A pior forma de lidar com problemas pessoais no trabalho
Sofrer por motivos particulares no trabalho é comum. Existe uma postura, no entanto, que pode perpetuar o mal estar
Claudia Gasparini
Publicado em 7 de janeiro de 2015 às 13h00.
São Paulo - De problemas de saúde a relacionamentos em crise, são inúmeras as questões particulares que podem interferir na sua carreira.
Perder o ritmo no trabalho por motivos pessoais não significa falta de profissionalismo. “É impossível esquecer sua vida particular durante o expediente, e vice-e-versa”, diz Alexandre Pinez, especialista da Avalie Coaching.
Enquanto sofrer por razões pessoais no trabalho é natural - e até inevitável, na avaliação de Pinez -, o erro está em negar a influência da crise sobre o seu desempenho .
“A pior maneira de manejar um problema pessoal é achar que ele não entra no escritório com você”, diz a psiquiatra Raquel Heep.
O preço que se paga por sufocar o problema tem a ver com a saúde . “Insônia, alterações no metabolismo, perda de atenção e oscilações de humor são apenas alguns impactos possíveis de uma crise”, afirma ela.
Tudo isso pode isolar o profissional da equipe, além de torná-lo mais improdutivo e propenso a erros. “Negar essa realidade é um equívoco, inclusive para o empregador, que acaba tendo prejuízos financeiros com o mal-estar dos seus funcionários”, diz Raquel.
Alternativas
Já que colocar a angústia numa “gaveta” não é a solução, a forma mais saudável de lidar com a crise é buscar ajuda para administrá-la.
Na opinião de Roberto Santos, sócio-diretor da Ateliê RH, buscar um bom ouvinte ajuda a aliviar a sobrecarga. “É importante conversar sobre o que você está sentindo, para entender o seu papel naquela situação”, diz.
Meditação e terapia são outras válvulas de escape citadas por Santos. “O que não dá é para se fazer de herói e manter as aparências o tempo todo”, diz ele.
Outra saída desconhecida pela maior parte das pessoas, de acordo com ele, é contar com o auxílio da própria empresa. “Não é verdade que elas não estão abertas para ouvir e ajudar o funcionário em questões pessoais”, diz Santos.
Raquel também cita os empregadores como um ponto de apoio possível. Segundo ela, cada vez mais empresas percebem a importância de considerar emoções e sentimentos na gestão de pessoas. “As empresas podem e devem ser vistas como aliadas nesse sentido”, diz.
São Paulo - De problemas de saúde a relacionamentos em crise, são inúmeras as questões particulares que podem interferir na sua carreira.
Perder o ritmo no trabalho por motivos pessoais não significa falta de profissionalismo. “É impossível esquecer sua vida particular durante o expediente, e vice-e-versa”, diz Alexandre Pinez, especialista da Avalie Coaching.
Enquanto sofrer por razões pessoais no trabalho é natural - e até inevitável, na avaliação de Pinez -, o erro está em negar a influência da crise sobre o seu desempenho .
“A pior maneira de manejar um problema pessoal é achar que ele não entra no escritório com você”, diz a psiquiatra Raquel Heep.
O preço que se paga por sufocar o problema tem a ver com a saúde . “Insônia, alterações no metabolismo, perda de atenção e oscilações de humor são apenas alguns impactos possíveis de uma crise”, afirma ela.
Tudo isso pode isolar o profissional da equipe, além de torná-lo mais improdutivo e propenso a erros. “Negar essa realidade é um equívoco, inclusive para o empregador, que acaba tendo prejuízos financeiros com o mal-estar dos seus funcionários”, diz Raquel.
Alternativas
Já que colocar a angústia numa “gaveta” não é a solução, a forma mais saudável de lidar com a crise é buscar ajuda para administrá-la.
Na opinião de Roberto Santos, sócio-diretor da Ateliê RH, buscar um bom ouvinte ajuda a aliviar a sobrecarga. “É importante conversar sobre o que você está sentindo, para entender o seu papel naquela situação”, diz.
Meditação e terapia são outras válvulas de escape citadas por Santos. “O que não dá é para se fazer de herói e manter as aparências o tempo todo”, diz ele.
Outra saída desconhecida pela maior parte das pessoas, de acordo com ele, é contar com o auxílio da própria empresa. “Não é verdade que elas não estão abertas para ouvir e ajudar o funcionário em questões pessoais”, diz Santos.
Raquel também cita os empregadores como um ponto de apoio possível. Segundo ela, cada vez mais empresas percebem a importância de considerar emoções e sentimentos na gestão de pessoas. “As empresas podem e devem ser vistas como aliadas nesse sentido”, diz.