Expatriação é uma forma de subir na P&G
Na empresa, basta mencionar a vontade de ir para fora que ela se concretiza, dizem os funcionários, de brincadeira
Da Redação
Publicado em 18 de junho de 2013 às 13h38.
São Paulo - Imagine trabalhar anos em uma empresa e ter a sensação de ter trabalhado em muitas. Isso é realidade na Procter & Gamble (P&G)*. Dona de marcas como Gillette, Duracell e Pampers, a empresa tem 24 categorias de produtos — de saúde e beleza a comida para cães.
Para crescer, oxigenar a carreira e impulsionar os negócios, os funcionários podem mudar de área a cada dois ou três anos (funciona mesmo!). Outra forma de diversificar as experiências é pela expatriação. “É preciso cuidado com o que se fala, pois basta mencionar a vontade de ir para fora que ela se concretiza”, brincam os funcionários. “Somos ferramentas globais da companhia e não há fronteiras aqui”, dizem.
A grande porta de entrada da P&G é o programa de estágio, responsável por 80% das contratações. Desde o começo, os estagiários são expostos a grandes projetos, conduzem treinamentos para executivos e podem até comandar equipes.
Para quem segue na carreira gerencial (há também a opção de carreira técnica na área administrativa, mais comum nas fábricas), o preparo vem desde cedo. A começar pelo fato de o cargo inicial após o estágio ser o de supervisor.
Para ajudar nessa trajetória, existe uma avaliação de desempenho anual — e há espaço para falar sobre os planos pessoais no curto, médio e longo prazo, que podem ser atualizados durante todo o ano.
Além disso, é oferecido um programa global de mentoria. Por ele, o pessoal pode escolher um profissional da empresa no mundo inteiro para acompanhar, aconselhar e tirar dúvidas sobre sua carreira. Motivos que fizeram com que a P&G também fosse eleita como destaque na categoria Orientação e Feedback deste guia.
O alto grau de responsabilidade, autonomia e dinamismo motiva o pessoal, mas, por outro lado, gera excesso de trabalho. E isso se reflete na qualidade de vida, apesar das políticas de combate ao estresse, como a possibilidade de trabalhar uma vez por semana de casa, subsídio para atividades físicas e um espaço com massagem, videogame, nutricionista e manicure.
A Procter é uma empresa muito jovem. A começar pelo presidente, que tem 47 anos, e pelos diretores, cuja média de idade é de 39 anos. No dia a dia isso traz agilidade na comunicação e, como consequência, gera um fluxo grande de troca de informação entre todos. Além do tête-à-tête, uma ferramenta importante para isso é a intranet.
Por meio dela é possível visualizar as vagas disponíveis e acessar a rede de relacionamentos interna, pela qual os funcionários podem fazer comentários, adicionar outros profissionais da companhia e conhecer seus pares em todos os países em que a Procter atua. O acesso à internet é liberado para todos, dos e-mails pessoais às redes sociais.
Não é de estranhar, portanto, o fato de a Procter&Gamble ser considerada pelo seu time como uma verdadeira escola. O problema é que o mercado também sabe disso e há um grande assédio a seus funcionários. Muitas vezes eles se veem em um grande dilema: não querem deixar a organização, mas têm dificuldade de resistir às tentadoras propostas para sair de lá, já que a política de remuneração da P&G não é muito agressiva (por definições globais da matriz) e, por causa disso, perde em competitividade no mercado. Eles querem ficar!
São Paulo - Imagine trabalhar anos em uma empresa e ter a sensação de ter trabalhado em muitas. Isso é realidade na Procter & Gamble (P&G)*. Dona de marcas como Gillette, Duracell e Pampers, a empresa tem 24 categorias de produtos — de saúde e beleza a comida para cães.
Para crescer, oxigenar a carreira e impulsionar os negócios, os funcionários podem mudar de área a cada dois ou três anos (funciona mesmo!). Outra forma de diversificar as experiências é pela expatriação. “É preciso cuidado com o que se fala, pois basta mencionar a vontade de ir para fora que ela se concretiza”, brincam os funcionários. “Somos ferramentas globais da companhia e não há fronteiras aqui”, dizem.
A grande porta de entrada da P&G é o programa de estágio, responsável por 80% das contratações. Desde o começo, os estagiários são expostos a grandes projetos, conduzem treinamentos para executivos e podem até comandar equipes.
Para quem segue na carreira gerencial (há também a opção de carreira técnica na área administrativa, mais comum nas fábricas), o preparo vem desde cedo. A começar pelo fato de o cargo inicial após o estágio ser o de supervisor.
Para ajudar nessa trajetória, existe uma avaliação de desempenho anual — e há espaço para falar sobre os planos pessoais no curto, médio e longo prazo, que podem ser atualizados durante todo o ano.
Além disso, é oferecido um programa global de mentoria. Por ele, o pessoal pode escolher um profissional da empresa no mundo inteiro para acompanhar, aconselhar e tirar dúvidas sobre sua carreira. Motivos que fizeram com que a P&G também fosse eleita como destaque na categoria Orientação e Feedback deste guia.
O alto grau de responsabilidade, autonomia e dinamismo motiva o pessoal, mas, por outro lado, gera excesso de trabalho. E isso se reflete na qualidade de vida, apesar das políticas de combate ao estresse, como a possibilidade de trabalhar uma vez por semana de casa, subsídio para atividades físicas e um espaço com massagem, videogame, nutricionista e manicure.
A Procter é uma empresa muito jovem. A começar pelo presidente, que tem 47 anos, e pelos diretores, cuja média de idade é de 39 anos. No dia a dia isso traz agilidade na comunicação e, como consequência, gera um fluxo grande de troca de informação entre todos. Além do tête-à-tête, uma ferramenta importante para isso é a intranet.
Por meio dela é possível visualizar as vagas disponíveis e acessar a rede de relacionamentos interna, pela qual os funcionários podem fazer comentários, adicionar outros profissionais da companhia e conhecer seus pares em todos os países em que a Procter atua. O acesso à internet é liberado para todos, dos e-mails pessoais às redes sociais.
Não é de estranhar, portanto, o fato de a Procter&Gamble ser considerada pelo seu time como uma verdadeira escola. O problema é que o mercado também sabe disso e há um grande assédio a seus funcionários. Muitas vezes eles se veem em um grande dilema: não querem deixar a organização, mas têm dificuldade de resistir às tentadoras propostas para sair de lá, já que a política de remuneração da P&G não é muito agressiva (por definições globais da matriz) e, por causa disso, perde em competitividade no mercado. Eles querem ficar!