipos de programa voltados a essas pessoas de 26 a 35 anos: o chamado trainees executivos — cujo objetivo é a prospecção de líderes — e o jovens talentos , criado para suprir a necessidade das companhias de atrair especialistas para determinadas áreas em que a oferta de profissionais competentes é considerada escassa.
Nos programas de trainee convencionais, a política das empresas é contratar jovens graduados há, no máximo, dois anos, dando formação para que possam assumir postos de liderança após o período de treinamento. A ideia é que o profissional, muito novo, pode ser moldado de acordo com o perfil da companhia e se adapta melhor à estrutura organizacional, já que ingressa sem vícios.
O problema é que o profissional muito jovem nem sempre sai do treinamento apto a assumir um cargo gerencial ou liderar equipes. Em outros casos, passado o treinamento , o jovem resolve dar outro rumo à carreira, o que significa a perda do investimento feito no trainee.
Daí a mudança de foco de algumas companhias, que passaram a admitir também gente com mais de 25 anos. "Como estão mais estabilizados nas funções em que escolheram atuar e têm um planejamento de carreira mais bem delineado, esses candidatos representam um retorno mais garantido para os empregadores e não têm problemas em sair dos grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro, se as perspectivas de crescimento forem boas", afirma Renata Schimidt, diretora da Foco Talentos.
A Oi é uma empresa que apostou no programa de trainees executivos, em que os candidatos podem ser formados há até cinco anos mas precisam ter experiência comprovada como líderes. Cursos de pós-graduação, como MBAs, especializações ou mestrados, são considerados diferenciais. Com duração de dois anos, o programa tem como meta formar novos executivos no curto e médio prazos.
Já nos programas de jovens talentos, como a ideia é formar especialistas, as atividades costumam ser focadas apenas no setor no qual o trainee deverá atuar. O treinamento costuma ser mais curto. Na Nestlé, por exemplo, o programa Jovens Nutricionistas tem duração de três meses e é dividido entre treinamento sobre terapia nutricional e estágio para aplicação prática dos conteúdos aprendidos.
Mas isso não é regra. Na Mineração Usiminas, o Jovens Engenheiros prevê treinamento de três anos para os profissionais admitidos por meio do programa.
A boa notícia para quem está interessado nesse tipo de processo seletivo é que o número de vagas disponíveis costuma ser muito maior do que em um programa de trainee voltado para cargos de liderança. Enquanto nesse tipo de seleção o número máximo de cadeiras não passa de 30, as vagas para programas de jovens talentos chegam a 80, dependendo do porte e da necessidade da companhia.
Além de formação específica na área para a qual o programa está voltado, as características mais valorizadas costumam ser semelhantes às de um processo de trainee comum: habilidade para trabalhar em grupo, flexibilidade, possibilidade de mudança de residência e vivência corporativa como analista.