Carreira

Apetite por risco define o diretor-geral do PayPal no Brasil

Fernando Pantaleão sempre gostou de projetos desafiadores, como montar o call center da Redecard, nos anos 1990, levar a Natura para os Estados Unidos em plena crise e agora tornar o PayPal conhecido no Brasil

Fernando Pantaleão, diretor-geral do PayPal, site de pagamentos online: nove empresas em 22 anos de carreira  (Marcelo Spatafora / VOCÊ S/A)

Fernando Pantaleão, diretor-geral do PayPal, site de pagamentos online: nove empresas em 22 anos de carreira (Marcelo Spatafora / VOCÊ S/A)

JE

José Eduardo Costa

Publicado em 15 de julho de 2013 às 16h38.

São Paulo- O engenheiro de produção carioca Fernando Pantaleão, de 46 anos, é um profissional entusiasmado. Fala com o mesmo ânimo do time do coração, o Botafogo, e do negócio que acaba de assumir, o PayPal.

Criado em 1998, nos Estados Unidos, por Peter Thiel e Max Levchin, o site de pagamento e transferência de dinheiro online logo se tornou uma empresa admirada por empreendedores de peso, como Bill Gates (Microsoft), Rupert Murdoch (News Corp) e Mark Zuckerberg (Facebook).

No Brasil, a marca PayPal ainda é pouco conhecida, embora o serviço tenha 5 milhões de clientes. "Aqui vai ser um sucesso", diz Fernando, que ocupa a posição de diretor-geral para o Brasil há menos de um mês. A seguir, ele conta um pouco mais de sua trajetória.  

"Desde que me formei em engenharia, em 1991, escolhi trabalhar com marketing. Gosto de estar na ponta, me relacionando com o cliente. 

Passei por nove empresas em 22 anos de carreira. Trabalhei no Banco Nacional, na J. Macêdo, na Brahma, na Redecard, na Natura, no Unibanco, no Itaú, no HSBC e, agora, na PayPal. Busquei companhias inovadoras e ousadas. Não gosto de mesmice. 

Para me diferenciar, sempre arrisquei. Quando fui para a Redecard, em 1997, o presidente queria montar o call center. Era uma operação que pouca gente no Brasil conhecia. Eu disse que faria o serviço sem ajuda de consultoria. Deu certo e me tornei vice-presidente de produtos e relacionamento. 

Minha maior decepção foi a internacionalização da Natura nos Estados Unidos não ter acontecido. Fui para lá, com esposa e dois filhos, em 2007, montei escritório, começamos a contratar. No mesmo ano, veio a crise e tivemos de vender tudo e voltar. Foi frustrante.

Brilho nos olhos é tudo. Se você não está feliz, tem de achar outra coisa. "

Acompanhe tudo sobre:ascensao-profissionalComportamentoEdição 180EmpresasEmpresas de internetPayPal

Mais de Carreira

“Brain rot” e o convite para mudarmos a forma como temos alimentado nosso cérebro

Cuidando do futuro e do passado: os desafios das mulheres entre trabalho, casa e sociedade

Só EBITDA não basta: o que aprender com WEG e Renner a remunerar para gerar valor?

Lifelong learning: o segredo para crescer profissionalmente pode estar fora da sua área de atuação