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As 11 maiores causas de estresse no trabalho

O que mais deixa você nervoso em sua rotina? Pesquisa mostra as principais causas de estresse no ambiente de trabalho

Executivo nervoso: mais de metade dos entrevistados aponta o descompasso de informações como a maior fonte de irritação (Thinkstock)

Maurício Grego

Publicado em 13 de outubro de 2015 às 15h00.

São Paulo - O que mais deixa você nervoso no trabalho ? A desorganização entre as equipes, a pressão de seu chefe ou a incerteza sobre os rumos de sua empresa ? Se todos esses problemas são fonte de dor de cabeça diária, saiba que você não está sozinho.

Uma pesquisa feita pela empresa de gestão de projetos Wrike com mais de 1.400 profissionais pelo mundo mostrou quais são as principais causas de estresse no ambiente de trabalho.

Mais da metade dos entrevistados aponta o descompasso de informações como sua maior fonte de irritação.

A dificuldade em organizar o trabalho acumulado - e dar prioridade a uma ou outra tarefa - também tira muitos profissionais do sério.

Veja a tabela a seguir com as 11 principais causas de estresse apontadas pelo estudo:

Causa do estressePorcentagem dos entrevistados
1. Desencontro de informações52%
2. Problemas com prioridade de tarefas51%
3. Metas irreais49%
4. Mudanças de prazos47%
5. Liderança confusa44%
6. Atribuição de tarefas pouco claras44%
7. Distorção de funções43%
8. Falta de colaboração e coordenação42%
9. Falta de força de vontade da equipe37%
10. Pouco envolvimento de patrocinadores28%
11. Incerteza sobre o próprio papel no projeto24%

Segundo o CEO da Wrike, Andrew Filev, não existe um remédio único para todos esses males. Porém, uma melhor comunicação entre gestores e funcionários é um bom ponto de partida, disse o executivo em entrevista ao Business Insider.

Veja a seguir o que você pode fazer para driblar os cinco maiores gatilhos de estresse, segundo a pesquisa:

Informações desencontradas
Nada é mais frustrante para os profissionais do que não ter acesso a informações que outras equipes possuem. Muitas vezes, isso ocorre porque as empresas operam em vários países e não conseguem articular seus funcionários da maneira ideal.

Uma maneira de contornar o problema, segundo Filev, está no bom uso das novas tecnologias. Se você tem acesso a um sistema de dados centralizado, é possível trocar conhecimento e - o mais importante - evitar a repetição desnecessária de tarefas.

Excesso de trabalho
A pilha de trabalho em sua mesa só aumenta a cada dia? De acordo com o especialista, ainda não existe método contra o acúmulo de responsabilidades no trabalho.

Ainda assim, é possível reorganizar - e até eliminar - as tarefas de acordo com as demandas de sua empresa e do mercado. Outra opção é aprender a dizer "não" ao que não é essencial.

Metas impossíveis de serem cumpridas
Ninguém sabe melhor do que você se há ou não tempo hábil para alcançar um objetivo que lhe foi atribuído. Segundo Filev, isso não acontece porque seus gestores pensam que você é um super-homem. Na maior parte dos casos, há um descompasso de informações.

A dica é simples: saiba comunicar a seus colegas e superiores tudo o que você está fazendo e por que aquilo é o mais importante no momento. É impossível fazer um milhão de coisas ao mesmo tempo, mas é possível fazer o necessário.

Mudança repentina do deadline
Se você ainda não se acostumou a ter que acelerar uma tarefa de uma hora para a outra, é bom ir se habituando. Os deadlines mudam o tempo todo, lembra Filev, e isso é uma realidade em todo o mundo corporativo.

Ao invés de se estressar, tente antecipar mudanças e seja cada dia mais ágil para corresponder a elas.

Chefe perdido
Se você já se sentiu completamente sem rumo com a falta de liderança de seu chefe, lembre-se de que ele também é humano. Para Filev, costumamos esquecer que nossos gestores podem ficar tão sobrecarregados quanto nós.

Se você está estressado com a desorientação do seu líder, o melhor caminho é a conversa. Mas tome cuidado: é preciso ser transparente, respeitoso e preparar suas perguntas para não ser mal interpretado.

São Paulo – Críticas, trabalho sob pressão, longas jornadas e falta de perspectiva profissional podem ser alguns dos gatilhos para uma crise de estresse . E é fato que algumas profissões são terreno fértil para que floresçam todos esses itens citados. Outras, no entanto, permitem que profissionais sejam menos atingidos por este mal. O site Business Insider, com base em estudos do professor Laurence Shatkin, publicou uma lista de profissões que pagam relativamente bem nos Estados Unidos para quem quer fugir de uma rotina estressante. Reunimos algumas das profissões nesta lista, e coletamos informações de seus salários no Brasil, a partir da ferramenta Salariômetro da Fipe. Algumas delas pagam bem também por aqui, outras nem tanto. Confira, nas fotos:
  • 2. 1. Cientista de materiais

    2 /17(AFP/ Chris Hondros)

  • Veja também

    Taxa de tolerância ao estresse: 53 (numa escala de 0 a 100, sendo 100 a mais estressante). Salário médio no Brasil para engenheiros pesquisadores de materiais 6.922 reais, segundo a Fipe, com base em 167 contratações entre setembro de 2014 e fevereiro de 2015. Salário médio no Brasil para químicos (físico-química): 3.561 reais, segundo a Fipe, com base em 284 contratações entre setembro de 2014 e fevereiro de 2015.
  • 3. 2. Cientista de alimentos

    3 /17(Thinkstock)

  • Taxa de tolerância ao estresse: 55.8 (numa escala de 0 a 100, sendo 100 a mais estressante). Salário médio no Brasil para engenheiros de alimentos: 6.576 reais, segundo a Fipe, com base em 245 contratações entre setembro de 2014 e fevereiro de 2015. Salário médio para químico de alimentos: 3.561 reais, segundo a Fipe, com base em 284 contratações entre setembro de 2014 e fevereiro de 2015.
  • 4. 3. Matemático

    4 /17(Getty Images)

    Taxa de tolerância ao estresse: 57.3 (numa escala de 0 a 100, sendo 100 a mais estressante). Salário médio no Brasil para matemáticos: 4.255 reais, segundo a Fipe, com base em 5 contratações entre setembro de 2014 e fevereiro de 2015.
  • 5. 4. Geógrafo

    5 /17(Divulgação/ Facebook IBGE)

    Taxa de tolerância ao estresse: 58 (numa escala de 0 a 100, sendo 100 a mais estressante). Salário médio no Brasil para geógrafos: 3.745 reais, segundo a Fipe, com base em 83 contratações entre setembro de 2014 e fevereiro de 2015.
  • 6. 5. Cientista político

    6 /17(Thinkstock)

    Taxa de tolerância ao estresse: 60,8 (numa escala de 0 a 100, sendo 100 a mais estressante). Salário médio no Brasil para cientista político: 6.164 reais, segundo a Fipe, com base em 23 contratações entre setembro de 2014 e fevereiro de 2015.
  • 7. 6. Físico

    7 /17(Getty Images)

    Taxa de tolerância ao estresse: 61,3 (numa escala de 0 a 100, sendo 100 a mais estressante). Salário médio no Brasil para físicos: 4.343 reais, segundo a Fipe, com base em 14 contratações entre setembro de 2014 e fevereiro de 2015.
  • 8. 7. Astrônomo

    8 /17(Thinkstock)

    Taxa de tolerância ao estresse: 62.0 (numa escala de 0 a 100, sendo 100 a mais estressante). Salário médio no Brasil para astrônomos: 3.404, segundo a Fipe, com base em 1 contratação entre setembro de 2014 e fevereiro de 2015.
  • 9. 8. Geofísico

    9 /17(Roland Fischer/Wikimedia Commons)

    Taxa de tolerância ao estresse: 62,5 (numa escala de 0 a 100, sendo 100 a mais estressante). Salário médio no Brasil para geofísicos 9.378 reais, segundo a Fipe, com base em 44 contratações, entre setembro de 2014 e fevereiro de 2015.
  • 10. 9. Professor de Direito

    10 /17(ThinkStock/BrianAJackson)

    Taxa de tolerância ao estresse: 62,8 (numa escala de 0 a 100, sendo 100 a mais estressante). Salário médio no Brasil pra professores de Direito: 2.007 reais, segundo a Fipe, com base em 751 contratações entre setembro de 2014 e fevereiro de 2015.
  • 11. 10. Economista

    11 /17(Thinkstock)

    Taxa de tolerância ao estresse: 63,3 (numa escala de 0 a 100, sendo 100 a mais estressante). Salário médio no Brasil para analistas de mercado de trabalho (economistas): 4.664 reais, segundo a Fipe, com base em 457 contratações, entre setembro de 2014 e fevereiro de 2015.
  • 12. 11. Atuário

    12 /17(MorgueFile/cohdra)

    Taxa de tolerância ao estresse: 63,8 (numa escala de 0 a 100, sendo 100 a mais estressante). Salário médio no Brasil para atuários: 5.244 reais, segundo a Fipe, com base em 97 contratações entre setembro de 2014 e fevereiro de 2015.
  • 13. 12. Estatístico

    13 /17(Thinkstock)

    Taxa de tolerância ao estresse: 64,0 (numa escala de 0 a 100, sendo 100 a mais estressante). Salário médio no Brasil para estatísticos: 4.315 reais, segundo a Fipe, com base em 123 contratações entre setembro de 2014 e fevereiro de 2015.
  • 14. 13. Gerente de tecnologia da informação/computação

    14 /17(AFP)

    Taxa de tolerância ao estresse: 64,3 (numa escala de 0 a 100, sendo 100 a mais estressante). Salário médio no Brasil para gerente de operação de tecnologia da informação: 7.697 reais, segundo a Fipe, com base em 374 contratações entre setembro de 2014 e fevereiro de 2015.
  • 15. 14. Desenvolvedor de software

    15 /17(Thinkstock)

    Taxa de tolerância ao estresse: 65.0 (numa escala de 0 a 100, sendo 100 a mais estressante). Salário médio para engenheiro de softwares computacionais: 6.779 reais, segundo a Fipe, com base em 337 contratações observadas entre setembro de 2014 e fevereiro de 2015.
  • 16. 15. Ortodontista

    16 /17(Getty Images)

    Taxa de tolerância ao estresse: 67,0 (numa escala de 0 a 100, sendo 100 a mais estressante). Salário médio para ortodontistas: 2.661, segundo a Fipe, com base em 8 contratações entre setembro de 2014 e fevereiro de 2015.
  • 17. Agora, confira as carreiras indicadas para cada perfil pessoal

    17 /17(Thinkstock/Vold77)

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