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Accenture está na cola dos jovens de TI

Consultoria investe pesado em desenvolvimento para segurar a turma e manter todos motivados

Jovens da Accenture em São Paulo: aprendizado contínuo no dia a dia de trabalho (Omar Paixão/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de março de 2013 às 19h27.

São Paulo - Os tapumes, a poeira e o barulho na central da Accenture deixam claro o recado: a empresa está em obras, pelo menos até o começo de 2013. Por ali, não é só a entrada do prédio que é renovada. Os funcionários também são jovens. A média de idade deles é de 29 anos.

Esse espírito de renovação é constante, principalmente no que tange a seus colaboradores. É inevitável o ar quase universitário — e, portanto, criativo — nos corredores. A evolução e o desenvolvimento são inerentes ao negócio, e o público jovem tem muita afinidade com o setor de tecnologia da informação (TI). Um deles conta que vivia pedindo uma indicação para seus colegas que já trabalhavam na companhia.

“Hoje, outros amigos fazem a mesma coisa.” Essa capacidade de gerar indicações tem sido um importante canal para a Accenture, que tem 34% de suas contratações oriundas de sugestões dos funcionários. O segredo está no desenvolvimento da galera, ávida por novos conhecimentos e experiências. “Entrei aqui para adquirir experiência e me desenvolver profissionalmente, e consigo isso todos os dias”, afirma um colaborador.

Os profissionais formados pela empresa são constantemente assediados pela concorrência, e mantê-los em casa é um dos principais desafios do diretor de recursos humanos, Lauro Chacon. Uma das formas de “evitar essa pescaria do mercado” é investir em treinamento , cursos e bolsas de estudo. No ano passado, foram aplicados cerca de 6 milhões de reais em capacitação.

Para manter o funcionário na companhia, Lauro delegou as atividades de recrutamento e seleção a um time especializado e concentrou suas energias em descobrir o que essa turma valoriza. A resposta foi desenvolvimento e reconhecimento. “Estresse para o jovem é sentir que deposita energia em algo que não é extremamente relevante para a empresa”, afirma Lauro. A constante troca de projetos agrega muito em conhecimento e flexibilidade.

Também é possível experimentar o trabalho em unidades fora do país. Dos 3 000 jovens talentos entre 20 e 28 anos, 1 100 receberam alguma promoção interna no último ano. Figuras como o mentor e o shadow (colega que fica por seis meses acompanhando o trabalho do novato) fazem o maior sucesso. “Meu mentor é como um psicólogo para mim”, diz um jovem. Ajudam não só no dia a dia, mas também na estruturação de um bom plano de carreira e na escolha dos próximos objetivos. O apoio, no entanto, não é visto como uma autoridade. “A nossa carreira está nas nossas mãos”, acrescenta outro.

O cansaço é uma das consequências não tão positivas do engajamento. “Eu já trabalhei 26 horas seguidas, mas ninguém me pediu. Eu sabia que minha atuação fazia diferença para o projeto”, explica um colaborador. A perspectiva, no entanto, não é de alívio conforme o crescimento dentro da Accenture. “Quanto maior seu cargo, mais você trabalha.”

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São Paulo - Os tapumes, a poeira e o barulho na central da Accenture deixam claro o recado: a empresa está em obras, pelo menos até o começo de 2013. Por ali, não é só a entrada do prédio que é renovada. Os funcionários também são jovens. A média de idade deles é de 29 anos.

Esse espírito de renovação é constante, principalmente no que tange a seus colaboradores. É inevitável o ar quase universitário — e, portanto, criativo — nos corredores. A evolução e o desenvolvimento são inerentes ao negócio, e o público jovem tem muita afinidade com o setor de tecnologia da informação (TI). Um deles conta que vivia pedindo uma indicação para seus colegas que já trabalhavam na companhia.

“Hoje, outros amigos fazem a mesma coisa.” Essa capacidade de gerar indicações tem sido um importante canal para a Accenture, que tem 34% de suas contratações oriundas de sugestões dos funcionários. O segredo está no desenvolvimento da galera, ávida por novos conhecimentos e experiências. “Entrei aqui para adquirir experiência e me desenvolver profissionalmente, e consigo isso todos os dias”, afirma um colaborador.

Os profissionais formados pela empresa são constantemente assediados pela concorrência, e mantê-los em casa é um dos principais desafios do diretor de recursos humanos, Lauro Chacon. Uma das formas de “evitar essa pescaria do mercado” é investir em treinamento , cursos e bolsas de estudo. No ano passado, foram aplicados cerca de 6 milhões de reais em capacitação.

Para manter o funcionário na companhia, Lauro delegou as atividades de recrutamento e seleção a um time especializado e concentrou suas energias em descobrir o que essa turma valoriza. A resposta foi desenvolvimento e reconhecimento. “Estresse para o jovem é sentir que deposita energia em algo que não é extremamente relevante para a empresa”, afirma Lauro. A constante troca de projetos agrega muito em conhecimento e flexibilidade.

Também é possível experimentar o trabalho em unidades fora do país. Dos 3 000 jovens talentos entre 20 e 28 anos, 1 100 receberam alguma promoção interna no último ano. Figuras como o mentor e o shadow (colega que fica por seis meses acompanhando o trabalho do novato) fazem o maior sucesso. “Meu mentor é como um psicólogo para mim”, diz um jovem. Ajudam não só no dia a dia, mas também na estruturação de um bom plano de carreira e na escolha dos próximos objetivos. O apoio, no entanto, não é visto como uma autoridade. “A nossa carreira está nas nossas mãos”, acrescenta outro.

O cansaço é uma das consequências não tão positivas do engajamento. “Eu já trabalhei 26 horas seguidas, mas ninguém me pediu. Eu sabia que minha atuação fazia diferença para o projeto”, explica um colaborador. A perspectiva, no entanto, não é de alívio conforme o crescimento dentro da Accenture. “Quanto maior seu cargo, mais você trabalha.”

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