Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 09h34.
A capital do estado de Goiás também é chamada de "capital dos eventos". Ponto para assessores de imprensa, tradutores, engenheiros de som e outros profissionais entendidos no assunto. De acordo com o prefeito Pedro Wilson Guimarães, quando há eventos (no caso de 2002, o ano todo) as contratações aumentam até 25%. "O custo de realizar um evento aqui é baixo e, como ficamos no centro do país, o acesso é mais fácil", diz o oftalmologista Marcos Ávila, que já trouxe a Goiânia cerca de 4 000 médicos para o Congresso Brasileiro de Oftalmologia. No ano passado, os 6 400 participantes de um congresso de cardiologia lotaram todos os hotéis da cidade. A maior parte dos eventos, como se vê, é na área de saúde. Aliás, Goiânia precisa de médicos. Segundo o Ministério da Saúde, em 2000 a cidade contabilizava 67 hospitais e 6 541 leitos. No mesmo ano, a vizinha Brasília, com quase o dobro de habitantes, tinha 16 hospitais e 3 777 leitos. "Com isso, os administradores hospitalares também têm chance por aqui", diz o prefeito. Na medicina, especialidades como oftalmologia e neurologia, entre outras, têm chamado a atenção da comunidade científica nacional e internacional. Ávila, aliás, um mineiro de 48 anos com pós-graduação em Harvard, nos Estados Unidos, e que mora em Goiânia há 16 anos, é um dos responsáveis por isso. Além de lecionar e de desenvolver pesquisas na Universidade Federal de Goiás, é um dos diretores do Centro Brasileiro de Cirurgia de Olhos (CBCO), centro de excelência na área.
Em 1998, o oftalmologista José Ricardo Costa se inscreveu no programa de aperfeiçoamento do CBCO. Apesar de ser brasiliense, fez faculdade e residência em Campinas, no estado de São Paulo. Já se vão quatro anos e Costa continua em Goiânia. "Meu plano era trabalhar com meu pai, que também é oftalmologista e tem uma clínica em Brasília. Mas as coisas estão indo tão bem que resolvi ficar", diz ele, que também é pesquisador da Universidade Federal de Goiás. A carência de professores universitários é outra demanda local. A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) registrou aumento de 300% no número dessas instituições de 1995 a 2000. Outra área que precisa de gente disposta a trabalhar muito é a de moda. "Já somos o segundo pólo nacional do setor", comemora o prefeito. Estilistas, designers e administradores com conhecimento de causa, é com vocês!