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A disputa das empresas por talentos já é global

No mercado mundial de executivos qualificados, existe uma guerra sem fronteiras pelos principais talentos

Jogando Xadrez (SXC.Hu)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2013 às 06h00.

São Paulo - Empresas em mercados de crescimento rápido, como é o caso brasileiro, enfrentam desafios em relação a seus profissionais mais talentosos à medida que se expandem. É o que mostra o estudo Growing Pains (“Dores de crescimento”, na tradução do inglês), resultado de uma pesquisa realizada pela Ernst & Young Terco com 810 altos executivos , de 21 setores, em 35 países, incluindo o Brasil.

Segundo o estudo, nos próximos três anos o número de líderes nacionais enviados para trabalhar no exterior crescerá 20%. Diante dessa tendência, vem a questão: qual o nível de preparo dos profissionais brasileiros para trabalhar no exterior? Para adquirir competências, a técnica é importante, porém é a prática que consolida o aprendizado.

As aptidões que os profissionais têm adquirido ao liderar empresas no Brasil nas últimas décadas são aquelas requeridas em nosso cenário — ora de crise, ora de rápido crescimento.

Formamos gênios em criatividade , flexibilidade e habilidade para lidar com adversidades, mas ainda nos falta adquirir competências para liderar mercados maduros, como inovação e agilidade, e habilidades para aumentar a produtividade. Em outras palavras, fazer mais com menos.

A maioria das empresas brasileiras que têm negócios fora do país começou a enfrentar esse desafio nos últimos cinco anos. Os executivos que comandaram negócios no exterior de 2008 até hoje continuam atuando em um contexto que lhes é familiar: a crise.

Levará alguns anos para assistirmos à retomada plena da economia nos países desenvolvidos e para nossos gestores terem sedimentada a capacidade de agir em mercados maduros.

Se almejamos ser um país desenvolvido, temos de pensar como tal, ou seja, no longo prazo. No curto prazo, os expatriados farão falta. As companhias brasileiras terão de substituí-los por uma liderança estrangeira ou acelerar a formação de novos líderes.

O mercado de trabalho dos talentos tende a ser global. Em alguns anos os executivos brasileiros que estão atuando no exterior terão competências completas e poderão retornar para liderar empresas.

O risco passa a ser a perda desses talentos para empresas de outros países. As multinacionais de nações desenvolvidas se deparam com a guerra global por talentos há mais tempo e estão preparadas para enfrentar as novatas brasileiras. As empresas nacionais terão o desafio de manter por perto seus melhores profissionais.

Tatiana da Ponte sócia líder da área de capital humano e  relações com investidores da Ernst & Young Terco

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São Paulo - Empresas em mercados de crescimento rápido, como é o caso brasileiro, enfrentam desafios em relação a seus profissionais mais talentosos à medida que se expandem. É o que mostra o estudo Growing Pains (“Dores de crescimento”, na tradução do inglês), resultado de uma pesquisa realizada pela Ernst & Young Terco com 810 altos executivos , de 21 setores, em 35 países, incluindo o Brasil.

Segundo o estudo, nos próximos três anos o número de líderes nacionais enviados para trabalhar no exterior crescerá 20%. Diante dessa tendência, vem a questão: qual o nível de preparo dos profissionais brasileiros para trabalhar no exterior? Para adquirir competências, a técnica é importante, porém é a prática que consolida o aprendizado.

As aptidões que os profissionais têm adquirido ao liderar empresas no Brasil nas últimas décadas são aquelas requeridas em nosso cenário — ora de crise, ora de rápido crescimento.

Formamos gênios em criatividade , flexibilidade e habilidade para lidar com adversidades, mas ainda nos falta adquirir competências para liderar mercados maduros, como inovação e agilidade, e habilidades para aumentar a produtividade. Em outras palavras, fazer mais com menos.

A maioria das empresas brasileiras que têm negócios fora do país começou a enfrentar esse desafio nos últimos cinco anos. Os executivos que comandaram negócios no exterior de 2008 até hoje continuam atuando em um contexto que lhes é familiar: a crise.

Levará alguns anos para assistirmos à retomada plena da economia nos países desenvolvidos e para nossos gestores terem sedimentada a capacidade de agir em mercados maduros.

Se almejamos ser um país desenvolvido, temos de pensar como tal, ou seja, no longo prazo. No curto prazo, os expatriados farão falta. As companhias brasileiras terão de substituí-los por uma liderança estrangeira ou acelerar a formação de novos líderes.

O mercado de trabalho dos talentos tende a ser global. Em alguns anos os executivos brasileiros que estão atuando no exterior terão competências completas e poderão retornar para liderar empresas.

O risco passa a ser a perda desses talentos para empresas de outros países. As multinacionais de nações desenvolvidas se deparam com a guerra global por talentos há mais tempo e estão preparadas para enfrentar as novatas brasileiras. As empresas nacionais terão o desafio de manter por perto seus melhores profissionais.

Tatiana da Ponte sócia líder da área de capital humano e  relações com investidores da Ernst & Young Terco

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