Almoço de negócios: saiba como se portar e evitar gafes
Especialistas dão conselhos para se sair bem e aproveitar a reunião da melhor forma
Da Redação
Publicado em 1 de maio de 2011 às 10h08.
São Paulo - Como alternativa às reuniões formais para estabelecer contato com clientes ou parceiros, o almoço de negócios é um encontro informal na agenda de executivos, mas possui regras de etiqueta próprias.
“Antes de tudo, o encontro é mais um compromisso da rotina profissional, então assim como no ambiente de trabalho, é preciso ter bom senso”, diz Licia Egger, consultora de etiqueta corporativa.
Para não pecar pela informalidade, Exame.com separou dicas de especialistas para evitar constrangimentos na mesa do restaurante.
1. Escolher o lugar certo
O restaurante a ser escolhido precisa ser adequado ao negócio que é feito entre o anfitrião e o convidado. “Escolher o lugar certo mostra que o profissional entende do que o negócio se trata e que tem a percepção do que é melhor para a ocasião”, diz Licia.
Lugares tranquilos e sem muito barulho também são mais indicados para ser possível conversar em volume normal e sem interrupções. Além disso, é preciso observar que o cliente convidado pode ter restrições alimentares e restaurantes que oferecem poucas alternativas no cardápio são mais arriscados.
Cabe também ao anfitrião fazer a reserva do restaurante para não perder tempo na fila de espera. Se o restaurante não faz reservas, melhor escolher outro lugar para almoçar.
2. Não se atrasar
“Atrasar-se para um almoço de negócios depõe contra o profissional, pois passa a impressão de que a pessoa não sabe se organizar e não tem o controle da situação”, alerta Licia. O anfitrião deve chegar antes do convidado, para checar se a mesa reservada já está disponível.
Respeitar horários é importante também porque o cliente pode ter reuniões marcadas após o almoço. O ideal é que o encontro não demore mais do que duas horas e que não seja preciso o convidado colocar o guardanapo na mesa para mostrar que precisa ir embora.
3. Observar a hora certa de falar
Não adianta entrar no assunto principal do almoço com o cardápio na mão. No início do encontro, é mais apropriado conversar sobre amenidades.
Segundo Licia, o bate-papo inicial deve ser usado para buscar interesses comuns sem perder o foco nos negócios. Mesmo assim, é prudente evitar temas pessoais que possam gerar constrangimentos e polêmicas como religião e futebol.
“O almoço de negócios, em geral, deve servir para conhecer melhor a pessoa com quem se estabelece negócios ou encaminhar assuntos que poderão ser tocados mais à frente em reuniões”, explica.
Para Irene Loureiro, consultora profissional da OZ!, quando um tema delicado não pode ser evitado, “retomar o assunto na hora da sobremesa ou café é a melhor forma de não ser maçante”.
Abrir o notebook é uma ação permitida apenas quando há mais intimidade com o convidado. “Mas não é adequado, assim como atender ou checar o celular”, diz Irene.
4. Evitar excessos
O profissional no almoço de negócios continua a representar a empresa onde ele trabalha, mesmo fora do escritório. Por isso, qualquer tipo de excesso é proibido.
“Pedir muita comida ou comida cara demais, mesmo quando é o anfitrião, é uma postura inadequada. Quem paga o almoço é a pessoa jurídica, então o comedimento mostra qual o tipo de relacionamento essa pessoa tem com a empresa onde trabalha”, explica Licia.
Bebidas alcóolicas não são indicadas para o almoço de negócios. “Se for inevitável, é melhor não se exceder”, aconselha Irene.
5. Ter cuidado na comida escolhida
Pratos que exigem mais atenção para serem manuseados do que a conversa com o convidado devem ser evitados. “Sempre preferir comidas leves, que não sejam demoradas ou que precisem de malabarismo com talheres”, diz Irene.
Se não sabe o que o nome no cardápio significa, prefira outra escolha mais confiável. As consultoras indicam que o melhor é não demorar com pedido de explicações ao maitre.
6. Pagar a conta se for anfitrião
Quem convida deve sempre pagar a conta, mesmo que o anfitrião seja mulher. Ainda que o restaurante seja econômico, o ideal continua sendo pagar a conta do convidado. Isso também vale para os casos em que é preciso saída rápida da mesa ou combinação prévia com o garçom.