5 etapas para uma mudança de carreira tranquila
Saiba quais aspectos levar em conta ao decidir dar uma guinada na vida profissional, na opinião de duas especialistas
Camila Pati
Publicado em 28 de setembro de 2012 às 14h00.
São Paulo – É comum que, em algum momento da carreira profissional, o desconforto em relação às escolhas já feitas apareça. Você pensa estar no lugar errado fazendo algo que não gosta e, então, a infelicidade toma conta. A vontade de mudança se instala, mas as dúvidas são muitas e você não sabe o que fazer.
Antes de dar uma guinada na carreira é preciso levar alguns aspectos em consideração, na opinião de especialistas consultadas por EXAME.com. Confira um passo a passo com 5 etapas para quem está considerando uma transição de carreira:
1ºInvestigue os motivos
O que torna a sua vida profissional infeliz? Esta é primeira pergunta a ser respondida quando o descontentamento reina pleno e absoluto antes, durante e depois do expediente de trabalho.
“É importante porque as pessoas se sentem desconfortáveis, percebem que precisam mudar, mas não sabem direito o que”, diz Mariá Giuliese, diretora executiva da consultoria Lens e Minarelli.
De acordo com ela, é preciso saber o que está fora do lugar, antes de tomar qualquer decisão. “Muitas vezes as pessoas estão infelizes com algumas partes ou aspectos da carreira”, diz Adriana Felipelli, presidente da Felipelli.
É a carreira? É a empresa? É o tipo de projeto com o qual está envolvido? São as relações interpessoais no ambiente de trabalho?
2ºTenha clara a diferença entre profissão e carreira
Discriminar carreira de profissão é importante durante este processo de transição, na opinião de Mariá. “Uma mesma profissão permite carreiras diferentes”, lembra Mariá.
Por exemplo, antes de rasgar seu diploma de engenharia e optar abrir um pet shop – entrando em um ramo em que lhe falta habilidade e experiência -, talvez você devesse considerar as várias possibilidades dentro da sua atual profissão.
Mariá lembra que a mudança de carreira é saudável e, muitas vezes, até necessária. “Amplia o escopo de atuação do profissional. Em algumas profissões é algo frequente”, diz.
3ºFaça uma autoanálise
Você sabe quais as suas aptidões e seus talentos ? De acordo com as duas especialistas, não tome nenhuma decisão antes de fazer uma autoanálise. “Para quem não está feliz com a carreira escolhida, a primeira coisa a se fazer é se conhecer pensar em que tipo de ambiente gostaria de trabalhar”, diz Adriana.
“As pessoas precisam conhecer muito bem as suas habilidades, fazendo uma consulta interna”, diz Mariá. A especialista lembra que não é o mercado de trabalho que deve ditar essa mudança e, sim, o seu interesse e as suas competências.
4ºConsidere buscar ajuda especializada
Acha difícil passar pela etapa anterior sozinho? Profissionais especializados em aconselhamento de carreira e coaching podem ajudá-lo.
“A pessoa vai precisar de instrumentos para que perceba comportamentos e, com ajuda, pode encontrar as respostas e ser direcionado para a área de atuação em que suas competências intrínsecas sejam valorizadas”, diz Adriana.“Um profissional especializado vai ajudar na percepção do ônus e do bônus da mudança”, diz Mariá.
5ºTrace o caminho
Toda mudança de direção pressupõe um novo caminho a ser percorrido. Você pode definir um curso que precisará fazer, ou perceber que a solução é conversar com o seu chefe e pedir transferência para outro departamento, ou ainda mudar de empresa.
Pode ainda descobrir que estágios em outros lugares – até outros países - trarão experiências interessantes para sua vida profissional. As possibilidades estão aí, resta saber qual delas trará mais satisfação para você.
6ºComece a transição
Mãos à obra. Chegou a hora de iniciar a transição. Adriana indica investir no networking . “O ideal é fazer essa mudança por meio da rede de relacionamentos”.
Conversando com as pessoas que você já conhece talvez seja mais fácil conseguir uma nova posição no mercado.Durante esta fase de transição, diz Mariá, é necessário, contudo, considerar um período de renúncias e perdas. “A transição nem sempre é fácil, muitas vezes, existe perda de remuneração”, alerta a especialista.