As competências mais buscadas por recrutadores no LinkedIn
Novo estudo do LinkedIn mostra as 25 competências mais procuradas pelas empresas no site em 2015 no Brasil e no mundo; confira o ranking
Claudia Gasparini
Publicado em 12 de janeiro de 2016 às 08h32.
São Paulo - O LinkedIn acaba de divulgar o ranking das competências mais procuradas por recrutadores no site em 2015.
A rede social analisou as buscas feitas no Brasil e em outros nove países, como Estados Unidos, França e Índia.
As palavras-chave mais digitadas pelos empregadores entre 1º de janeiro e 1º de dezembro de 2015 foram agrupadas em 25 categorias de competências.
De acordo com o LinkedIn, as empresas ainda procuravam pelas mesmas habilidades nos últimos meses do ano passado, o que permite supor que elas continuarão quentes em 2016.
No Brasil, o 1º lugar da lista ficou com análise estatística e mineração de dados - que aparece em 2º lugar no ranking global e é a única competência entre as 4 principais de todos os países estudados.
De acordo com Fernanda Brunsizian, gerente de comunicação do LinkedIn no Brasil e na América Latina, o resultado não surpreende.
"Vivemos num mundo em que organizar, classificar e analisar dados é obrigatório para qualquer empresa", diz ela. "Competências associadas a essa atividade vão continuar no topo da lista por alguns anos ainda".
Reflexos da crise
Chama a atenção no ranking brasileiro o lugar ocupado por duas competências ligadas à área de recursos humanos. Entre 2014 e 2015, a busca por profissionais de RH com foco em benefícios e remuneração aumentou 15%. Por outro lado, o interesse por quem trabalha com recrutamento caiu 14% no mesmo período.
Para Fernanda, os números refletem o momento de crise econômica atravessado pelo país.
Com a redução no número de vagas disponíveis nas empresas, esfria a procura por recrutadores e headhunters.
Já a valorização da área de benefícios e remuneração reflete o interesse das empresas em manter os melhores profissionais do mercado satisfeitos e fiéis a elas, explica a gerente do LinkedIn.
Afinal, o cenário econômico adverso aumenta a preocupação com a retenção de talentos - que é, aliás, uma prioridade para 42% das empresas brasileiras, segundo um recente estudo do LinkedIn sobre recrutamento em 2016.
A crise política brasileira, disparada pela investigação de esquemas de corrupção em que se misturam agentes públicos e nomes da iniciativa privada, também aparece refletida no estudo.
"A frequência de escândalos envolvendo políticos e empresários aumentou muito a busca por profissionais capazes de trazer mais ética e transparência para os negócios", diz Fernanda.
Não por acaso, três categorias de competências que não haviam aparecido no ranking brasileiro de 2014 marcaram presença na lista mais recente: direito empresarial e governança, políticas públicas e desenvolvimento de novos negócios.
Veja a seguir a lista com as 25 competências mais buscadas pelos recrutadores brasileiros no LinkedIn. Também aparece a comparação entre os resultados dos estudos de 2015 e 2014:
Ranking | Categoria de competência | Variação da frequência de buscas 2014-2015 |
---|---|---|
1 | Análise estatística e mineração de dados | 0% |
2 | Desenvolvimento mobile | 9% |
3 | Segurança de qualidade (QA) de software e teste de usabilidade | 9% |
4 | Logística | 1% |
5 | Arquitetura da web e frameworks de desenvolvimento | -2% |
6 | Middleware e softwares de integração | -2% |
7 | Engenharia e armazenamento de dados | 3% |
8 | Segurança da informação | -2% |
9 | Recursos humanos (benefícios e compensações) | 15% |
10 | Direito empresarial e governança | não apareceu na lista de 2014 |
11 | Segurança no trabalho | não apareceu na lista de 2014 |
12 | Design de interfaces | 4% |
13 | Desenvolvimento de aplicativos para Microsoft | 8% |
14 | Business Intelligence | -6% |
15 | Sistema de Controle de Revisão (SCR) | -8% |
16 | Recrutamento | -14% |
17 | Políticas públicas e relações internacionais | não apareceu na lista de 2014 |
18 | Engenharia de materiais | não apareceu na lista de 2014 |
19 | Perl/Python/Ruby | -4% |
20 | Desenvolvimento em Java | -3% |
21 | Desenvolvimento de negócios e gestão de relacionamento | não apareceu na lista de 2014 |
22 | Marketing em mídias sociais | -13% |
23 | Marketing digital | -9% |
24 | Modelagem de software e design de processos | -4% |
25 | Linguagens de shell scripting | -7% |
Já no ranking global, o destaque vai para a computação em nuvem e distribuída, uma área que ganhou fôlego rapidamente no ano que passou.
"Em muitos sentidos, 2015 pode ser visto como o ano em que a computação em nuvem e distribuída passou de uma habilidade de nicho a uma competência com amplo destaque na força de trabalho global. Foi uma categoria muito quente em alguns países no ano que passou", diz o blog da rede social.
Veja abaixo a lista completa das competências mais procuradas no LinkedIn em todo o mundo:
Ranking | Categoria de competência | Variação da frequência de buscas 2014-2015 |
---|---|---|
1 | Computação em nuvem e distribuída | não apareceu na lista de 2014 |
2 | Análise estatística e mineração de dados | -1% |
3 | Gestão de campanhas de marketing | 9% |
4 | Marketing, SMO e SEO | 1% |
5 | Middleware e softwares de integração | -3% |
6 | Desenvolvimento mobile | 1% |
7 | Segurança da informação | -3% |
8 | Logística | -5% |
9 | Arquitetura da web e frameworks de desenvolvimento | -1% |
10 | Design de interfaces | 4% |
11 | Engenharia e armazenamento de dados | 0% |
12 | Design de algoritmos | -3% |
13 | Perl/Python/Ruby | -3% |
14 | Linguagens de shell scripting | 9% |
15 | Sistemas Mac, Linux e Unix | -2% |
16 | Marketing de canal | 4% |
17 | Virtualização | 8% |
18 | Business Intelligence | -12% |
19 | Desenvolvimento em Java | 0% |
20 | Engenharia elétrica e eletrônica | não apareceu na lista de 2014 |
21 | Gestão e software para base de dados | não apareceu na lista de 2014 |
22 | Modelagem de software e design de processos | não apareceu na lista de 2014 |
23 | Segurança de qualidade (QA) de software e teste de usabilidade | não apareceu na lista de 2014 |
24 | Economia | -6% |
25 | Direito empresarial e governança | não apareceu na lista de 2014 |
Perfil profissional:as consultorias de recrutamento citam formações mais frequentes em direito, administração, contabilidade, economia e até tecnologia da informação. Conhecimento técnico de SOX é essencial, segundo os recrutadores. Como esta posição está presente em diversos mercados diferentes (financeiro, farmacêutico, telecomunicações e extração de petróleo), o gestor de compliance também precisa conhecer bem o seu segmento de atuação, destaca a equipe da consultoria Heidrick & Struggles.
Por que está em alta:a demanda cresce em função das constantes mudanças no ambiente regulatório, cada vez mais restritivo. Assim, diante de incertezas na política e na economia, escândalos financeiros, fraudes, impossibilidade de perdas e necessidade de ganhos de eficiência, este é um profissional estratégico. Seis consultorias de recrutamento ouvidas por EXAME.com apontam esta carreira como promissora.
Perfil:formação em direito, especialização e/ou mestrado na área cível e de processo civil.
Por que está em alta:em crise, muitas empresas têm entrado com pedido de recuperação judicial para conseguir sanar dívidas, explicam Fabio Salomon e Bianca Azzi, especialistas em recrutamento na área jurídica.
Perfil:formação em direito, com especialização e/ou mestrado na área tributária. Quando atua especialmente na área contenciosa, é interessante que possua também formação continuada em processo civil. Para os que atuam na área consultiva, formação contábil e inglês fluente fazem um perfil diferenciado.
Por que está em alta:a matriz tributária no Brasil é muito complexa, o que torna o profissional da área uma peça valiosa para as empresas. Em tempos de crise, ele é ainda mais estratégico na medida em que atua na redução da carga de impostos e faz a ponte com o governo, destaca Rodrigo Miwa, da Hound Consultoria.
Perfil:formação jurídica, especialização e/ou mestrado na área cível e de processo civil. Em muitos casos, o mestrado e o doutorado trazem respeitabilidade a esta atividade em específico, segundo Fabio Salomon e Bianca Azzi, especialistas em recrutamento na área jurídica.
Por que está em alta:em tempos de crise, empresas muitas vezes não arcam com seus compromissos - o que acarreta litígios na Justiça.
Perfil:formação em direito, pós-graduação na área de arbitragem. Um grande diferencial é a formação em escolas no exterior, segundo Fabio Salomon e Bianca Azzi.
Por que está em alta:em meio a tantas divergências que surgem a partir do descumprimento de obrigações e compromissos por parte de empresas, soluções mais rápidas como as que ocorrem na opção pela arbitragem são interessantes.
Perfil:habilidade técnica e competência administrativo-financeira para gerir grande volume de processos são os aspectos mais importantes do perfil, segundo a consultoria Michael Page. Ter a capacidade de elaborar estratégias para aumentar a rentabilidade, entregar resultados com eficiência e garantir a manutenção dos clientes é o que as empresas esperam deste profissional.
Por que está em alta:o cenário político-econômico trouxe aumento no volume de processos. O foco, segundo a consultoria Michael Page, está na área cível, ações de recuperação de créditos e indenizatórias, mas a área trabalhista também está em destaque por conta do grande número de demissões em 2015.
Perfil:formação jurídica e perfil generalista com foco consultivo. Inglês é indispensável, assim como facilidade para se relacionar com outras áreas da empresa. Capacidade de liderança é indispensável. Por que está em alta: as empresas precisam de profissionais generalistas, mais do que funcionários especializados, neste momento de crise, segundo a avaliação da consultoria Michael Page. Além disso, gestores da área jurídica, como um todo, contribuem para a eficiência ao atuar em planejamento tributário e mitigação de riscos jurídicos, diz Luiz Gustavo Mariano, headhunter da FLOW Executive Finders.
Perfil:formação jurídica, habilidade técnica e experiência em execução de acordos de fusão e aquisição. Inglês é requisito porque muitas operações envolvem investidores estrangeiros.
Por que está em alta:com a crise e a alta do dólar, empresas desvalorizadas tendem a ser compradas por investidores estrangeiros. De acordo com a consultoria Michael Page, é esperado alto volume de fusões e aquisições para os próximos meses.
Perfil:graduação em administração, economia, contabilidade ou até direito. Também está na mira quem tem facilidade para lidar com números e conhecimento da área de contratos. “Deve ser um profissional analítico e com visão de mercado”, diz Paulo Dias, diretor de recrutamento da STATO.
Por que está em alta:para sair de uma situação desfavorável, empresas necessitam de crédito, mas ninguém quer assumir riscos desnecessários. Daí a necessidade de pessoas especializadas neste tipo de análise.
Perfil:formação jurídica com especialização ou pós graduação em direito tributário. Ter MBA em controladoria tem se tornado comum, uma vez que a área fiscal responde à área financeira na maior parte das empresas. “Passagem por big four também é interessante”, diz Rodrigo Miwa, da Hound Consultoria.
Por que está em alta:Além da busca por redução de custos e tributos, o cenário de incerteza macroeconômica aumenta a demanda por um olhar estratégico sobre a área de planejamento tributário e financeiro, diz Diogo Forghieri, gerente da Randstad Professionals.
Perfil:formação em ciências contábeis, administração, engenharia ou economia, com proficiência em inglês. Segundo Felipe Brunieri, gerente da divisão de finanças e tributário da Talenses, o perfil mais solicitado é generalista, multitarefa e apto à liderança. “Também são valorizados atributos como alta capacidade de gerenciar projetos e processos de (re)estruturação, além de base técnica sólida em controladoria e fluxo de caixa”, diz.
Por que está em alta:“empresas de pequeno e médio portes, iinvestidas ou não de fundos, estão crescendo e precisando profissionalizar sua estrutura, criando processos, políticas e relatórios para tomada de decisão e aumento da eficiência operacional”, diz Brunieri.
Perfil:formação em ciências contábeis, administração ou economia. De acordo com Felipe Brunieri, gerente da divisão de finanças e tributário da Talenses, também contam pontos proficiência em inglês, bom relacionamento interpessoal, visão de negócio e base técnica forte em contabilidade.
Por que está em alta:a situação econômica do país pede um acompanhamento maior da operação por parte das matrizes e acionistas - o que exige mais deste profissional, que faz a ponte entre as áreas operacionais, táticas e estratégicas. “Em momentos de crise, há mais empresas sem CFO/diretor financeiro, que priorizam controllers de nível sênior por conta de redução de custo”, diz Alexandre Kalman, da Hound Consultoria.
Perfil:formação na área de exatas (estatística, matemática e afins). Pós-graduação ou especialização em inteligência de mercado (BI) é desejável. A função demanda conhecimento das ferramentas de BI, inclusive geomarketing.
Por que está em alta:“em tempos de crise, utilizar informações estratégicas como as geradas pela Inteligência de mercado tornou-se essencial, e por isso esse profissional termina 2015 em alta e assim deve seguir em 2016”, diz Celia Spangher, da Maxim Consultores.
Perfil do profissional:formação em engenharia da computação/ciências da computação/ sistemas da informação. É preciso ter experiência com análise de sistemas e programação, segundo Marília Filippetti, consultor sênior de Recrutamento em TI da Kelly Brasil.
Por que está em alta:“um dos principais focos das empresas é entender a experiência do público-alvo por meio de dados sobre seu comportamento e suas necessidades. Esse processo fica a cargo deste profissional”, diz Marília.
Perfil:formação em sistemas/ciência da informação. Segundo avaliação da equipe da consultoria Michael Page, pós-graduações são diferenciais. Também são valorizados profissionais com experiência com administração de banco de dados, servidores e ERPs, acrescenta Marília Filippetti, consultora da Kelly Brasil.
Por que está em alta:uma boa infraestrutura em TI se traduz em um bom rendimento operacional para a empresa, destaca a equipe da Michael Page. Este profissional é valorizado, portanto, porque contribui para dois dos principais objetivos das empresas em 2016: mais eficiência e menos custos.
Perfil:a formação acadêmica importa menos do que o perfil comportamental. “Para conseguir minimizar a inadimplência dos clientes, este profissional precisa ser resiliente, inquisitivo e hábil para se comunicar e negociar”, diz Luis Fernando Martins, diretor da Hays.
Por que estará em alta:É uma função estratégica para a preservação do fluxo de caixa das empresas, já que tem a missão de reduzir a inadimplência dos clientes.
Perfil:formação acadêmica em psicologia, administração, gestão de recursos humanos, entre outras. Especializações, MBAs, mestrados, além de conhecimento em finanças e comportamento humano, são aspectos fundamentais do perfil descrito por Amanda Calado, head of business da 4hunter Consultoria.
Por que está em alta:“Em anos de crise temos que investir ainda mais no maior bem das empresas, que são as pessoas”, diz Amanda “Por isso, a área de recursos humanos têm que sair de trás da mesa e ajudar na tomada de decisão”. Jacqueline Resch, sócia-diretora da Resch Recursos Humanos, também aposta nesta carreira e cita contratações extras em 2016 por conta das Olimpíadas. “O recrutador terá papel de destaque, assim como os que trabalham com treinamentos, para que os profissionais temporários estejam dentro dos padrões de qualidade das empresas”, diz.
Perfil:formação em arquitetura de sistemas, ciências da computação, análise de sistemas, matemática ou engenharia mecatrônica. Conhecimento em SOA e metodologia ITIL são desejáveis de acordo com Marília Filippetti, consultora sênior de Recrutamento em TI da Kelly Brasil.
Por que está em alta:com a ascensão do comércio eletrônico, há cada vez mais demanda por profissionais capazes de manter estruturas robustas que suportem operações e transfiram dados em tempo real.
Perfil:formação em ciências da computação ou tecnologia da Informação é necessária em grande parte das vezes, mas não é regra. Experiência com programação Java, C, C++, entre outras linguagens, é um requisito frequente. Segundo Renata Wutke, consultora sênior da Talenses, profissionais com raciocínio analítico, desenvolvimento criativo, código diferenciado e paixão por tecnologia mobile são os mais valorizados.
Por que está em alta:“o mercado tem buscado alternativas diante da crise e muitas soluções criativas vêm de startups e aplicativos que visam diminuir custos, encurtar distâncias, compartilhar produtos e conhecimentos”, diz Paulo Dias, diretor de recrutamento da STATO.
Perfil:domínio de Java, Groovy e DevOps para quem é da área de web. Para mobile, são requisitados sobretudo conhecimentos de iOS e Android, segundo a consultoria Michael Page.
Por que está em alta:a migração de pontos de venda e de relacionamento para plataformas on-line e de e-commerce é uma tendência e explica, segundo a equipe da Michael Page, por que este profissional segue com alta demanda no mercado de trabalho.
Perfil:background técnico em mídias sociais, programática e programas de afiliação e aplicativos.
Por que está em alta:setor de mídia digital cresceu muito e profissionais com este tipo de experiência são disputados, segundo a consultoria Michael Page.
Perfil:experiência estratégica e tática em logística, além de certificações em melhoria contínua, são itens que se destacam, segundo a consultoria Michael Page.
Por que está em alta:em meio à reestruturação de diversas empresas, a área de logística ganha destaque poimplicar grandes custos. Daí a necessidade de profissionais qualificados e experientes na área.
Perfil:formação em engenharia mecatrônica, de automação e controle, mecânica ou elétrica com especialização em construção e operação de máquinas ou controle informatizado. Segundo Jacqueline Resch, sócia-diretora da Resch Recursos Humanos, ainda são valorizadas características como raciocínio lógico avançado e curiosidade para entender o funcionamento de tudo.
Por que está em alta:a profissão não é promissora apenas para 2016: ela será uma das grandes tendências do século. Isso porque há cada vez mais processos automatizados e tecnologias para reduzir custos e aumentar a conveniência. “Em 2015 vimos o avanço dos drones, por exemplo, que hoje são usados para entretenimento, mapeamento de territórios e até buscas por sobreviventes em tragédias”, explica Jacqueline.
Perfil:formação em engenharia ambiental. Segundo Jacqueline Resch, sócia-diretora da Resch Recursos Humanos, é necessário ter uma pós para se especializar em uma área de atuação, como remediação de solos, por exemplo. Também conta pontos ter alta capacidade analítica, além de prudência e atenção aos detalhes.
Por que está em alta:a preocupação com o meio ambiente tem crescido consistentemente nos últimos anos. Novas leis e fiscalizações exigem que as empresas cuidem de seus passivos ambientais. O caso da Samarco em Mariana (MG) é decisivo nesse contexto. “Após a tragédia causada pelo rompimento das barragens, a tendência é que o engenheiro ambiental seja extremamente solicitado para remediação das áreas afetadas, além de ajudar a evitar novos acontecimentos como esses da parte de outras empresas”, afirma a especialista.
Por que está em alta:“o agronegócio não ficou imune à crise, mas a demanda mundial por alimentos ainda não é suprida pela oferta”, diz Massuda. Neste contexto, o Brasil se destaca positivamente. O especialista ainda cita a chegada de investimentos estrangeiros e empresas nos últimos dez anos, o que fez aumentar a busca por qualidade e produtividade no campo e a demanda por profissionais fluentes em inglês.
Perfil:formação em engenharia, preferencialmente elétrica. Cursos de especialização em energias renováveis e experiência prévia no segmento são requisitos, segundo a consultoria Asap.
Por que está em alta:diversos leilões vêm sendo promovidos pela Aneel para aumentar a oferta de energia. Muitos parques eólicos estão em fase de desenvolvimento de projeto, outros em construção e em operação, segundo avaliação de Karim Warrak, sócio-diretor da Asap Recruiters. De forma geral, profissionais da área de energia renováveis - não apenas a eólica - estão ganhando destaque no mercado brasileiro, de acordo com a consultoria Heidrick & Struggles.
Perfil:formação em engenharia mecânica, elétrica ou automação. Pós-graduação na área de negócios é um diferencial, segundo a Michael Page. De acordo com a equipe da Robert Half, formação altamente especializada é obrigatória. Inglês é mandatório em empresas com atuação em outros países, segundo Diego Barbosa, consultor sênior de recrutamento da Kelly Brasil.
Por que está em alta:“com a ausência de crescimento esperado para 2016, este profissional tende a ganhar mais espaço porque seu perfil facilita a interação entre as áreas técnica e comercial”, diz Barbosa. “Sua presença reduz custos em empresas que possuem departamentos distintos para cada uma dessa funções”. Para profissionais fluentes em inglês e/ou espanhol também existe a chance de trabalhar em outros mercados da América do Sul que continuam crescendo, segundo o consultor da Kelly Brasil.
Perfil:“normalmente são profissionais jovens e ávidos pelo desenvolvimento técnico com até cinco anos de formação nas áreas de engenharia elétrica, mecânica ou automação”, diz Diego Barbosa, consultor sênior de recrutamento da Kelly Brasil.
Por que está em alta:o crescimento econômico dos últimos anos direcionou engenheiros para carreiras corporativas, mas a desaceleração e descentralização de polos industriais gerou demanda reprimida por este tipo de profissional, sobretudo na área de geração de energia, segundo Diego Barbosa, consultor da Kelly Brasil.
Perfil: formação em ciências biomédicas, ou microbiologia. Após a graduação, afirma Jacqueline Resch, sócia-diretora da Resch Recursos Humanos, o profissional deve se especializar no micro-organismo que irá estudar ou em uma área como imunologia, por exemplo. O biomédico típico é curioso, metódico, atento aos detalhes e empirista. Além disso, costuma ter uma formação acadêmica longa antes de ingressar na área de pesquisa de grandes laboratórios. Por que estará em alta: ano após ano, tem havido um incremento na incidência e na diversidade de epidemias no país. Em 2015, por exemplo, houve um surto de microcefalia. Diante desse cenário, afirma Jacqueline, o biomédico deverá ser cada vez mais requisitado pela indústria farmacêutica e pela área de saúde pública.