9 filmes que todo médico deveria ver
Confira os filmes imperdíveis para quem exerce a medicina, segundo a indicação de seis médicos de diferentes especialidades
Camila Pati
Publicado em 19 de novembro de 2014 às 13h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h58.
São Paulo – A medicina há muito caiu nas graças da 7ª arte. É inegável que a profissão de médico rende histórias emocionantes e inspiradoras, que, geralmente, são muito bem aproveitadas por diretores, roteiristas e atores. Mas quais seriam os filmes "obrigatórios" no currículo cultural de quem se dedica a salvar vidas? É o que Exame.com foi perguntar a seis médicos. Na lista estão alguns títulos que retratam profissionais da medicina e filmes que, a princípio, podem parecer “estranhos no ninho”, mas que trazem em seu cerne questões fundamentais para o exercício da profissão. Veja os trailers clicando nas fotos desta galeria:
É o filme mais recente desta lista e a indicação é da pediatra Denise Bedoni, do Hospital Leforte. “Destaca a importância de realizar um trabalho com amor, resignação, humildade, não em busca de uma supervalorização social, mas pela gratificação e pela condição humana que lhe foi permitida”, diz. O Físico (The Physician)
Ano: 2014
Direção: Philipp Stölzl
Ano: 2014
Direção: Philipp Stölzl
O filme é indicado por dois dos médicos entrevistados: o cirurgião plástico André Colaneri e a pediatra Denise Bedoni, do Hospital Leforte.
“Mostra que a medicina pode ter um cunho muito mais humano, lembrando sempre do ser humano por trás da doença, contrastando com a visão técnica e fria da nossa formação”, diz Colaneri. A pediatra Denise também destaca o filme pelo fato de ele enfatizar o dom dos médicos de amenizar o sofrimento das pessoas. Patch Adams – O amor é contagioso (Patch Adams)
Ano: 1998
Direção: Tom Shadyac
“Mostra que a medicina pode ter um cunho muito mais humano, lembrando sempre do ser humano por trás da doença, contrastando com a visão técnica e fria da nossa formação”, diz Colaneri. A pediatra Denise também destaca o filme pelo fato de ele enfatizar o dom dos médicos de amenizar o sofrimento das pessoas. Patch Adams – O amor é contagioso (Patch Adams)
Ano: 1998
Direção: Tom Shadyac
O longa-metragem conta a história de um renomado cirurgião - arrogante e indiferente aos seus pacientes - que sofre uma reviravolta em sua vida ao receber o diagnóstico de câncer. Quem indica é Flavio Iizuka, urologista do Hospital Leforte. “O filme é um ótimo pretexto para repensar a relação médico-paciente. Aprendi ao longo da minha carreira que a humildade e o relacionamento humanizado são sábios conselhos para um bom desenvolvimento profissional. A empatia é tão importante quanto o conhecimento e o bom senso na nossa profissão”, diz o médico. Um Golpe do Destino (The Doctor)
Ano: 1991
Direção: Handa Haines
Ano: 1991
Direção: Handa Haines
O neurologista Diego Salarini indica este filme da década 90 que mostra as primeiras experiências em tratamentos médicos hoje amplamente utilizados no mundo. “Mostra o início do uso da levodopa no tratamento do Mal de Parkinson e o amor do médico neurologista pela profissão e pelos pacientes, ficando extremamente feliz com os resultados e triste pelos insucessos”, diz Salarini. Tempo de Despertar (Awakenings)
Ano: 1990
Direção: Penny Marshall
Ano: 1990
Direção: Penny Marshall
O filme foi indicado por dois dos médicos entrevistados: o gastroenterologista do Hospital Leforte, Eduardo Grecco, e o cardiologista Hélio Castello, diretor da Angiocardio. “A mensagem é de como superar as dificuldades e lidar com elas de maneira criativa. A rotina de se trabalhar em hospitais faz com que você tenha que transmitir aos pacientes uma maior confiança e segurança para que se obtenham melhores resultados”, explica Grecco. Castello concorda. De acordo com ele, a verdade, às vezes, deve ser manipulada para oferecer alguma felicidade residual ao paciente. “O filho, no filme, pode ser comparado ao paciente com uma doença em fase terminal. Embora a verdade deva ser dita sempre, podemos, nós médicos, influenciar para que a realidade do paciente seja pouco menos dura e que ele consiga ter alguma alegria em momentos até simples”, diz. A qualidade de vida, diz Castello, deve ser preservada e perseguida, por menor que seja. A Vida É Bela (La Vitta è Bella)
Ano: 1997
Direção: Roberto Benigni
Ano: 1997
Direção: Roberto Benigni
“Esse filme traz a realidade de muitas ocasiões nas quais uma patologia modifica o relacionamento entre as pessoas. Exemplifica, com muita propriedade, as angústias e as diferentes fases com que o paciente se depara ao receber um diagnóstico. Lição de vida e de aprendizado ao se cuidar do lado emocional dos pacientes”, diz o gastroenterologista Eduardo Grecco, do Hospital Leforte. Lado a Lado (Stepmom)
Ano: 1998
Direção: Chris Columbus
Ano: 1998
Direção: Chris Columbus
O filme, indicado pelo neurologista Diego Salarini do Hospital Leforte, mostra a interação entre Carl Jung e Sigmund Freud, pais da psicanálise. “A formação das vertentes junguianas e freudianas é muito interessante, e principalmente traz à tona a histeria, doença muito pouco comentada, porém cada vez mais presente no nosso dia a dia”, diz. Um Método Perigoso (A Dangerous Method)
Ano: 2011
Direção: David Cronenberg
Ano: 2011
Direção: David Cronenberg
Por trazer à tona a discussão sobre o valor da vida, o filme é uma das indicações do cardiologista Hélio Castello, diretor da Angiocardio. “O bem e o amor ao próximo colocados acima de tudo: conceitos, crenças, preconceitos e raças. O valor de uma vida é impagável e deverá ser a meta indiscutível de nossos atos como médicos”,diz Castello. A Lista de Schindler (Schindler’s List)
Ano: 1993
Direção: Steven Spielberg
Ano: 1993
Direção: Steven Spielberg
O filme, segundo o cardiologista Hélio Castello, diretor da Angiocardio, traz subsídios importantes para estudantes e professores de medicina. “Além da valorização da individualidade, pois cada profissional de saúde tem seu valor e sua forma de pensar e agir, o foco na inovação proporcionará melhores formas no atendimento, na assistência e na capacidade de se adaptar às adversidades, tão comuns na assistência à saúde em nosso país”, explica. A Sociedade dos Poetas Mortos (Dead Poets Society)
Ano: 1989
Direção: Peter Weir
Ano: 1989
Direção: Peter Weir
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