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As carreiras de 9 atletas após as Olimpíadas

Daiane dos Santos vai se aposentar, mas ainda não sabe bem o que vai fazer depois. Confira que rumo tomaram alguns ex-atletas olímpicos

Daiane dos Santos, ginasta ainda desempregada (Getty Images)

Camila Pati

Publicado em 10 de agosto de 2012 às 06h00.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h20.

Maior ginasta brasileira, Daiane dos Santos anunciou que vai se aposentar. A notícia veio logo após a eliminação, ainda na fase classificatória, em Londres. A Olimpíada deste ano foi a terceira da carreira da ginasta de 29 anos. Campeã mundial em 2003, ela chegou à Atenas, no ano seguinte, como uma das favoritas ao ouro no solo, mas um pé fora do tablado acabou lhe rendendo a quinta posição. Nos Jogos de Pequim, em 2008, foi às finais por equipe e no solo, mas não conquistou o pódio. Após a participação em Londres, e do fim do contrato com o clube Pinheiros, que ocorre no fim deste ano, a ginasta promete colocar "desempregada" no currículo. Diz pretender trabalhar com esporte, mas ainda não sabe bem como. O momento de transição vivido pela ginasta é um dilema comum de atletas, já que a carreira é curta. Confira os rumos tomados por alguns ex-atletas olímpicos:
  • 2. Fabíola Molina, nadadora brasileira e dona de grife de moda aquática

    2 /8(Divulgação)

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    Com participação nas Olimpíadas de Sidney, em 2000, e de Pequim, em 2008, a nadadora Fabíola Molina se despediu da natação nos Jogos de Londres. A atleta, de 37 anos, começou a definir um plano de carreira bem antes do anúncio de aposentadoria. Desde 2004, mantém, com a ajuda da mãe uma grife de moda esportiva e de praia que mantém desde 2004. Hoje as peças produzidas em São José dos Campos (SP) são exportadas para mais de 20 países.
  • 3. Luiz Mattar, ex-tenista e CEO

    3 /8(Luis Ushirobira/ Info Exame)

  • Em 10 anos como tenista profissional Luiz Mattar chegou a ser 29º no ranking da ATP em 1989, a quinta melhor classificação alcançada por um brasileiro. Além disso, foi eleito seis vezes o melhor brasileiro no ranking. Entrou no circuito mundial aos 22 anos e participou de duas Olímpiadas, sem, no entanto, garantir medalhas: Seul em 1988 e Barcelona em 1992. Ao se aposentar das quadras, aos 32 anos, começou a se dedicar à carreira de empresário, profissão de seu pai Fuad Mattar. Sua primeira aposta foi uma cervejaria e casa de entretenimento: Dado Bier. Em 1999, criou uma companhia de call center focada em atendimento a clientes de comércio eletrônico: a Telefutura. Diversificou clientes e a atuação da empresa. Seu sucesso atraiu as atenções. A Votorantim Novos Negócios, braço do grupo Votorantim, comprou 20% de participação em 2001. Em 2007, a Telefutura se uniu à TIVIT, que pertencia ao grupo Votorantim. Em 2010, o fundo de participações em empresas americano Apax Partners comprou 54% da TIVIT em uma transação bilionária. Mas Luiz Mattar continuou no comando na empresa e até hoje é o CEO da empresa.
  • 4. André Gerdau Johanpeter, do hipismo para o cargo de CEO

    4 /8(Kiko Ferrite/EXAME.com)

    Com duas medalhas de bronze no currículo, nas Olímpiadas de Atlanta (1996) e de Sidney (2000), em saltos por equipes, André Gerdau Joahnpeter foi um dos cavaleiros de ponta do hipismo brasileiro. E, desde 2007, o ex-cavaleiro é o CEO do Grupo Gerdau, gigante da siderurgia. O hipismo e a carreira de empresário caminharam juntos e são heranças de família. O pai, Jorge Gerdau, presidente do grupo até 2007, começou a criar cavalos ainda na década de 1980. Como empresário, ficou conhecido como o rei do aço. Formado em administração de empresas, o atual CEO da Gerdau fez cursos de especialização no Canadá e na Inglaterra. Começou a trabalhar na Gerdau há cerca de 30 anos. Entre 2002 e 2006, ficou à frente da Gerdau Ameristeel, o braço americano da companhia. Um ano mais tarde assumiu o comando do grupo, posto que ocupa até hoje.
  • 5. Fernando Telles, o atleta engenheiro

    5 /8(Amanda Previdelli / EXAME.com)

    O atleta de salto ornamental participou de duas Olimpíadas: em Melbourne, na Austrália, em 1956 e em Roma, em 1960. Após os jogos de Roma, formado em educação física, resolveu estudar engenharia civil. A área o interessava e já tinha um diploma de técnico em engenharia eletrônica. Como engenheiro civil conseguiu agregar o esporte à sua carreira e se focou em arquitetura esportiva. Costumar dar consultorias principalmente em projetos de esportes aquáticos. Atualmente, o ex- atleta olímpico tem outro desafio: vai ajudar nas obras para as Olimpíadas do Rio 2016 e tem uma empresa de comércio exterior, que a sua filha gerencia.
  • 6. Gustavo Borges, nadador empresário palestrante

    6 /8(Getty Images)

    O maior nome da natação brasileira, quatro vezes recordista mundial, participou de quatro Olimpíadas. Em 1992, ganhou a medalha de prata nos 100m livre, nos Jogos de Barcelona. Em Atlanta, quatro anos mais tarde, garantiu a prata nos 200m livre e o bronze nos 100m livre. Nas Olímpiadas de Sidney, em 2000, foi medalha no revezamento 4x100m. Além das medalhas olímpicas, Gustavo Borges ainda conquistou 10 medalhas em Jogos Pan-Americanos e outras 31 em Copas do Mundo. A aposentadoria como atleta veio após as Olimpíadas de Atenas, em 2004, quando nadou o revezamento 4x100m, e não chegou à final. Fora das piscinas já havia começado a investir na carreira de empresário. Junto com o Renato Ramalho, inaugurou a primeira academia Gustavo Borges, em Curitiba, no ano de 2002. A partir de 2004, desenvolveu e
    começou a vender um método de ensino de natação, chamado de metodologia Gustavo Borges e que hoje é seguido por mais 30 mil alunos em estabelecimentos licenciados. Também viaja pelo Brasil promovendo a palestra motivacional "Atitude de Campeão", para executivos. Atualmente a academia Gustavo Borges tem três unidades em Curitiba (PR), além de Londrina (PR) e em São Paulo.
  • 7. Romário, jogador de futebol e político

    7 /8(Getty Images)

    O Baixinho é considerado um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos. No Brasil jogou em clubes como Vasco, Flamengo e Fluminense. No exterior fez parte do PSV, Barcelona, Valência, entre outros. Ídolo da seleção brasileira, começou a jogar na equipe desde as categorias de base. Com a seleção olímpica conquistou a medalha de prata em Seul, em 1988. Em 1994, foi uma das figuras centrais do tetracampeonato na Copa do Mundo, disputada nos Estados Unidos. No mesmo ano foi eleito pela Fifa o melhor jogador do mundo. Como atacante marcou mais de mil gols até 2007. No ano seguinte, anunciou que estava pendurando as chuteiras. Em 2009 mudou de ideia e voltou aos gramados pelo América -RJ. Nesse mesmo ano, a transição de carreira já se anunciava com a filiação ao PSB, do Rio de Janeiro. Eleito deputado federal em 2010, Romário teve mais 146 mil votos. Sua atuação parlamentar é marcada pela fiscalização dos preparativos da Copa do Mundo
  • 8. Tande, jogador de vôlei e apresentador

    8 /8(Divulgação)

    Parte da geração de outo do vôlei brasileiro, Alenxandre Ramos Samuel, o Tande participou de três Jogos Olímpicos. Em Barcelona, ponto alto da sua carreira de atleta, foi fundamental para a conquista da medalha de ouro. Em 1996, nas Olímpiadas de Atlanta a seleção brasileira ficou em quinto lugar. Nos Jogos de Sidney (2000) o Brasil também não chegou ao pódio, ficando em sexto na classificação geral. Depois das Olímpiadas de Atlanta também começou a colecionar vitórias na areia. A aposentadoria veio em 2004, quando começou a integrar a equipe da TV Globo como comentarista de vôlei. A participação na televisão deu certo e Tande, em 2011, estreou como apresentador do programa esportivo Corujão do Esporte, na mesma emissora. No mesmo ano, começou a apresentar o Esporte Espetacular. Desde fevereiro se dedica apenas ao programa dominical da TV Globo
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