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4 toques para lidar com um chefe intimidador

Especialistas indicam táticas que ajudam a não surtar quando se tem um chefe do tipo "carrasco"

Se a atitude intimidadora do chefe é recorrente estabeleça um prazo e procure ter um plano B de carreira (Getty Images)

Camila Pati

Publicado em 25 de outubro de 2012 às 07h54.

São Paulo - Medo, fascinação e até inspiração. As reações frente a um chefe intimidador são variadas. Geralmente, encarar chefes de estilo dominante e intimidador suscita diferentes percepções dentro de uma mesma equipe. Mas é inegável que o relacionamento com um gestor desse tipo é tarefa desafiadora e requer algumas habilidades.

No livro “Como mandar no seu chefe” (publicado pela editora Saraiva), Gonzague Dufour, executivo de recursos humanos que, em sua carreira , coleciona passagens por empresas como Bacardi, Phillip Morris e Karft Jacobs, diz que gestores de qualquer estilo podem ser “administrados”. “Ao trabalhar e observar diferentes tipos de chefe, aprendi que a abordagem correta geralmente resulta em relacionamentos muito mais positivos e produtivos”, diz Dufour.

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Para o coach Mike Martins, diretor executivo da Sociedade Latino Americana de Coaching (SLAC), antes de sair julgando o gestor é preciso verificar se esse comportamento é pontual ou um hábito. “Se é pontual e há um motivo esse comportamento pode ser até benéfico”, diz Martins.

Mas se é praxe o chefe agir de forma intimidadora, o prejuízo recai sobre toda a equipe. “É perigoso porque desencadeia uma hiperatividade em todos os membros da equipe que ficam desnorteados e não sabem o que causa este tipo de comportamento no gestor”, diz Martins.

Se o seu chefe tem mesmo habitualmente um estilo mais intimidador, confira algumas dicas para gerenciar esta relação sem surtar.

1Não leve para o lado pessoal

“Tente ver as coisas do ponto de vista dele”, diz o autor de “Como mandar no seu chefe”. De acordo com ele, conseguir ver a “lógica” (a pressão por resultados e metas dentro da empresa, por exemplo) por trás da hostilidade do gestor talvez ajude a não levar para o lado pessoal.

Colocar-se no lugar do chefe também é uma dos conselhos do coach Mike Martins. “Vista o sapato do gestor. Veja que não é tão fácil quanto parece”, diz. Para eles, se o funcionário tiver uma visão mais ampla dos negócios, poderá ver algum fundamento na atitude do chefe.


De acordo com Martins, o desafio de não se deixar abater e encarar profissionalmente as críticas do chefe requer inteligência emocional e desenvolvimento da comunicação intrapessoal, ou seja, como você se comunica com você mesmo. “É algo bastante complexo, mas possível a partir de treinamentos e cursos”, diz o especialista.

2Concentre-se nos ganhos

Trabalhar com um chefe dominante, assertivo e focado em metas (perfil clássico de um intimidador) é uma boa escola e, sem dúvida, rende muita experiência na sua carreira profissional.

Segundo, Dufour, encarar esse desafio pode representar pontos positivos no currículo para conquistar outras oportunidades profissionais. “Estabeleça um prazo durante o qual sua missão será formar competências e virar um profissional mais eficiente e atraente no mercado”, recomenda Dufour no livro.

Para Mike Martins, assumir o papel de aprendiz é essencial e tira um pouco o peso da situação. “Pense que está lá para aprender, e perceba que esse repertório será útil no futuro”, diz o especialista.

3Pense em um plano B

Se você definiu que a situação é temporária, comece a pensar em uma alternativa. “Sempre tenha um plano B e metas de curto, médio e longo prazo”, diz Martins.

Objetivos claros podem ajudá-lo a extrair o melhor do tempo em que passar sob o comando deste gestor. “Ter metas bem definidas podem resultar em um filtro de percepção positivo”, diz Martins.

4Tenha feedback em particular

Na opinião de Martins, investir em um canal de comunicação com o gestor pode evitar muitos problemas. “Tenha conversas para obter feedbacks, em particular”, recomenda.

De acordo com ele, muitas vezes quando estão em público, líderes dominantes ficam focados em um padrão específico de gestão. Mas, em particular podem ser mais receptivos.

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