8o lugar/Niterói
O outro lado da baía
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 09h33.
Existe uma piada popular entre os freqüentadores da ponte Rio-Niterói. Ela diz que a melhor coisa de Niterói é a vista do Rio de Janeiro. De fato, a vista, principalmente a partir do Parque da Cidade, é deslumbrante. No entanto, Niterói tem muito mais que isso. Veja:
Esses indicadores têm funcionado como isca para empresas de todos os segmentos. No setor de serviços, responsável por 52% da força de trabalho do município, por exemplo, houve aumento de 90% no número de estabelecimentos de 1991 a 2000. Traduzindo em oportunidades: Niterói é um ótimo porto para novos negócios. Concessionárias (Mitsubishi, Toyota, BMW), supermercados (Carrefour, Wal-Mart, Extra) e redes de fastfood (Dominos, Habibs) e bancos (BankBoston, Santander), segundo levantamento feito pela prefeitura, inundaram a cidade nos últimos anos. Sem falar das oportunidades que vêm do mar. Niterói, a exemplo do Rio, está vivenciando o "novo boom" do ouro negro, com a chegada de novas empresas do setor. A movimentação do mercado provocou uma demanda por mão-de-obra qualificada. Segundo a Organização Nacional da Indústria do Petróleo, até 2005 serão criados 15 600 postos de trabalho especializados (56% do total na Região Sudeste) no Brasil. O salário para trabalhar em alto-mar começa em 1 000 reais para trainee e chega a 6 000 para supervisor. Quem se destacar no mar pode ir para o escritório.
Foi assim com o carioca Wagner Abreu, de 33 anos. Técnico, ele começou em 1993 na Subsea 7, empresa prestadora de serviços na indústria petrolífera, como operador de ROV, uma espécie de robô submarino. Ganhou promoções e hoje trabalha como gerente de projetos. No início deste ano, mudou-se do Rio para Niterói. "A cidade tem boas opções de lazer, praias bonitas e bons clubes", diz. "Além disso, a violência é menor e o trânsito mais fácil. Em 15 minutos, estou em casa." Ou seja, Niterói tem, como o Rio de Janeiro, muitas coisas boas, inclusive a vista.