Em profissões, o futuro é dos cérebros
Empresas procuram gente para cargos que não existiam e que levam meses para ser preenchidos
Em décadas ou séculos, algum historiador dirá que nos anos em que vivemos nascia um novo regime econômico, que nem se chamará capitalismo. São novos mapas mentais. (Anderson Schneider/INFO)
13 de junho de 2013, 17h00
São Paulo - Quem diria que um dia nosso índice de desemprego seria menor que o dos Estados Unidos, que seríamos testemunhas de uma possível moratória americana e do colapso econômico de países desenvolvidos? Há alguns anos, quem acreditaria que receberíamos milhares de estrangeiros vindos das matrizes das múltis para trabalhar nas subsidiárias daqui?
O Brasil sempre foi chamado de país do futuro — pois ele chegou e agora está sobrando emprego. A economia que dependeu de máquinas e graxa diz ao mundo que o futuro é dos cérebros.
Olhe a tempestade de mudanças chegando. Se os pilares do capitalismo são a absorção coletiva do risco, a ética e a capacidade de se auto-organizar, o sistema está em crise e muitos economistas já dizem que vivemos um novo capitalismo.
Em décadas ou séculos, algum historiador dirá que nos anos em que vivemos nascia um novo regime econômico, que nem se chamará capitalismo. São novos mapas mentais.
Não enxerga? Apenas na minha área, a inovação digital, toda semana recebo pedidos de indicações para vagas de especialistas em tecnologias disruptivas, reputação online, social CRM, inovação aberta, administradores de comunidades, analistas de mídias sociais.
São oportunidades para gerentes de design thinking, diretores de inovação, vice-presidentes de marketing digital. Na grande maioria das vezes, não se encontram pessoas para preencher rapidamente as vagas, que ficam abertas durante meses.
E você com isso? A vaga pode ser sua, mas antes estude. Bem-vindo à era da educação para toda vida. Seu diploma tem prazo de validade e ele é muito curto. As profissões mudam radicalmente a cada dois anos e novas carreiras surgem diariamente. Você deve estar se perguntando como aproveitar esta onda de oportunidades.
Seguem algumas dicas: tire férias de uma semana a cada três meses, desconecte-se, esvazie a mente. Cuidado com a doença do século, a depressão. Estude criação coletiva, consumo colaborativo e coisas completamente diferentes da sua área de atuação no trabalho. Incentive a criatividade.
E seja, simultaneamente, educador, aluno, questionador, pensador e construtor de uma nova economia e da sociedade em rede. Desperte seu gosto pelo inovar, seu espírito pioneiro, construa o caminho dos novos negócios e do lucro.
Renove ou exclua o pensamento linear, cartesiano, binário e individualista. Corra lá e agarre as novas possibilidades, audiências, empregos e negócios. Bem-vindos à revolução do conhecimento coletivo.
Gil Giardelli escreve sobre inovação digital. É professor Dos cursos de Pós-Graduação e MBA da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e presidente da Gaia Creative.
Mais lidas em Carreira
Últimas Notícias
The Book of Joy: treine seu inglês com o livro sobre a amizade entre Dalai Lama e Desmond Tutu
Há menos de um minuto • 1 min de leituraCanadá quer atrair 447 mil imigrantes em 2023 — e estas são as habilidades que o país mais procura
Há menos de um minuto • 1 min de leituraTJSP abre concurso público com 400 vagas para escrevente, salário é de R$ 5 mil
Há menos de um minuto • 1 min de leituraConsulta médica em horário de trabalho: quais os direitos dos trabalhadores
Há menos de um minuto • 1 min de leituraBrands
Uma palavra dos nossos parceiros
Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.
leia mais