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5 atitudes obrigatórias para conseguir um bom estágio

Fundador do Wall Jobs diz quais são as características de um candidato que consegue ser aprovado em processos seletivos para estágio. Confira

Jovem aperta a mão de recrutador (Tomwang112/Thinkstock)

Jovem aperta a mão de recrutador (Tomwang112/Thinkstock)

Claudia Gasparini

Claudia Gasparini

Publicado em 18 de outubro de 2016 às 19h00.

Última atualização em 18 de outubro de 2016 às 19h00.

A criação da plataforma Wall Jobs, que teve sua história contada aqui, começou com uma dificuldade familiar para muitos jovens: a dificuldade em encontrar emprego. Henrique Calandra tinha no currículo uma graduação em Relações Internacionais pela ESPM e dois cursos de extensão na Universidade Harvard e mesmo assim mal passava da primeira fase dos programas de trainee, sempre restrito às opções engessadas pelos processos de recrutamento.

“Você pensa que jogou quatro anos de faculdade fora”, lembra. Resolveu agir no que via como a raiz do problema: os sites de vagas em si. “As plataformas só pensam num lado, que é a empresa, e prejudicam a vida de milhares de jovens”, conta, lembrando de um processo em que foi obrigatoriamente encaminhado para a área de recursos humanos mesmo querendo trabalhar com marketing. “Nós pensamos nos três: na empresa, na universidade e, principalmente, no estudante.”

No caso do universitário, a experiência vem principalmente através do estágio. Hoje, há cerca de 800 oportunidades e quase 1 milhão de usuários no site, que inaugurou recentemente um sistema próprio de currículos para padronizar e facilitar a busca por parte dos recrutadores. (Quem já tinha cadastro, aliás, pode visitar o site e atualizar suas informações para entrar no novo banco de dados.)

“Vimos que ninguém sabia fazer currículos”, resume ele. Além de colocar dados pessoais e experiências de qualquer tipo, é possível selecionar de uma lista que habilidades que você possui e baixar o resultado em PDF para utilizar também fora da plataforma. “É algo muito legal e que as empresas procuram, então se você deixou seu currículo no Wall Jobs, suas chances serão muito altas.”

Como o Wall Jobs também atua como agente intermediário entre companhias e possíveis estagiários, Henrique tem algumas dicas de como se destacar – e que erros não cometer. Confira abaixo 5 conselhos para conseguir o estágio que quiser:

1. Seja proativo
“O que faz um estagiário se destacar é a atitude: querer fazer, correr atrás e ouvir os outros para tentar fazer as coisas”, fala Henrique. “Se você chegar no horário, cumprir suas tarefas e for proativo, você vai se destacar de verdade. É um feedback que eu recebo e que dou pra todo mundo.”

2. Busque mentores
As pessoas costumam ser mais abertas à ideia de ajudar o outro do que se pode imaginar. “Muita gente já pediu para mim e eu já pedi para os outros”, lembra ele. “Então vá atrás de um mentor, busque no LinkedIn, mande uma mensagem! Faltam guias para todo mundo.”

3. Pense em desenvolver alguma habilidade em alta
Não faltam listas com as habilidades em ascensão hoje ou num futuro próximo. Henrique destaca marketing digital – “Mas de verdade, estratégias e ferramentas! Não é só postar no Facebook” –, conhecimento sobre bancos de dados, desenvolvimento de software e Microsoft Excel. “Não precisa saber muito, mas as empresas cobram e é importante ter uma base.”

4. Não mande qualquer coisa para qualquer um
“Ficar mandando currículo para tudo quanto é coisa não funciona porque quem quer tudo não quer nada”, fala. Ele sugere que se crie uma lista por áreas de interesse e pesquise com cuidado cada etapa, tipos de programa e empresas antes de se candidatar – quem são as pessoas chave da organização e como ela seleciona, por exemplo? “E tente tudo que tem em uma área antes de passar para outra”, conclui ele.

5. Saia de casa
Em tempos de internet onipresente, o contato em pessoa vai longe. Por isso, Henrique sugere que o jovem pesquise eventos em sua área de interesse e comece a frequenta-los. “Numa época em que ninguém corre atrás de nada, muitas pessoas ficam esperando ser indicadas e faz sentido ir atrás. Isso vai transformar sua vida profissional inteira”, garante. Quando questionado sobre se um cartão de visita pessoal seria uma boa ideia, ele riu: “É uma ideia nova e é uma ideia boa. Corra atrás!”

Este artigo foi originalmente publicado pelo Na Prática, portal da Fundação Estudar

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