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4 semelhanças entre Carnaval e apresentações corporativas

Desfiles das escolas de samba podem servir de inspiração na hora de se preparar para fazer uma apresentação corporativa. Veja as semelhanças

Desfile na Sapucaí: performance é proporcional ao tempo de planejamento (Getty Images)

Camila Pati

Publicado em 14 de fevereiro de 2015 às 05h00.

São Paulo – Quando uma escola de samba coloca seus carros alegóricos e passistas na avenida, o momento é decisivo. Não há segunda chance até o próximo Carnaval .

Quando um executivo começa uma apresentação de alguma ideia ou projeto para a diretoria ou presidência de uma empresa também enfrenta minutos cruciais pela frente.

Nos dois casos, é preciso aproveitar o tempo disponível para ter o melhor desempenho possível, compara Eduardo Adas, sócio da SOAP - State of Art Presentations, empresa especializada em comunicação coorporativa.

Na opinião de Adas e de seu sócio Rogério Chequer, há mais semelhanças entre estes dois mundos, a priori, tão distintos. Veja os principais pontos:

1. Planejamento

“A performance é diretamente proporcional ao tempo dedicado ao planejamento”, diz Chequer. A máxima vale para engravatados e fantasiados.

Um erro matador é confiar demais no poder de improvisação. “Em uma escola de samba tudo é determinado antes”, diz Chequer. Não há espaço para improviso no que diz respeito à ordem dos carros, à posição dos destaques, à composição das alas.

Os dois especialistas dizem ser radicalmente contra a ideia de preterir o planejamento em uma apresentação. “O brasileiro não apenas gosta como se orgulha de improvisar. É um aspecto cultural que prejudica a preparação”, diz Chequer. Deixe o improviso para situações realmente imprevistas.

2. Enredo

O planejamento define o tema que é organizado por um roteiro (enredo). “É por meio dele que se alcança a conexão emocional com o público da avenida ou da sala de reuniões”, diz Chequer.

Se as escolas de samba não têm como fugir a esta etapa importante, mais da metade das pessoas que fazem apresentações no mundo corporativo cometem este pecado. Recente pesquisa do Data Popular indica que 57% das pessoas não planejam um roteiro para suas apresentações.

“Se o apresentador é o protagonista, o roteiro é a alma da apresentação”, diz Chequer. Apostar na técnica de storytelling ao elaborar o roteiro, dizem os dois sócios, nada mais é do que trazer emoção para a estrutura do raciocínio usado em uma apresentação.

3. Apoio visual

Sem fantasias a escola não entra na avenida. Já a falta de material visual não impede uma apresentação. Mas apostar neste recurso facilita o entendimento do público e retém mais a sua atenção.

Pesquisas mostram que 80% das pessoas entendem melhor um conteúdo quando há emprego de recurso visual”, diz Chequer.
A imagem em uma apresentação ajuda a complementar a mensagem transmitida pelo apresentador. “A experiência completa leva em conta a parte visual”, diz Adas.

4. Ensaio

Escolas de samba promovem ensaios para garantir que o samba esteja na ponta da língua e na sola dos pés que vão percorrer o sambódromo.

Praticar também é uma ação essencial para quem vai apresentar uma palestra. “O ensaio de uma apresentação tem dois objetivos: memorização do roteiro e o treino da postura e da oratória para passar a mensagem com mais credibilidade”, diz Chequer.

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São Paulo – Quando uma escola de samba coloca seus carros alegóricos e passistas na avenida, o momento é decisivo. Não há segunda chance até o próximo Carnaval .

Quando um executivo começa uma apresentação de alguma ideia ou projeto para a diretoria ou presidência de uma empresa também enfrenta minutos cruciais pela frente.

Nos dois casos, é preciso aproveitar o tempo disponível para ter o melhor desempenho possível, compara Eduardo Adas, sócio da SOAP - State of Art Presentations, empresa especializada em comunicação coorporativa.

Na opinião de Adas e de seu sócio Rogério Chequer, há mais semelhanças entre estes dois mundos, a priori, tão distintos. Veja os principais pontos:

1. Planejamento

“A performance é diretamente proporcional ao tempo dedicado ao planejamento”, diz Chequer. A máxima vale para engravatados e fantasiados.

Um erro matador é confiar demais no poder de improvisação. “Em uma escola de samba tudo é determinado antes”, diz Chequer. Não há espaço para improviso no que diz respeito à ordem dos carros, à posição dos destaques, à composição das alas.

Os dois especialistas dizem ser radicalmente contra a ideia de preterir o planejamento em uma apresentação. “O brasileiro não apenas gosta como se orgulha de improvisar. É um aspecto cultural que prejudica a preparação”, diz Chequer. Deixe o improviso para situações realmente imprevistas.

2. Enredo

O planejamento define o tema que é organizado por um roteiro (enredo). “É por meio dele que se alcança a conexão emocional com o público da avenida ou da sala de reuniões”, diz Chequer.

Se as escolas de samba não têm como fugir a esta etapa importante, mais da metade das pessoas que fazem apresentações no mundo corporativo cometem este pecado. Recente pesquisa do Data Popular indica que 57% das pessoas não planejam um roteiro para suas apresentações.

“Se o apresentador é o protagonista, o roteiro é a alma da apresentação”, diz Chequer. Apostar na técnica de storytelling ao elaborar o roteiro, dizem os dois sócios, nada mais é do que trazer emoção para a estrutura do raciocínio usado em uma apresentação.

3. Apoio visual

Sem fantasias a escola não entra na avenida. Já a falta de material visual não impede uma apresentação. Mas apostar neste recurso facilita o entendimento do público e retém mais a sua atenção.

Pesquisas mostram que 80% das pessoas entendem melhor um conteúdo quando há emprego de recurso visual”, diz Chequer.
A imagem em uma apresentação ajuda a complementar a mensagem transmitida pelo apresentador. “A experiência completa leva em conta a parte visual”, diz Adas.

4. Ensaio

Escolas de samba promovem ensaios para garantir que o samba esteja na ponta da língua e na sola dos pés que vão percorrer o sambódromo.

Praticar também é uma ação essencial para quem vai apresentar uma palestra. “O ensaio de uma apresentação tem dois objetivos: memorização do roteiro e o treino da postura e da oratória para passar a mensagem com mais credibilidade”, diz Chequer.

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