5 sinais de que o chefe é péssimo (e como virar o jogo)
Especialista lista quais as práticas dos piores chefes e dá dicas do que fazer para melhorar a relação no trabalho
Camila Pati
Publicado em 20 de dezembro de 2012 às 13h24.
São Paulo - A manutenção da relação de trabalho depende e muito da sua qualidade. Que o digam chefes e subordinados, já que os problemas de relacionamento lideram os motivos das demissões no mundo corporativo, segundo especialistas.
Ter um ótimo chefe é tirar sorte grande, dizem os profissionais. Pesquisa realizada nos Estados Unidos pela psicóloga Michelle McQuaid revelou que 65% dos profissionais consideram que um bom chefe traria mais felicidade do que um aumento de salário, por mais incrível que isso possa parecer.
No entanto, nem todos os profissionais são brindados com esta benção. Ao longo da carreira , é comum e frequente toparmos com um chefe que consideramos ruim ou por vezes, péssimo. Mas, o que faz o chefe ruim?
Essa é a pergunta que o sócio da Atingire, Fernando Jucá, faz aos presentes em treinamentos que a consultoria promove. “O objetivo da pergunta é que os participantes entendam, por oposição a algumas das suas próprias respostas, aspectos importantes sobre como ser um bom líder”, diz Jucá.
As respostas são variadas e, de acordo com o especialista, podem ser divididas em 5 dimensões. “Estas dimensões podem ser transformadas em um verdadeiro manual de como desmotivar seus funcionários”, diz Jucá. Confira então 5 práticas dos péssimos chefes , ao fim, veja também como você pode mudar o jogo:
1Reconhecimento zero
“Ele nunca me elogia”, “ele não reconhece o meu esforço e o meu trabalho”. Se o seu chefe assume a glória sozinho quando algo dá certo e nunca é o culpado quando as coisas vão mal, você está diante de um problema muito comum no mundo corporativo: a falta de reconhecimento. “Essas são as reclamações mais comuns em relação à dimensão do reconhecimento”, diz Jucá.
2Autonomia demais ou de menos
Quando a questão é a falta de autonomia é comum ouvir reclamações do tipo: “ele não confia em mim”, “me passa tarefas, não projetos”. É o estilo do chefe que diz tudo em detalhes sobre como o profissional deve agir, sem deixar espaço para criação.
Mas não é só a falta de autonomia que incomodo. Do outro lado da moeda, o excesso de liberdade também é desmotivador. Quando este é o caso, de acordo com Jucá a reclamação principal é: “ele não se importa com o meu trabalho”.
3Desafios desestruturados
Você está cansado de fazer sempre a mesma coisa. Ou se sente perdido com a inconstância das prioridades e pensa: “Não há rumo”. Sem os recursos necessários é impossível dar os resultados esperados.
“Ele não tem ideia de tudo o que eu tenho que fazer, é impossível eu dar conta”, você pensa, atolado em papéis e planilhas e gráficos, enquanto bebe o quinto café do período matutino.
“Ele só se interessa por resultados imediatos, não leva em conta eventuais dificuldades momentâneas na minha vida pessoal”. Esta também é uma reclamação frequente, quando o calcanhar de Aquiles do gestor está relacionado à dimensão dos desafios.
4Ausência de aprendizado e evolução
Faz parte das atribuições de um cargo de gestão, dedicar tempo para desenvolver a equipe e melhorar o seu desempenho. Chefes que não têm essa habilidade, não alavancam pontos fortes dos profissionais.
“Não é um parceiro interessado no sucesso da minha carreira”, dizem os subordinados a um gestor deste estilo, de acordo com as reclamações colhidas por Fernando Jucá, nos treinamentos realizados pela Atingire.
“Meu chefe é ruim tecnicamente, não aprendo nada com ele”, “ele não compartilha experiências, raciocínios e conhecimentos”. Estas também são queixas frequentes, diz Jucá.
5Falta de transparência e respeito mútuo
Falta educação, promessas são feitas mas nunca cumpridas. Estes são alguns sinais de que falta respeito ou transparência na relação. Descobrir que seu chefe fala mal de você para outras pessoas na sua ausência e faz o mesmo com outras pessoas, também é um indicativo de que o problema está ancorado nesta dimensão.
Estas são as minhas reclamações e agora?
Ok, você se reconhece nas reclamações e identifica práticas do seu chefe, mas se vê sem saída. O que fazer? De acordo com Jucá, dois pontos são fundamentais para começar a virar o jogo.
Pode parecer estranho, mas a primeira delas é que você também é responsável por educar seu chefe. “Relações ruins com o chefe também tem como contribuição a ausência do protagonismo do liderado”, diz Jucá. Ou seja, apenas reclamar é adotar a posição confortável de vítima, explica o especialista.
“Se você está deixando isso acontecer, você também é responsável por isso, ou por não criar uma relação de parceria ou por não saber cobrar (do jeito certo) atitudes dele”, diz Jucá.
A dica para tentar reverter este quadro é apostar em uma reunião com ele. “Sente para conversar, alinhe expectativas”, indica o especialista. Dar exemplos com a sua atuação da direção que gostaria de perseguir é também uma alternativa, na opinião de Jucá.
O segundo ponto é que não existem vilões ou ídolos. Ninguém é só ruim ou só bom “Torná-lo um vilão ou idolatrá-lo é perder a chance de observar e de aprender”, diz. E todo o relacionamento, explica Jucá, é uma oportunidade de aprendizado. “Não esqueça: você também será (ou já é) chefe de outras pessoas”, diz Jucá.
São Paulo - A manutenção da relação de trabalho depende e muito da sua qualidade. Que o digam chefes e subordinados, já que os problemas de relacionamento lideram os motivos das demissões no mundo corporativo, segundo especialistas.
Ter um ótimo chefe é tirar sorte grande, dizem os profissionais. Pesquisa realizada nos Estados Unidos pela psicóloga Michelle McQuaid revelou que 65% dos profissionais consideram que um bom chefe traria mais felicidade do que um aumento de salário, por mais incrível que isso possa parecer.
No entanto, nem todos os profissionais são brindados com esta benção. Ao longo da carreira , é comum e frequente toparmos com um chefe que consideramos ruim ou por vezes, péssimo. Mas, o que faz o chefe ruim?
Essa é a pergunta que o sócio da Atingire, Fernando Jucá, faz aos presentes em treinamentos que a consultoria promove. “O objetivo da pergunta é que os participantes entendam, por oposição a algumas das suas próprias respostas, aspectos importantes sobre como ser um bom líder”, diz Jucá.
As respostas são variadas e, de acordo com o especialista, podem ser divididas em 5 dimensões. “Estas dimensões podem ser transformadas em um verdadeiro manual de como desmotivar seus funcionários”, diz Jucá. Confira então 5 práticas dos péssimos chefes , ao fim, veja também como você pode mudar o jogo:
1Reconhecimento zero
“Ele nunca me elogia”, “ele não reconhece o meu esforço e o meu trabalho”. Se o seu chefe assume a glória sozinho quando algo dá certo e nunca é o culpado quando as coisas vão mal, você está diante de um problema muito comum no mundo corporativo: a falta de reconhecimento. “Essas são as reclamações mais comuns em relação à dimensão do reconhecimento”, diz Jucá.
2Autonomia demais ou de menos
Quando a questão é a falta de autonomia é comum ouvir reclamações do tipo: “ele não confia em mim”, “me passa tarefas, não projetos”. É o estilo do chefe que diz tudo em detalhes sobre como o profissional deve agir, sem deixar espaço para criação.
Mas não é só a falta de autonomia que incomodo. Do outro lado da moeda, o excesso de liberdade também é desmotivador. Quando este é o caso, de acordo com Jucá a reclamação principal é: “ele não se importa com o meu trabalho”.
3Desafios desestruturados
Você está cansado de fazer sempre a mesma coisa. Ou se sente perdido com a inconstância das prioridades e pensa: “Não há rumo”. Sem os recursos necessários é impossível dar os resultados esperados.
“Ele não tem ideia de tudo o que eu tenho que fazer, é impossível eu dar conta”, você pensa, atolado em papéis e planilhas e gráficos, enquanto bebe o quinto café do período matutino.
“Ele só se interessa por resultados imediatos, não leva em conta eventuais dificuldades momentâneas na minha vida pessoal”. Esta também é uma reclamação frequente, quando o calcanhar de Aquiles do gestor está relacionado à dimensão dos desafios.
4Ausência de aprendizado e evolução
Faz parte das atribuições de um cargo de gestão, dedicar tempo para desenvolver a equipe e melhorar o seu desempenho. Chefes que não têm essa habilidade, não alavancam pontos fortes dos profissionais.
“Não é um parceiro interessado no sucesso da minha carreira”, dizem os subordinados a um gestor deste estilo, de acordo com as reclamações colhidas por Fernando Jucá, nos treinamentos realizados pela Atingire.
“Meu chefe é ruim tecnicamente, não aprendo nada com ele”, “ele não compartilha experiências, raciocínios e conhecimentos”. Estas também são queixas frequentes, diz Jucá.
5Falta de transparência e respeito mútuo
Falta educação, promessas são feitas mas nunca cumpridas. Estes são alguns sinais de que falta respeito ou transparência na relação. Descobrir que seu chefe fala mal de você para outras pessoas na sua ausência e faz o mesmo com outras pessoas, também é um indicativo de que o problema está ancorado nesta dimensão.
Estas são as minhas reclamações e agora?
Ok, você se reconhece nas reclamações e identifica práticas do seu chefe, mas se vê sem saída. O que fazer? De acordo com Jucá, dois pontos são fundamentais para começar a virar o jogo.
Pode parecer estranho, mas a primeira delas é que você também é responsável por educar seu chefe. “Relações ruins com o chefe também tem como contribuição a ausência do protagonismo do liderado”, diz Jucá. Ou seja, apenas reclamar é adotar a posição confortável de vítima, explica o especialista.
“Se você está deixando isso acontecer, você também é responsável por isso, ou por não criar uma relação de parceria ou por não saber cobrar (do jeito certo) atitudes dele”, diz Jucá.
A dica para tentar reverter este quadro é apostar em uma reunião com ele. “Sente para conversar, alinhe expectativas”, indica o especialista. Dar exemplos com a sua atuação da direção que gostaria de perseguir é também uma alternativa, na opinião de Jucá.
O segundo ponto é que não existem vilões ou ídolos. Ninguém é só ruim ou só bom “Torná-lo um vilão ou idolatrá-lo é perder a chance de observar e de aprender”, diz. E todo o relacionamento, explica Jucá, é uma oportunidade de aprendizado. “Não esqueça: você também será (ou já é) chefe de outras pessoas”, diz Jucá.