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Artigo: Conheça as redes cerebrais que impactam a aprendizagem – inclusive do inglês

Lígia Velozo Crispino, sócia-fundadora da Companhia de Idiomas, apresenta os dois “mapas cerebrais” do ser humano, uma delas pode ajudar a pessoa a ter mais facilidade em aprender um idioma

Lígia Crispino, da Companhia de Idiomas: as redes Narrativa e de Experiência Direta estão inversamente relacionadas, quando uma é ativada, a outra é reduzida. Não trabalham simultaneamente na mesma potência (Divulgação: metamorworks/Getty Images)

Lígia Crispino, da Companhia de Idiomas: as redes Narrativa e de Experiência Direta estão inversamente relacionadas, quando uma é ativada, a outra é reduzida. Não trabalham simultaneamente na mesma potência (Divulgação: metamorworks/Getty Images)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 15 de janeiro de 2024 às 17h10.

Última atualização em 15 de janeiro de 2024 às 18h10.

Por Lígia Velozo Crispino, sócia-fundadora da Companhia de Idiomas 

O cérebro tem sido objeto de estudos profundos há muitos anos e várias descobertas importantes têm sido feitas. Entender sobre o funcionamento do cérebro facilita a compreensão do nosso processo de aprendizagem.

Nascemos com a capacidade de interagir com o mundo à nossa volta através da criação de representações desse exterior em nosso cérebro. Essas representações são chamadas de “mapas” ou redes.

Quais são as duas redes cerebrais?

A primeira delas é a Rede Narrativa. Está ativa na maior parte do tempo e não requer muito esforço para operar. Recebe esse nome porque é acionada quando há pouca atividade no cérebro. Está relacionada às memórias. É importante para planejarmos, estabelecermos objetivos e prioridades, organizarmos mentalmente nossa lista de pendências.

Só que também é responsável pela ruminação de pensamentos, por pularmos de um pensamento para outro sem muita lógica. Vemos, ouvimos ou sentimos muito pouco quando estamos perdidos em nossos pensamentos ora no passado, ora no futuro. Pensamos sobre nós e sobre pessoas que conhecemos.

A segunda é a Rede de Experiência Direta. Quando ativada, várias áreas diferentes do cérebro passam a funcionar, ampliando a nossa percepção corporal, a detecção de erros e a mudança de foco. Com ela experenciamos as informações obtidas pelos nossos sentidos em tempo real. Conseguimos, assim, dar maior atenção a estímulos sensoriais e nos aproximar da realidade. Em outras palavras, estamos no tempo presente e ganhamos maior flexibilidade em como respondemos ao mundo.

Duas redes em potências diferentes

As redes Narrativa e de Experiência Direta estão inversamente relacionadas, quando uma é ativada, a outra é reduzida. Não trabalham simultaneamente na mesma potência.

Então, por que é fundamental entender o processo de ambas? Para maximizarmos nossa capacidade de percepção, absorção e interação entre conteúdos novos e já aprendidos. As perdas são enormes quando não somos o diretor e diretora da nossa história.

Além desse entendimento, precisamos treinar a ativação da Rede de Experiência Direta regularmente para fortalecer a nossa autoconsciência, ou seja, pensar e avaliar nossos pensamentos e aumentar a percepção de informações ao nosso redor. Consequentemente, enxergaremos mais opções e tomaremos melhores decisões. Pessoas com alta capacidade de presença são mais conscientes dos seus processos inconscientes, têm maior controle cognitivo, maior habilidade de moldar suas reações.

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